quarta-feira, 30 de maio de 2012

O Coração Eucarístico de Jesus, Coração de amigo.


Em todas as culturas o coração é símbolo do amor. JESUS escolheu este sinal para mostrar-nos os sentimentos de sua alma, o que pensa e deseja, o projeto de santificar-nos e salvar-nos por amor.

Cristo institui a Eucaristia -dom de seu coração- porque quis amar-nos até o extremo, e quis permanecer conosco, na sua Igreja, até a consumação dos séculos (Jo 13,1; Mt 28,20.) Um coração de carne palpita, sem cessar, de amor por nós desde quase 2.000 anos; Mora em todos os altares e sacrários do mundo e alimenta a todos os que o recebem na Comunhão. A participação na vida sacramental revive em nós a lembrança amorosa do amor humano e divino de JESUS para conosco.

A Eucaristia é a união com JESUS. Os outros sacramentos nos dispõem para receber a Eucaristia O batismo nos abre as portas do Sacrário: Se não se está batizado não pode receber-se a Eucaristia. O sacramento da reconciliação tira os obstáculos (os pecados) que se opõem à união com Cristo na Comunhão. O sacramento do matrimônio santifica e comunica a união com Cristo porque contém em si o desejo da Eucaristia. Do lado aberto de JESUS, do seu coração, jorraram sangue e água, quer dizer, a graça de cada um dos seis sacramentos que conduzem à Eucaristia( Jo 19,34.)

Claudio Tadeu parpinelli

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A SANTÍSSIMA EUCARISTIA NO NOVO TESTAMENTO

O cristianismo se diferencia de todas as outras religiões por ter um contato de intimidade com Deus. Ele se torna alimento de salvação para nós. Jesus na eucaristia vem de encontro as nossas fraquezas e limitações. O homem desde que começa a se utilizar do raciocínio, pensa sobre o sobrenatural. Nenhum tipo de relação com a divindade se assemelha ao que o cristianismo oferece.
O crer na eucaristia é um divisor de águas. Após o surgimento do protestantismo a visão sobre a eucaristia foi deturpada de sua originalidade. Devemos recorrer ao que o Senhor nos deixou para entendermos com mais fé este grande tesouro de amor nos dado por Jesus, alimento para a eternidade.
A SANTÍSSIMA EUCARISTIA NO NOVO TESTAMENTO:
A Palavra de Deus se complementa com a eucaristia. Deus se revela ao povo de Israel de uma maneira peculiar. Todo o Antigo Testamento se refere a esta revelação.
Quando Deus veio fazer parte da nossa história em Jesus Cristo temos o gesto mais concreto de amor da parte d’Ele. Vendo que éramos fracos e incapazes de andarmos com nossas próprias formas, Jesus desejou permanecer em nosso meio através da eucaristia.
Existem muitos textos no Novo Testamento que falam direta ou indiretamente da eucaristia. Vamos iniciar pelo capítulo 06 do Evangelho de São João que é todo ele referente ao Pão da Vida. Este capítulo não nos deixa dúvida sobre a presença de Jesus na eucaristia e da necessidade de recebê-lo para alcançarmos a eternidade.
“Quem comer deste pão viverá eternamente”(Jo 06, 51). Todos nós desejamos a eternidade, sentimos em nosso íntimo o desejo de nos eternizarmos, mesmo dentro de muitas limitações, queremos ser melhores. Desejamos viver eternamente, pois a vida é o maior dom que temos. Se existimos é porque somos amados neste instante por Deus.
Quando aceitamos a presença de Jesus em nós, assumimos os seus valores, somos modificados por este alimento que nos cura e nos liberta.
Outro texto fundamental sobre a eucaristia é o capítulo 11 da primeira carta de São Paulo aos Coríntios. No versículo 23 e seguintes, Paulo narra a consagração eucarística que até hoje é utilizada na liturgia. O gesto de Jesus, para quem crê realmente nele é fundamental.
Os evangelhos sinóticos todos eles narram o momento da consagração: Mt 26, 26-29; Mc 14, 22-25; Lc 22, 19-20).
 Nós somos muito limitados para entendermos este mistério, precisamos confiar na Palavra do Senhor que é infalível. É o Espírito Santo que age em favor de nossas limitações. A Eucaristia está ligada a Palavra de Deus, uma consolida a outra na busca de perfeição.
RENOVAÇÃO DO SACRIFÍCIO DE JESUS:
O sacrifício da cruz e o sacrifício do altar: tem tanto valor a celebração da missa, como a morte de Cristo na Cruz. É o maior contato com Deus que podemos ter nesta vida.
Cada celebração eucarística renova o sacrifício de Jesus. Todo o mistério da salvação vem em socorro da fragilidade humana. “Fazei isto em minha memória”. O amor de Deus se renova constantemente para que possamos ser livres de nossos pecados e possamos evoluir em nossa vida espiritual.
A instituição da eucaristia é um mistério que só poderemos entender quando percebemos que Deus tem um amor inefável (misterioso) pelas pessoas. Estamos dentro de um mundo poluído pelo imediatismo que não nos deixa raciocinar sobre o sentido último de nossa vida. este imediatismo nos arrasta para o relativismo onde todas as coisas são aceitas em favor de nosso egoísmo. Este relativismo nos leva a renovação do pecado original nos tornando individualistas.
Jesus deu a sua vida por nós. Não existe amor sem sacrifício. Quem ama sofre pelo amado. O amor exige saída de nós mesmos em relação aos nossos irmãos. A eucaristia renova o gesto de amor de Jesus por nós. Através dela somos resgatados novamente de nossos pecados e nos entregamos a verdade de nossa vida.
Em cada celebração que participamos estamos abertos ao mistério de amor de Deus que nos cria, nos salva e nos santifica. Fomos criados para participarmos da felicidade que Deus vive. Não estamos nesta vida para obedecer aos meios de comunicação que são governados pelas relações comerciais.
Deus mergulha em nossa miséria através da eucaristia que atinge o passado, o presente e o futuro da história. Através da renovação do sacrifício de Jesus as pessoas que morrem são resgatadas para a eternidade. Quando oferecemos uma missa por um defunto, se ele tiver merecimento diante de Deus,  imediatamente ele terá a visão de Deus na eternidade.
Não podemos nunca faltar a missa, especialmente nos domingos e dias santos de guarda. O ideal seria a participação na missa diariamente. Receber Jesus todos os dias para nos fortalecermos na Fé. Somos desafiados a perseverar diante das dificuldades que o mundo oferece. Precisamos abrir o nosso coração para a graça de Deus. Devemos oferecer o que estamos vivendo em nossa celebração para crescermos em nossa adesão a Deus.

Claudio Tadeu Parpinelli
Radio benção
http://www.radiobencao.com.br/

domingo, 20 de maio de 2012

Eucaristia, fonte de vida!



Na última ceia, Jesus tomou o pão e, depois de benzê-lo, partiu-o e deu-lhes, dizendo: “Tomai, isto é o meu corpo”. Em seguida, tomou o cálice em suas mãos, deu graças, o apresentou e todos beberam dele. E disse-lhes: “Isto é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança que será derramado por vós e por todos”. Mc 14, 22-24.
A Eucaristia é o centro da vida da Igreja porque torna presente o sacrifício de Cristo na cruz e permite que dele participemos… Mas participar de que forma? Repetindo as palavras de Jesus? Seus gestos e o rito, de forma mecânica e rotineira? Não! Comungar só é válido quando realizado de forma consciente. Comungar é partilhar, é participar da construção de um mundo mais justo e fraterno, é juntar-se aos excluídos e vivenciar o maior desejo de Jesus: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”!

é participar da vitória de Jesus ressuscitado e da ceia pascal, do banquete sagrado, o pão vivo descido do céu para a vida do mundo. É adorar, nas espécies do pão e do vinho consagrados, aquele que o céu e a terra não podem conter, porque é o próprio Deus.
Participar da eucaristia

A fé na presença de Cristo apóia-se nas palavras pronunciadas por Cristo na última ceia, quando, tendo benzido e partido o pão, deu-o a seus discípulos dizendo: Tomai e comei, isto é o meu corpo.
Fez igualmente, tomando o cálice com o vinho: Bebei dele todos, pois este é o cálice do meu sangue que será derramado por vós para a remissão dos pecados (Mt 26, 26-29).
Memorial palavra que exprime realidade bem mais profunda que simples lembrança histórica. Significa que nesta celebração, o acontecimento torna-se novamente presente em toda a sua eficácia para os que o realizam na fé. Jesus escolheu exatamente este rito como sinal da nova páscoa, e para perpetuar a memória de sua passagem da morte para a ressurreição.
Na última ceia, oferece no pão o seu corpo: dado por vós, no vinho o seu sangue: derramado por vós e por todos, sem restrição...; e convida os apóstolos a repetir o seu gesto: Fazei isto em memória de mim (Lc 22, 19; 1 Cor 11, 24).
Fazer o quê? Repetir as palavras, os gestos e o rito, num mecanicismo e numa rotina sem fim? Não! Fazei isto tudo aquilo que Jesus fez durante a vida inteira, em gestos e palavras.
Fazei isto em memória de mim (Lc 22, 19) é um convite a fazer de nossas vidas uma ação de graças. Sede também vós eucaristia para vossos irmãos.
A eucaristia é o centro da vida da Igreja porque torna presente o sacrifício de Cristo na cruz e permite que dele participemos, ofertando-o com Cristo.
É vida para a Igreja que, à luz do exemplo de Cristo, realiza o lava-pés, servindo, despojando-se e doando-se, sobretudo aos mais necessitados de bens, justiça, amor e perdão.
Vida para a comunidade
Da comunhão de Deus com os que crêem é que nasce a comunidade, a assembléia cristã, que encontra, na participação do corpo e sangue de Cristo, o seu momento comunitário culminante. Por isso, a eucarisitia, além de ser banquete, convida os cristãos a viver a comunhão eucarística em uma comunidade, que age segundo o Seu exemplo.
Expressão de amor
Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os ao extremo (Jo 13, 1). A eucaristia é a expressão do infinito amor de Deus-Pai, que entrega seu Filho para nos salvar, e do Filho, que, obediente ao Pai, se imola por nós.
É esse amor que ressuscita, faz viver e transforma os discípulos em testemunhas da ressurreição e promotores da vida.
A Eucaristia hoje
A eucaristia tem a ver com a preocupação para que haja o necessário para todos até sobrar: 12 cestos cheios! Aos discípulos é dada a ordem: Fazei isto... Dai-lhes vós mesmos de comer.

Claudio Tadeu Parpinelli
claudioparpinelli@globo.com

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Encontro com Jesus amor

Encontro com Jesus amor
Necessariamente o encontro com Cristo Eucaristia é uma experiência pessoal e íntima, e que supõe o encontro pleno de dois que se amam. É, portanto, impossível generalizar sobre eles. Porque só Deus conhece os corações dos homens. Entretanto, sim devemos transluzir em nossa vida, a transcendência do encontro íntimo com o Amor. É lógico pensar que quem recebe esta Graça, está em maior capacidade de amar e de servir ao irmão e que além disso, alimentado com o Pão da Vida deve estar mais fortalecido para enfrentar as provações, para encarar o sofrimento, para contagiar sua fé e sua esperança. Em fim, para levar a feliz término a missão, a vocação, que o Senhor lhe dá.
Se apreciássemos de veras a Presença de Cristo no sacrário, nunca o encontraríamos sozinho, acompanhado apenas pela lâmpada Eucarística acesa, o Senhor hoje nos diz a todos e a cada um, o mesmo que disse aos Apóstolos "Com ânsias desejei comer esta Páscoa convosco " Lc.22,15. O Senhor nos espera ansioso para entregar-se a nós como alimento; somos conscientes disso, de que o Senhor nos espera no Sacrário, com a mesa celestial servida.? E nós, por que o deixamos esperando.? Ou é por acaso, quando vem alguém de visita a nossa casa, o deixamos na sala e vamos nos ocupar de nossas coisas?
É exatamente isso o que fazemos em nosso apostolado, quando nos enchemos de atividades e nos descuidamos na oração diante do Senhor, que nos espera no Sacrário, preso porque nos "amou até o extremo" e resulta que, por quem se fez o mundo e tudo o que nele habita (nós inclusive) encontra-se ali, oculto aos olhos, mas incrivelmente luminoso e poderoso para saciar todas nossas necessidades
Está Cristo presente na Eucaristia?
São vários os caminhos pelos quais podemos nos aproximar do Senhor Jesus e assim viver uma existência realmente cristã, quer dizer, segundo a medida do próprio Cristo, de tal maneira que seja Ele mesmo quem vive em nós (ver Gl 2,20). Uma vez ascendido aos céus o Senhor nos deixou seu Espírito.
Por sua promessa é segura sua presença até o fim do mundo (ver Mt 28, 20). Jesus Cristo se faz realmente presente em sua Igreja não somente através da Sagrada Escritura, mas também, e de maneira mais excelsa, na Eucaristia.
O que quer dizer Jesus com "vinde a mim"?
Ele mesmo nos revela o mistério mais adiante: "Eu sou o pão da vida. O que vem a mim, não sentirá fome, o que crê em mim nunca terá sede" (Jo 6,35). Jesus nos convida a alimentar-nos d'Ele. É na Eucaristia onde nos alimentamos do Pão da Vida que é o próprio Senhor Jesus.
Não está Cristo falando de forma simbólica?
Cristo, argumenta-se, poderia estar falando simbolicamente. Ele disse: "Eu sou a videira" e Ele não é uma videira; "Eu sou a porta" e Cristo não é uma porta.
Mas o contexto no qual o Senhor Jesus afirma que Ele é o pão da vida não é simbólico ou alegórico, mas doutrinal. É um diálogo com perguntas e respostas como Jesus costuma fazer ao expor uma doutrina.
Às perguntas e objeções que lhe são feitas pelos judeus no Capítulo 6 de São João, Jesus Cristo responde reafirmando o sentido imediato de suas palavras. Quanto mais rejeição e oposição encontra, mais Cristo insiste no sentido único das palavras: "Minha carne é verdadeiramente uma comida e meu sangue é verdadeiramente uma bebida" (v.55).
Isto faz com que os discípulos o abandonem (v.66). E Jesus Cristo não tenta retê-los tratando de explicar-lhes que o que acaba de dizer-lhes é tão somente uma parábola. Pelo contrário, interroga a seus próprios apóstolos: "Não quereis também vós partir?". E Pedro responde: "Senhor, a quem iremos? Só tu tens palavras de vida eterna." (v.67-68).
Os Apóstolos entenderam o sentido imediato das palavras de Jesus na última ceia. "Tomou o pão...e disse: "Tomai e comei, este é o meu corpo". (Lc 22,19). E eles ao invés de dizer-lhe: "explica-nos esta parábola, "tomaram e comeram, quer dizer, aceitaram o sentido imediato das palavras. Jesus não disse "Tomai e comei, isto é como se fosse meu corpo... é um símbolo de meu sangue".
Alguém poderia objetar que as palavras de Jesus "fazei isto em memória de mim" não indicam mais que esse gesto deveria ser feito no futuro como uma simples recordação, um fazer memória com qualquer um de nós pode recordar algum fato de seu passado e, deste modo, "trazer ao presente". Entretanto não é assim, porque memória, anamnese ou memorial, no sentido empregado na Sagrada Escritura, não é somente a lembrança dos acontecimentos do passado, mas a proclamação das maravilhas que Deus realizou em favor dos homens. Na celebração litúrgica, estes acontecimentos se fazem, de certa maneira, presentes e atuais.
Assim, pois, quando a Igreja celebra a Eucaristia, faz memória da Páscoa de Cristo e esta se faz presente: o sacrifício que Cristo ofereceu de uma vez para sempre na cruz permanece sempre atual (ver Hb 7,25-27). Por isso a Eucaristia é um sacrifício (ver Catecismo da Igreja Católica n. 1363-1365).
São Paulo expõe a fé da Igreja no mesmo sentido: "O cálice de benção que abençoamos não é comunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos não é comunhão com o corpo de Cristo?" (1Cor 10,16). A comunidade cristã primitiva, os próprios testemunhas da última ceia , quer dizer, os Apóstolos, não teriam permitido que Paulo transmitisse uma interpretação falsa desse acontecimento.

Site radio amor eterno.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

A SANTÍSSIMA EUCARISTIA


1. DA NATUREZA DA SANTÍSSIMA EUCARISTIA E DA PRESENÇA REAL DE JESUS CRISTO NESTE SACRAMENTO
A Eucaristia é um Sacramento que, pela admirável conversão de toda a substância do pão no Corpo de Jesus Cristo, e de toda a substância do vinho no seu precioso Sangue, contém verdadeira, real e substancialmente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, debaixo das espécies de pão e de vinho, para ser nosso alimento espiritual.

Na Eucaristia está verdadeiramente o mesmo Jesus Cristo que está no Céu e que nasceu, na terra, da Santíssima Virgem Maria.

Eu acredito que no Sacramento da Eucaristia está verdadeiramente presente Jesus Cristo porque Ele mesmo o disse, e assim no-lo ensina a Santa Igreja.

A matéria do Sacramento da Eucaristia é a que foi empregada por Jesus Cristo, a saber: o pão de trigo e o vinho de uva.

A forma do Sacramento da Eucaristia são as palavras usadas por Jesus Cristo: ‘Isto é o meu Corpo; este é o meu Sangue.

A hóstia antes da consagração é pão de trigo. Depois da consagração, a hóstia é o verdadeiro Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, debaixo das espécies de pão.

No cálice antes da consagração está vinho com algumas gotas de água. Depois da consagração, há no cálice o verdadeiro Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, debaixo das espécies de vinho.

A conversão do pão no Corpo e do vinho no Sangue de Jesus Cristo faz-se precisamente no ato em que o sacerdote, na Santa Missa, pronuncia as palavras da consagração.

A consagração é a renovação, por meio do sacerdote, do milagre operado por Jesus Cristo na última Ceia, quando mudou o pão e o vinho no seu Corpo e no seu Sangue adorável, por estas palavras: ‘Isto é o meu Corpo; este é o meu Sangue’.

Esta miraculosa conversão, que todos os dias se opera sobre os nossos altares, é chamada pela Igreja transubstanciação.

Foi o mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, Deus onipotente, que deu tanta virtude às palavras da consagração.

Depois da consagração ficam só as espécies do pão e do vinho. Dizem-se espécies a quantidade e as qualidades sensíveis do pão e do vinho, como a figura, a cor e o sabor. As espécies do pão e do vinho ficam maravilhosamente sem a sua substância por virtude de Deus Onipotente.

Tanto debaixo das espécies de pão, como debaixo das espécies de vinho, está Jesus Cristo vivo e todo inteiro com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Tanto na hóstia como no cálice está Jesus Cristo todo inteiro, porque Ele está na Eucaristia vivo e imortal como no Céu; por isso onde está o seu Corpo, está também o seu Sangue, sua Alma e sua Divindade; e onde está seu Sangue está também seu Corpo, sua Alma e Divindade, pois tudo isto é inseparável em Jesus Cristo.

Quando Jesus está na hóstia, não deixa de estar no Céu, mas encontra-se ao mesmo tempo no Céu e no Santíssimo Sacramento.

Jesus Cristo está em todas as hóstias consagradas por efeito da onipotência de Deus, a quem nada é impossível. Quando se parte a hóstia, não se parte o Corpo de Jesus Cristo, mas partem-se somente as espécies do pão. O Corpo de Jesus Cristo fica inteiro em todas e em cada uma das partes em que a hóstia foi dividida. Tanto numa hóstia grande como na partícula de uma hóstia, está sempre o mesmo Jesus Cristo.

Conserva-se nas igrejas a Santíssima Eucaristia para que seja adorada pelos fiéis, e levada aos enfermos, quando necessário.

A Eucaristia deve ser adorada por todos, porque Ela contém verdadeira, real e substancialmente o mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor.

 claudio tadeu parpinelli
Catecismo Maior de São Pio X

domingo, 6 de maio de 2012

EUCARISTIA E PERDÃO

Recordemos que um dos objetivos da Eucaristia e da missa é o propiciatório, é dizer ou pedir perdão por nossos pecados. A missa é o sacrifício de Jesus que se imola por nós e assim realiza plenamente em nós a remissão de nossos pecados e as penas devidas pelos pecados, concedendo-nos a graça da penitência, de acordo ao grau de disposição de cada um. É Sangue derramado para remissão dos pecados, é Corpo entregado para saldar a dívida que tínhamos.

Mateus 18, 21-55 nos evidencia a grande dívida da qual o Senhor nos perdoou, sem mérito algum de nossa parte, e somente porque nós lhe pedimos perdão. E Ele generosamente nos o concedeu: “O Senhor teve compaixão daquele empregado e o deixou partir, perdoando-lhe a dívida“. Assim é Deus, redentor, misericordioso, clemente, compassivo. É o atributo mais formoso de Deus. Já no Antigo Testamento há citações dessa misericórdia de Deus, porém de modo geral regia a lei de Talião: olho por olho e dente por dente.

Se compadece de seu povo e forma um pacto com ele. Compadece-se de seu povo e o livra da escravidão. Compadece-se de seu povo e lhe dá o maná, e É coluna de fogo que o protege durante a noite. Compadece-se e envia a seu Filho Único, como Messias salvador de nossos pecados. E Deus, em Jesus, se compadece de nós e nos dá seu perdão, não somente na confissão senão também na eucaristia.

O que nos perdoa Deus na Eucaristia?

Nossos pecados veniais. Nossas distrações, rotinas, desídias, irreverências, faltas de respeito. Ele agüenta e tolera o fato de que não valorizamos suficientemente este Santíssimo Sacramento. Na mesma missa começamos com um ato de misericórdia, o ato penitencial (”Reconheçamos nossos pecados“). No Glória: “Tu que tirais o pecado do mundo…”.

Depois do Evangelho diz o sacerdote: “As palavras do Evangelho apaguem nossos pecados …“. No Credo, dizemos todos: “Creio … na remissão dos pecados …”. Depois das oferendas e durante o lavatório o sacerdote diz em segredo: “… lava-me de todo delito, Senhor, limpa meus pecados …“. Na Consagração, “… para remissão dos pecados …” e “… Tende piedade de todos nós …“. No Pai Nosso: “… perdoai as nossas ofensas …“. “Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo “. Portanto, a missa está permeada do espírito de perdão e contrição. A Eucaristia nos convida ao perdão, a oferecermos o perdão aos nossos irmãos. A cena do Evangelho (cf Mt. 18, 21-55) é penosa: o servo perdoado tão generosamente pelo amo, não soube perdoar a um servo que lhe devia cem dinares, quando ele mesmo devia cem mil.

O perdão é difícil. Temos uma natureza humana inclinada a vingarmo-nos, a guardar rancores, a julgar duramente aos demais, a ver a palha no olho do irmão e a não ver a trava que temos em nossos olhos. Perdoar é a lição que não nos dá nem o Antigo Testamento, nem a civilização mais esplêndida das que já existiram e que determinaram nossa cultura: a civilização greco-latina. Somente Jesus nos ensinou e nos pediu para perdoar.

Como deve ser nosso perdão aos demais?

Rápido, senão se apodrece o coração. Universal, a todos. Generoso, sem ser mesquinho ao dá-lo a conta-gotas. De coração, de dentro. Ilimitado. Não esqueçamos que Deus nos perdoará na medida em que nós perdoamos. Se perdoarmos pouco, Ele nos perdoará pouco. Se não perdoamos, Ele tampouco nos perdoará. Perdoam-se muito, Ele nos perdoará muito.

Vamos à Eucaristia e peçamos a Jesus que nos abra o coração e ponha nele uma grande capacidade de perdoar. Maria, cheia de misericórdia, rogai por nós

Pe. Antonio Rivero, LC.