domingo, 2 de setembro de 2012

Coração Em Comunhão

Coração Em ComunhãoToca de Assis
Hoje posso perceber o valor de uma amizadePois, Divino Amigo, com carinho me ensinasteSe eu pudesse compreender o tamanho do Teu amor por mim.Mais nada esconderia daquilo que já sabestudo te entregaria Jesus minha alegria.Meu amigoHoje posso perceber que um amigo de verdadeNão sou eu a escolher Vós em mim enxertastesQue é mais fácil te seguir ao lado de um amigoE mesmo se ele tropeçar ou tão fraco vacilarQueres Senhor que eu encontres a Ti a Tua vidaNo coração de um grande amigo
Amigo fiel refúgio poderosoQuem o descobriu encontrou um tesouroPrefiguração de Deus certeza do CéuQuero tê-lo aqui no peito meuMeu anjo meu abrigo meuAmigo fiel refúgio poderosoQuem o descobriu encontrou um tesouroPermaneceremos até o fim na amizade do SenhorE se me amar te causar a dorCom o mesmo amor me cures meu amigo
Hoje posso perceber que a glória da amizadeConsiste em tudo perder na renúncia da vontadePara ter um bem maior: a misericórdia do SenhorE salvar quando preciso for.Como a cada dia salvo eu souQuero realmente amar assimE nunca abandonar os meus amigosDeus meu Deus cuida de mim e dá-me ser amigode Ti, amado Salvador, de meus irmãos queridos[Leva-me onde quiseres, Esposo de minh'almaE quando longe eu estiver e saudades levar comigoSeja ela esperança de reencontrar o coração de um grande amigo
Amigo fiel refúgio poderosoQuem o descobriu encontrou um tesouroPrefiguração de Deus certeza do CéuQuero tê-lo aqui no peito meuMeu anjo meu abrigo meuAmigo fiel refúgio poderosoQuem o descobriu encontrou um tesouroPermaneceremos até o fim na amizade do SenhorE se me amar te causar a dorCom o mesmo amor me cures meu amigo


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ADORAÇÃO AO SANTISSIMO SACRAMENTO


ADORAÇÃO AO SANTISSIMO SACRAMENTO.

 

A Igreja nos ensina que “a reserva do Corpo de Cristo para a Comunhão dos enfermos criou entre os fiéis o louvável costume de se recolherem em oração para adorar Cristo realmente presente no Sacramento conservado no sacrário. Recomendada pela Igreja aos Pastores e fiéis, a adoração do Santíssimo é uma alta expressão da relação existente entre a celebração do sacrifício do Senhor e a sua presença permanente na Hóstia Consagrada”. (Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos. Ano da Eucaristia, n. 13)

Sobre este ponto assim se expressou o beato João Paulo II em sua Exortação Apostólica Pós-sinodal, Sacramentum Caritatis, n. 66: “De fato, na Eucaristia, o Filho de Deus vem ao nosso encontro e deseja unir-Se conosco; a adoração eucarística é apenas o prolongamento visível da celebração eucarística, a qual, em si mesma, é o maior ato de adoração da Igreja: receber a Eucaristia significa colocar-se em atitude de adoração d´Aquele que comungamos. Precisamente assim, e somente assim, é que nos tornamos um só com Ele e, de algum modo, saboreamos antecipadamente a beleza da liturgia celeste. O ato de adoração fora da Santa Missa prolonga e intensifica aquilo que se fez na própria celebração litúrgica. Com efeito, somente na adoração pode maturar um acolhimento profundo e verdadeiro. Precisamente neste ato pessoal de encontro com o Senhor amadurece depois também a missão social, que está encerrada na Eucaristia e deseja romper as barreiras, não apenas entre o Senhor e nós mesmos, mas também, e sobretudo, as barreiras que nos separam uns dos outros”.

Portanto, “O permanecer em oração diante do Senhor vivo e verdadeiro no santo Sacramento amadurece nossa união com Ele: dispõe-nos para a frutuosa celebração da Eucaristia e prolonga as atitudes de culto por ela suscitadas”. (Ano da Eucaristia. n. 13)

SEGUNDO A BÍBLIA, O QUE DEUS NOS FALA SOBRE A ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO?

Na Bíblia não vamos encontrar literalmente a expressão: “adoração ao Santíssimo Sacramento”. Mas, na verdade, o que é o Santíssimo Sacramento? É Deus presente no meio do seu povo. É Jesus atuando na história. Portanto, vamos encontrar na Bíblia diversos textos que nos sugerem adoração a Deus. De fato, somente a Deus devemos adorar. Adorar a Deus é o máximo que podemos fazer enquanto passamos pelos caminhos da existência terrestre. Nossa primeira atitude como criaturas diante do Criador é, sem dúvida, a adoração. Pela adoração exaltamos a grandeza do Senhor que nos fez e a onipotência do Salvador que nos liberta do mal. A adoração do Deus três vezes santo e sumamente amável nos enche de humildade e dá garantia a nossas súplicas. No Antigo Testamento podemos ler frequentes vezes expressões como estas: “Todo o povo se prostrou com o rosto em terra para adorar e bendizer no céu aquele que os havia conduzido ao triunfo” (1Mac 4, 55). “Assim vos bendirei em toda a minha vida, com minhas mãos erguidas vosso nome adorarei”(Sl 62, 5). “É somente a vós, Senhor, que devemos adorar”(Br 6, 5). “Prostrando-se diante dele, o adoraram”(Mt 2, 11). “...os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, e são esses adoradores que o Pai deseja”( Jo 4, 23). Quando nos prostramos em adoração a Jesus no Santíssimo Sacramento, somos muito mais felizes que Abraão, Moisés, Davi, os Profetas... Sem dúvida, eles adoraram a Deus Santíssimo, ou como é comum na Bíblia, ao Deus três vezes Santo, ou ao Santo, Santo, Santo, o Senhor Deus do universo. Mas como nos diz a Palavra em Hb 11, 13, eles “morreram firmes na fé. Não chegaram a desfrutar a realização da promessa, mas puderam vê-la e saudá-la de longe e se declararam estrangeiros e peregrinos na terra que habitavam”. Nós, porém, somos privilegiados. Diante do Santíssimo Sacramento, nossa experiência se identifica com a experiência dos Apóstolos, pois estamos diante de Jesus vivo e operante. No silêncio, ele nos ensina como Mestre. Encerrado no Sacrário, Ele nos dá a liberdade, escondido na Hóstia Consagrada Ele nos revela a glória de Deus Pai e o poder do Espírito Santo. Assim como no deserto o Senhor Deus libertou seu povo da escravidão do Egito, no Santíssimo Sacramento o Senhor Jesus nos liberta de nossa aridez espiritual, de nosso egocentrismo, de nossos vãos desejos. Ele nos liberta da escravidão do pecado e nos conduz à vida da graça. Ele nos aproxima do Pai celestial e de todos os irmãos e irmãs, faz-nos crescer em comunhão, torna-nos solidários com os mais carentes e nos abre o coração para acolhermos a vontade de Deus. No Santíssimo Sacramento, Jesus é nosso refúgio e nossa segurança, nossa paz, nosso caminho, nossa vida e nossa verdade. Ali no tabernáculo Jesus nos aponta para o Tabernáculo

 

Claudio Tadeu Parpinelli

 

claudioparpinelli@globo.com

domingo, 19 de agosto de 2012

Jesus não era um Messias como eles queriam


Jesus não era um Messias como eles queriam

Palavras de Bento XVI ao começar a oração do Ângelus

***

Queridos irmãos e irmãs!

O Evangelho deste domingo (cf. Jo 6, 51-58) é a parte final e principal do discurso feito por Jesus na sinagoga de Cafarnaum, depois de no dia anterior ter alimentado milhares de pessoas com apenas cinco pães e dois peixes. Jesus revela o significado deste milagre, ou seja, que o tempo das promessas foi cumprido: Deus Pai, que com o maná tinha alimentado os israelitas no deserto, agora o enviou, o Filho, como verdadeiro Pão de vida, e este pão é a sua carne, a sua vida, oferecida em sacrifício por nós. Trata-se, portanto, de acolhê-lo com fé, não escandalizando-se da sua humanidade; e trata-se de "comer a sua carne e beber o seu sangue" (cf. Jo 6, 54), para ter em si mesmos a plenitude da vida. É evidente que este discurso não teve a intenção de atrair consensos. Jesus sabe disso e o pronuncia intencionalmente; e de fato aquele foi um momento crítico, uma reviravolta na sua missão pública. As pessoas, e os mesmos discípulos, estavam entusiasmados por Ele quando cumpria sinais prodigiosos; e também a multiplicação dos pães e foi uma clara revelação de que Ele era o Messias, tanto que, logo após, a multidão quis elevar Jesus e fazê-lo rei de Israel. Mas essa não era a vontade de Jesus, que justamente com aquele longo discurso freia os entusiasmos e provoca muitas discordâncias. Ele, de fato, explicando a imagem do pão, diz ter sido enviado a oferecer a sua própria vida, e quem quiser segui-lo deve unir-se a Ele de modo pessoal e profundo, participando do seu sacrifício de amor. É por isso que Jesus vai instituir o Sacramento da Eucaristia: para que os seus discípulos possam ter em si mesmos a sua caridade - isto é crucial - e, como um único corpo unido a ele, estender no mundo o seu mistério de salvação.

Ouvindo este discurso a multidão entendeu que Jesus não era um Messias como eles queriam, que aspirasse a um trono terreno. Ele não buscava aprovação para conquistar Jerusalém; na verdade, queria ir a Cidade Santa para compartilhar a sorte dos profetas: dar a vida por Deus e pelo povo. Aqueles pães, partidos para milhares de pessoas, não queriam provocar uma marcha triunfal, mas antecipar o anúncio do sacrifício da Cruz, no qual Jesus se torna Pão, corpo e sangue oferecidos em expiação. Jesus, então, deu aquele discurso para desiludir as multidões e, acima de tudo, para provocar uma decisão em seus discípulos. De fato, muitos destes, desde então, não o seguiram mais.

Queridos amigos, nos deixemos também surpreender pelas palavras de Cristo: Ele, grão de trigo lançado nos sulcos da história, é a primícia da humanidade nova, livre da corrupção do pecado e da morte. E voltemos a descobrir a beleza do Sacramento da Eucaristia, que expressa toda a humildade e a santidade de Deus: o seu fazer-se pequeno, Deus se faz pequeno, fragmento do universo para reconciliar todos no seu amor. Que a Virgem Maria, que deu ao mundo o Pão da vida, nos ensine a viver sempre em união profunda com Ele.


sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O QUE É A EUCARISTIA ?


A Eucaristia é a consagração do pão no Corpo de Cristo e do vinho em seu Sangue que renova mística e sacramentalmente o sacrifício de Jesus na Cruz. A Eucaristia é Jesus real e pessoalmente presente no pão e no vinho que o sacerdote consagra. Pela fé cremos que a presença de Jesus na Hóstia e no vinho não é só simbólica, mas real; isto se chama o mistério da transubstanciação já que o que muda é a substância do pão e do vinho; os accidente—forma, cor, sabor, etc.— permanecem iguais.

A instituição da Eucaristia, aconteceu durante a última ceia pascal que celebrou com seus discípulos e os quatro relatos coincidem no essencial, em todos eles a consagração do pão precede a do cálice; embora devamos lembrar, que na realidade histórica, a celebração da Eucaristia ( Fração do Pão ) começou na Igreja primitiva antes da redação dos Evangelhos.

Os sinais essenciais do sacramentos eucarístico são pão de trigo e vinho da videira, sobre os quais é invocada a bênção do Espírito Santo e o presbítero pronuncia as palavras da consagração ditas por Jesus na última Ceia: "Isto é meu Corpo entregue por vós... Este é o cálice do meu Sangue..."

Encontro com Jesus amor

Necessariamente o encontro com Cristo Eucaristia é uma experiência pessoal e íntima, e que supõe o encontro pleno de dois que se amam. É, portanto, impossível generalizar sobre eles. Porque só Deus conhece os corações dos homens. Entretanto, sim devemos transluzir em nossa vida, a transcendência do encontro íntimo com o Amor. É lógico pensar que quem recebe esta Graça, está em maior capacidade de amar e de servir ao irmão e que além disso, alimentado com o Pão da Vida deve estar mais fortalecido para enfrentar as provações, para encarar o sofrimento, para contagiar sua fé e sua esperança. Em fim, para levar a feliz término a missão, a vocação, que o Senhor lhe dá.

Se apreciássemos de veras a Presença de Cristo no sacrário, nunca o encontraríamos sozinho, acompanhado apenas pela lâmpada Eucarística acesa, o Senhor hoje nos diz a todos e a cada um, o mesmo que disse aos Apóstolos "Com ânsias desejei comer esta Páscoa convosco " Lc.22,15. O Senhor nos espera ansioso para entregar-se a nós como alimento; somos conscientes disso, de que o Senhor nos espera no Sacrário, com a mesa celestial servida.? E nós, por que o deixamos esperando.? Ou é por acaso, quando vem alguém de visita a nossa casa, o deixamos na sala e vamos nos ocupar de nossas coisas?

É exatamente isso o que fazemos em nosso apostolado, quando nos enchemos de atividades e nos descuidamos na oração diante do Senhor, que nos espera no Sacrário, preso porque nos "amou até o extremo" e resulta que, por quem se fez o mundo e tudo o que nele habita (nós inclusive) encontra-se ali, oculto aos olhos, mas incrivelmente luminoso e poderoso para saciar todas nossas necessidades



Claudio Tadeu Parpinelli

claudioparpinelli@globo.com

domingo, 5 de agosto de 2012

A Força que vem do Pão Eucarístico


A Força que vem do Pão Eucarístico


11 junho, 2012

As palavras do Papa durante a oração do Ângelus no Domingo da Solenidade do Corpo e Sangue do Senhor

CIDADE DO VATICANO, domingo, 10 de junho de 2012 (ZENIT.org) – Publicamos a seguir as palavras pronunciadas hoje durante a oração do Ângelus pelo Santo Padre aos fiéis e aos peregrinos reunidos na praça de São Pedro.

Queridos irmãos e irmãs!
Hoje, na Itália e em muitos outros Países, se celebra o Corpus Domini, ou seja, a festa solene do Corpo e Sangue de Cristo, a Eucaristia. É tradição sempre viva, neste dia, ter procissões solenes com o Santíssimo Sacramento pelas ruas e praças. Em Roma esta procissão já teve lugar quinta-feira passada, a nível diocesano, dia específico que a cada ano renova nos cristãos a alegria e a gratidão pela presença eucarística de Jesus entre nós.

A festa do Corpus Christi é um grande ato de culto público da Eucaristia, Sacramento no qual o Senhor permanece presente até mesmo além do tempo da celebração, para estar sempre conosco, ao longo do passar das horas e dos dias. Já São Justino, que nos deixou um dos testemunhos mais antigos da liturgia Eucaristia, diz que após a distribuição da Comunhão para os presentes, o pão consagrado também era levado pelos diáconos aos ausentes (cf. Apologia, 1, 65). Por isso nas Igrejas o lugar mais sagrado é justamente aquele em que se guarda a Eucaristia. Não posso deixar de pensar comovido nas numerosas igrejas que foram gravemente danificadas pelo recente terremoto na Emilia Romagna, pelo fato de que também o Corpo eucarístico de Cristo no tabernáculo, em alguns casos, permaneceu sob os escombros. Com afeto rezo pelas comunidades, que com os seus sacerdotes devem reunir-se para a Santa Missa campal ou em grandes tendas; agradeço-lhes seus testemunhos e por tudo o que estão fazendo a favor de toda a população. É uma situação que realça ainda mais a importância de estarmos unidos em nome do Senhor, e a força que vem do Pão eucarístico, também chamado de “pão dos peregrinos”. Da partilha deste Pão nasce e se renova a capacidade de compartilhar também a vida e os bens, de levar os pesos uns dos outros, de ser hospitaleiros e acolhedores.

A solenidade do Corpo e Sangue do Senhor nos repropõe também o valor da adoração eucarística. O Servo de Deus Paulo VI recordava que a Igreja Católica professa o culto da Eucaristia “não somente durante a Missa, mas também fora de sua celebração, mantendo com a maior diligência as hóstias consagradas, preservando-as para a veneração solene dos fiéis cristãos, lavando-as em procissão com alegria da multidão cristã”(Enc.Mysterium fidei, 57). A oração de adoração pode ser feita seja pessoalmente, parando em oração diante do sacrário, seja de forma comunitária, também com salmos e cantos, mas sempre privilegiando o silêncio, em que se deve escutar interiormente o Senhor vivo e presente no Sacramento. A Virgem Maria é mestra também desta oração, porque ninguém melhor do que ela soube contemplar Jesus com olhar de fé e acolher no coração as íntimas ressonâncias da sua presença humana e divina. Através da sua intercessão se difunda e cresça em cada comunidade eclesial uma autêntica e profunda fé no Mistério eucarístico.

Depois da oração do Angelus, o Papa dirigiu-se aos peregrinos de diferentes países cumprimentando-os nas diversas línguas:
Queridos irmãos e irmãs,gostaria em primeiro lugar salientar que próxima quinta-feira, 14 de junho, acontece a Jornada Mundial do Doador de Sangue, promovida pela Organização Mundial da Saúde. Quero expressar minha profunda gratidão àqueles que praticam esta forma de solidariedade, indispensável para a vida de muitos pacientes.

Tradução Thácio Siqueira – zenit.org

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O Santo Sacrifício




Tendo Jesus substituído todos os sacrifícios da antiga lei pelo sacrifício da Missa, encerrou neste todas as intenções e todos os frutos daqueles do passado.

Conforme as leis recebidas de Deus, os judeus ofereciam sacrifícios com quatro finalidades: para reconhecer o seu supremo domínio sobre todas as criaturas; para agradecer-lhe os seus dons; para suplicar-lhe para que seguisse concedendo-lhes os mesmos e para aplacar a sua ira provocada pelos pecados cometidos. Tudo isso Jesus o faz, e de um modo mais perfeito, pois em lugar de touros e carneiros se oferece Ele mesmo, filho de Deus e Deus como seu Pai.

Adora, portanto, ao seu Pai; por todos os homens, cujo primogênito é, reconhece que Dele vem toda a vida e todo o bem; que somente Ele merece viver, e tudo quanto é somente por Ele pode existir; e oferece a sua vida para protestar, já que tudo provem de Deus, de tudo Ele pode dispor livre e absolutamente.

Como Hóstia de celebração, dá graças ao seu Pai por todas as graças que Lhe concedeu e, através Dele, a todos os homens; se faz nossa perpétua ação de graças.

É vítima do sacrifício, pedindo perdão sem cessar pelos pecados que continuamente se renovam, e deseja associar ao homem a sua própria reparação, unindo-lhe na oferenda. Finalmente, é o nosso advogado, que intercede por nós com lágrimas e gemidos dilacerantes, e cujo sangue clama por misericórdia.

Assistir à Santa Missa é unir-se a Jesus Cristo; é, portanto, para nós o ato mais edificante.

Nela recebemos as graças do arrependimento e da justificativa, assim como a ajuda para evitar as recaídas.

Nela encontramos o soberano meio de praticar a caridade para com os demais, aplicando-lhes, já não os nossos escassos méritos, mas os infinitos de Jesus Cristo, as imensas riquezas que Ele põe a nossa disposição. Nela defendemos com eficiência a causa das almas do purgatório e conseguimos a conversão dos pecadores.

A Missa é para o céu inteiro um motivo de alegria produzindo um aumento de glória exterior nos santos.

O melhor meio de assistir a Santa Missa é nos unirmos a angustia da vítima. Façam como ela. Ofereçam-se como ela, com a mesma intenção que ela, e a sua oferenda será assim enobrecida e purificada, sendo digna de que Deus a olhe com complacência, principalmente quando esta se une a oferenda de Jesus Cristo. Caminhem ao Calvário assim como Jesus Cristo caminhou, meditando sobre as circunstâncias de sua paixão e morte.

Mas, acima de tudo, unam-se ao sacrifício, comendo junto com o sacerdote a sua parte da vítima. Assim a Missa alcança a sua plenitude e corresponde plenamente aos desígnios de Jesus Cristo.

Ah! Se as almas do purgatório pudessem voltar a este mundo, o que não fariam para assistir a uma só missa! Se vocês mesmos pudessem compreender a sua excelência, suas vantagens e seus frutos, não deixariam de participar dela um só dia.



São Pedro Julião Eymard

sábado, 16 de junho de 2012

Oração de Santo Afonso de Ligório

Senhor meu Jesus Cristo, que, pelo amor que tendes aos homens, estais de noite e de dia neste Sacramento, todo cheio de piedade e de amor, esperando, chamando e recebendo todos os que vêm visitar-vos; eu creio que estais presente no Santíssimo Sacramento do altar.
Eu vos adoro do abismo do meu nada e vos dou graças por todos os benefícios que me tendes feito; especialmente por vós mesmo dardes a mim neste sacramento, por me terdes concedido como advogada vossa Mãe santíssima, e por me terdes chamado a visitar-vos nesta igreja.
Eu vós saúdo, pois hoje, o vosso amantíssimo Coração e a minha intenção é fazê-lo por três motivos: primeiro, em ação de garças por esta grande dádiva; segundo, para compensar-vos de todas as injúrias que tendes recebido, neste Sacramento, de todos os vossos inimigos; terceiro, com intenção de adora-vos, nesta visita, em todos os lugares da terra onde vossa presença sacramental estais menos reverenciado e em maior abandono.
Meu Jesus, eu vos amo de todo o meu coração; pesa-me de ter, no passado, tantas vezes ofendido a vossa divina bondade.
Proponho, com o auxílio de vossa graça, nunca mais ofender-vos para o futuro.
E, no presente, miserável qual sou, eu me consagro todo a vós e renuncio a toda a própria vontade, a todos os afetos e desejos, e a tudo o que é meu, para vo-lo oferecer.
De hoje em diante fazei vós de mim e de tudo o que me pertence aquilo o que for de vosso agrado.
Só procuro e só peço o vosso santo amor, a perseverança final e o perfeito cumprimento de vossa vontade.
Recomendo-vos as almas do purgatório, especialmente as mais devotas do santíssimo sacramento e da Bem-aventurada Virgem Maria.
Recomendo-vos também todos os pobres pecadores.
Finalmente, desejo unir, meu querido Salvador, todos os meus afetos com os de vosso amorosíssimo Coração; e, assim unidos, os ofereço a vosso Eterno Pai e lhe peço em vosso nome que por vosso amor os queira aceitar e atende.

Santo Afonso de Ligório

sábado, 9 de junho de 2012

A fé eucarística da Igreja

« A obra de Deus consiste
em acreditar n'Aquele que Ele enviou »
(Jo 6, 29)
A fé eucarística da Igreja
6. « Mistério da fé! »: com esta exclamação pronunciada logo a seguir às palavras da consagração, o sacerdote proclama o mistério celebrado e manifesta o seu enlevo diante da conversão substancial do pão e do vinho no corpo e no sangue do Senhor Jesus, realidade esta que ultrapassa toda a compreensão humana. Com efeito, a Eucaristia é por excelência « mistério da fé »: « É o resumo e a súmula da nossa fé ».(13) A fé da Igreja é essencialmente fé eucarística e alimenta-se, de modo particular, à mesa da Eucaristia. A fé e os sacramentos são dois aspectos complementares da vida eclesial. Suscitada pelo anúncio da palavra de Deus, a fé é alimentada e cresce no encontro com a graça do Senhor ressuscitado que se realiza nos sacramentos: « A fé exprime-se no rito e este revigora e fortifica a fé ».(14) Por isso, o sacramento do altar está sempre no centro da vida eclesial; « graças à Eucaristia, a Igreja renasce sempre de novo! » (15) Quanto mais viva for a fé eucarística no povo de Deus, tanto mais profunda será a sua participação na vida eclesial por meio duma adesão convicta à missão que Cristo confiou aos seus discípulos. Testemunha-o a própria história da Igreja: toda a grande reforma está, de algum modo, ligada à redescoberta da fé na presença eucarística do Senhor no meio do seu povo.
 SACRAMENTUM CARITATISDE SUA SANTIDADE
BENTO XVI

sábado, 2 de junho de 2012

Sacramento da Eucaristia no Catecismo da Igreja

§1407 - A Eucaristia é o coração é o ápice da vida da Igreja, pois nela Cristo associa sua Igreja e todos os seus membros a seu sacrifício de louvor e de ação de graças oferecido uma vez por todas na cruz a seu Pai; por seu sacrifício Ele derrama as graças da salvação sobre o seu corpo, que é a Igreja.
§1408 - A celebração da Eucaristia comporta sempre: a proclamação da palavra de Deus, a ação de graças a Deus Pai por todos os seus benefícios, sobretudo pelo dom do seu Filho, a consagração do pão e do vinho e a participação no banquete litúrgico pela recepção do Corpo e do Sangue do Senhor. Estes elementos constituem um só e mesmo ato de culto.
§1409 - A Eucaristia é o memorial da páscoa de Cristo: isto é, da obra da salvação realizada pela Vida, Morte e Ressurreição de Cristo, obra esta tornada presente pela ação litúrgica.
§1410 - É Cristo mesmo, sumo sacerdote eterno da nova aliança, que, agindo pelo ministério dos sacerdotes, oferece o sacrifício eucarístico. E é também o mesmo Cristo, realmente presente sob as espécies do pão e do vinho, que é a oferenda do Sacrifício Eucarístico.
§1411 - Só os sacerdotes validamente ordenados podem presidir a Eucaristia e consagrar o pão e o vinho para que se tornem o Corpo e o Sangue do Senhor.
§1412 - Os sinais essenciais do Sacramento Eucarístico são o pão de trigo e o vinho de uva, sobre os quais é invocada a bênção do Espírito Santo, e sacerdote pronuncia as palavras da consagração ditas por Jesus durante a última Ceia: "Isto é o meu Corpo entregue por vós. (...) Este é o cálice do meu Sangue (...) "
§1413 - Por meio da consagração opera-se a transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Cristo. Sob as espécies consagradas do pão e do vinho, Cristo mesmo, vivo e glorioso, está presente de maneira verdadeira, real e substancial, seu Corpo e Seu Sangue, sua Alma e Divindade (Conc. Trento, DS 1640).
§1414 - Enquanto sacrifício, a Eucaristia é oferecida também em reparação dos pecados dos vivos e dos defuntos, e para obter de Deus benefícios espirituais e temporais.
Eucaristia - os seus frutos
§1391 - A comunhão aumenta a nossa união com Cristo. Receber a Eucaristia na comunhão traz como fruto principal a união íntima com Cristo Jesus. Pois o Senhor diz:
"Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue permanece em mim e eu nele" (Jo 6,56). Assim como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, também aquele que de mim se alimenta viverá por mim" (Jo 6,57):
§1392 - O que o alimento produz em nossa vida corporal, a comunhão o realiza de maneira admirável em nossa vida espiritual. A comunhão da Carne de Cristo ressuscitado, "vivificado pelo Espírito Santo e vivificante" (PO 5), conserva, aumenta e renova a vida da graça recebida no Batismo. Este crescimento da vida cristã precisa ser alimentado pela Comunhão Eucarística, pão da nossa peregrinação, até o momento da morte, quando nos será dado como viático.
§1393 - A comunhão separa-nos do pecado. O Corpo de Cristo que recebemos na comunhão é "entregue por nós", e o Sangue que bebemos é "'derramado por muitos para remissão dos pecados". É por isso que a Eucaristia não pode unir-nos a Cristo sem purificar-nos ao mesmo tempo dos pecados cometidos e sem preservar-nos dos pecados futuros:
"Toda vez que o recebemos , anunciamos a morte do Senhor" (1Cor 11,26).
"Se anunciamos a morte do Senhor, anunciamos a remissão dos pecados. Se, toda vez que o Sangue é derramado, o é para a remissão dos pecados, devo recebê-lo sempre, para que perdoe sempre os meus pecados. Eu que sempre peco, devo ter sempre um remédio." (S. Ambrósio, Sacr. 4,28 )
§1394 - Como o alimento corporal serve para restaurar a perda das forças, a Eucaristia fortalece a caridade que, na vida diária, tende a arrefecer; e esta caridade vivificada apaga os pecados veniais (Conc. de Trento, DS 2638).
Ao dar-se a nós, Cristo reativa o nosso amor e nos torna capazes de romper as amarras desordenadas com as criaturas e de enraizar-nos nele.
§1395 - Pela mesma caridade que acende em nós, a Eucaristia nos preserva dos pecados mortais futuros. Quanto mais participarmos da vida de Cristo e quanto mais progredirmos na sua amizade, tanto mais difícil dele separar-nos pelo pecado mortal.
§1396 - Os que recebem a Eucaristia estão unidos mais intimamente a Cristo. Por isso mesmo, Cristo os une a todos os fiéis em um só corpo, a Igreja. A Comunhão renova, fortalece, aprofunda esta incorporação à Igreja, realizada já pelo batismo. No batismo fomos chamados a construir um só corpo (1Cor 12,13).
A Eucaristia realiza este apelo: "O cálice de bênção que abençoamos não é comunhão com o Sangue de Cristo? O pão que partirmos não é comunhão com o Corpo de Cristo? Já que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, visto que todos participamos desde único pão" (1 Cor 10,16-17).
§1397 - A Eucaristia compromete com os pobres.
Para receber na verdade o Corpo e o Sangue de Cristo entregues por nós, devemos reconhecer o Cristo nos mais pobres, seus irmãos (Mt 25,40):
"Degustaste o Sangue do Senhor e não reconheces sequer o teu irmão. Desonras esta própria mesa, não julgando digno de compartilhar do teu alimento aquele que foi julgado digno de participar desta mesa. Deus te libertou de todos pecados e te convidou para esta mesa. E tu, nem mesmo assim, não te tornaste mais misericordioso" (S. João Damasceno, Hom. in 1Cor 27,5).
§1415 - Quem quer receber a Cristo na comunhão eucarística deve estar em estado de graça. Se alguém tem consciência de ter pecado mortalmente, não deve comungar a Eucaristia sem ter recebido previamente a absolvição no sacramento da penitência.
§1416 - A santa Comunhão do Corpo e do Sangue de Cristo aumenta a união do comungante com o Senhor, perdoa-lhe os pecados veniais e o preserva dos pecados graves. Por serem reforçados os laços de caridade entre o comungante e Cristo, a recepção deste sacramento reforça a unidade da Igreja, corpo místico de Cristo.
§1417 - A Igreja recomenda vivamente aos fiéis que recebam a Santa Comunhão quando participam da celebração da Eucaristia; impõe-lhes a obrigação de comungar pelo menos uma vez por ano.
§1419 - Tendo Cristo passado deste mundo ao Pai, dá-nos na Eucaristia o penhor da glória junto dele: a participação no Santo Sacrifício nos identifica com o seu coração, sustenta as nossas forças ao longo da peregrinação desta vida, faz-nos desejar a vida eterna e nos une já à Igreja do céu, á Santa Virgem Maria e a todos os santos.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O Coração Eucarístico de Jesus, Coração de amigo.


Em todas as culturas o coração é símbolo do amor. JESUS escolheu este sinal para mostrar-nos os sentimentos de sua alma, o que pensa e deseja, o projeto de santificar-nos e salvar-nos por amor.

Cristo institui a Eucaristia -dom de seu coração- porque quis amar-nos até o extremo, e quis permanecer conosco, na sua Igreja, até a consumação dos séculos (Jo 13,1; Mt 28,20.) Um coração de carne palpita, sem cessar, de amor por nós desde quase 2.000 anos; Mora em todos os altares e sacrários do mundo e alimenta a todos os que o recebem na Comunhão. A participação na vida sacramental revive em nós a lembrança amorosa do amor humano e divino de JESUS para conosco.

A Eucaristia é a união com JESUS. Os outros sacramentos nos dispõem para receber a Eucaristia O batismo nos abre as portas do Sacrário: Se não se está batizado não pode receber-se a Eucaristia. O sacramento da reconciliação tira os obstáculos (os pecados) que se opõem à união com Cristo na Comunhão. O sacramento do matrimônio santifica e comunica a união com Cristo porque contém em si o desejo da Eucaristia. Do lado aberto de JESUS, do seu coração, jorraram sangue e água, quer dizer, a graça de cada um dos seis sacramentos que conduzem à Eucaristia( Jo 19,34.)

Claudio Tadeu parpinelli

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A SANTÍSSIMA EUCARISTIA NO NOVO TESTAMENTO

O cristianismo se diferencia de todas as outras religiões por ter um contato de intimidade com Deus. Ele se torna alimento de salvação para nós. Jesus na eucaristia vem de encontro as nossas fraquezas e limitações. O homem desde que começa a se utilizar do raciocínio, pensa sobre o sobrenatural. Nenhum tipo de relação com a divindade se assemelha ao que o cristianismo oferece.
O crer na eucaristia é um divisor de águas. Após o surgimento do protestantismo a visão sobre a eucaristia foi deturpada de sua originalidade. Devemos recorrer ao que o Senhor nos deixou para entendermos com mais fé este grande tesouro de amor nos dado por Jesus, alimento para a eternidade.
A SANTÍSSIMA EUCARISTIA NO NOVO TESTAMENTO:
A Palavra de Deus se complementa com a eucaristia. Deus se revela ao povo de Israel de uma maneira peculiar. Todo o Antigo Testamento se refere a esta revelação.
Quando Deus veio fazer parte da nossa história em Jesus Cristo temos o gesto mais concreto de amor da parte d’Ele. Vendo que éramos fracos e incapazes de andarmos com nossas próprias formas, Jesus desejou permanecer em nosso meio através da eucaristia.
Existem muitos textos no Novo Testamento que falam direta ou indiretamente da eucaristia. Vamos iniciar pelo capítulo 06 do Evangelho de São João que é todo ele referente ao Pão da Vida. Este capítulo não nos deixa dúvida sobre a presença de Jesus na eucaristia e da necessidade de recebê-lo para alcançarmos a eternidade.
“Quem comer deste pão viverá eternamente”(Jo 06, 51). Todos nós desejamos a eternidade, sentimos em nosso íntimo o desejo de nos eternizarmos, mesmo dentro de muitas limitações, queremos ser melhores. Desejamos viver eternamente, pois a vida é o maior dom que temos. Se existimos é porque somos amados neste instante por Deus.
Quando aceitamos a presença de Jesus em nós, assumimos os seus valores, somos modificados por este alimento que nos cura e nos liberta.
Outro texto fundamental sobre a eucaristia é o capítulo 11 da primeira carta de São Paulo aos Coríntios. No versículo 23 e seguintes, Paulo narra a consagração eucarística que até hoje é utilizada na liturgia. O gesto de Jesus, para quem crê realmente nele é fundamental.
Os evangelhos sinóticos todos eles narram o momento da consagração: Mt 26, 26-29; Mc 14, 22-25; Lc 22, 19-20).
 Nós somos muito limitados para entendermos este mistério, precisamos confiar na Palavra do Senhor que é infalível. É o Espírito Santo que age em favor de nossas limitações. A Eucaristia está ligada a Palavra de Deus, uma consolida a outra na busca de perfeição.
RENOVAÇÃO DO SACRIFÍCIO DE JESUS:
O sacrifício da cruz e o sacrifício do altar: tem tanto valor a celebração da missa, como a morte de Cristo na Cruz. É o maior contato com Deus que podemos ter nesta vida.
Cada celebração eucarística renova o sacrifício de Jesus. Todo o mistério da salvação vem em socorro da fragilidade humana. “Fazei isto em minha memória”. O amor de Deus se renova constantemente para que possamos ser livres de nossos pecados e possamos evoluir em nossa vida espiritual.
A instituição da eucaristia é um mistério que só poderemos entender quando percebemos que Deus tem um amor inefável (misterioso) pelas pessoas. Estamos dentro de um mundo poluído pelo imediatismo que não nos deixa raciocinar sobre o sentido último de nossa vida. este imediatismo nos arrasta para o relativismo onde todas as coisas são aceitas em favor de nosso egoísmo. Este relativismo nos leva a renovação do pecado original nos tornando individualistas.
Jesus deu a sua vida por nós. Não existe amor sem sacrifício. Quem ama sofre pelo amado. O amor exige saída de nós mesmos em relação aos nossos irmãos. A eucaristia renova o gesto de amor de Jesus por nós. Através dela somos resgatados novamente de nossos pecados e nos entregamos a verdade de nossa vida.
Em cada celebração que participamos estamos abertos ao mistério de amor de Deus que nos cria, nos salva e nos santifica. Fomos criados para participarmos da felicidade que Deus vive. Não estamos nesta vida para obedecer aos meios de comunicação que são governados pelas relações comerciais.
Deus mergulha em nossa miséria através da eucaristia que atinge o passado, o presente e o futuro da história. Através da renovação do sacrifício de Jesus as pessoas que morrem são resgatadas para a eternidade. Quando oferecemos uma missa por um defunto, se ele tiver merecimento diante de Deus,  imediatamente ele terá a visão de Deus na eternidade.
Não podemos nunca faltar a missa, especialmente nos domingos e dias santos de guarda. O ideal seria a participação na missa diariamente. Receber Jesus todos os dias para nos fortalecermos na Fé. Somos desafiados a perseverar diante das dificuldades que o mundo oferece. Precisamos abrir o nosso coração para a graça de Deus. Devemos oferecer o que estamos vivendo em nossa celebração para crescermos em nossa adesão a Deus.

Claudio Tadeu Parpinelli
Radio benção
http://www.radiobencao.com.br/

domingo, 20 de maio de 2012

Eucaristia, fonte de vida!



Na última ceia, Jesus tomou o pão e, depois de benzê-lo, partiu-o e deu-lhes, dizendo: “Tomai, isto é o meu corpo”. Em seguida, tomou o cálice em suas mãos, deu graças, o apresentou e todos beberam dele. E disse-lhes: “Isto é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança que será derramado por vós e por todos”. Mc 14, 22-24.
A Eucaristia é o centro da vida da Igreja porque torna presente o sacrifício de Cristo na cruz e permite que dele participemos… Mas participar de que forma? Repetindo as palavras de Jesus? Seus gestos e o rito, de forma mecânica e rotineira? Não! Comungar só é válido quando realizado de forma consciente. Comungar é partilhar, é participar da construção de um mundo mais justo e fraterno, é juntar-se aos excluídos e vivenciar o maior desejo de Jesus: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”!

é participar da vitória de Jesus ressuscitado e da ceia pascal, do banquete sagrado, o pão vivo descido do céu para a vida do mundo. É adorar, nas espécies do pão e do vinho consagrados, aquele que o céu e a terra não podem conter, porque é o próprio Deus.
Participar da eucaristia

A fé na presença de Cristo apóia-se nas palavras pronunciadas por Cristo na última ceia, quando, tendo benzido e partido o pão, deu-o a seus discípulos dizendo: Tomai e comei, isto é o meu corpo.
Fez igualmente, tomando o cálice com o vinho: Bebei dele todos, pois este é o cálice do meu sangue que será derramado por vós para a remissão dos pecados (Mt 26, 26-29).
Memorial palavra que exprime realidade bem mais profunda que simples lembrança histórica. Significa que nesta celebração, o acontecimento torna-se novamente presente em toda a sua eficácia para os que o realizam na fé. Jesus escolheu exatamente este rito como sinal da nova páscoa, e para perpetuar a memória de sua passagem da morte para a ressurreição.
Na última ceia, oferece no pão o seu corpo: dado por vós, no vinho o seu sangue: derramado por vós e por todos, sem restrição...; e convida os apóstolos a repetir o seu gesto: Fazei isto em memória de mim (Lc 22, 19; 1 Cor 11, 24).
Fazer o quê? Repetir as palavras, os gestos e o rito, num mecanicismo e numa rotina sem fim? Não! Fazei isto tudo aquilo que Jesus fez durante a vida inteira, em gestos e palavras.
Fazei isto em memória de mim (Lc 22, 19) é um convite a fazer de nossas vidas uma ação de graças. Sede também vós eucaristia para vossos irmãos.
A eucaristia é o centro da vida da Igreja porque torna presente o sacrifício de Cristo na cruz e permite que dele participemos, ofertando-o com Cristo.
É vida para a Igreja que, à luz do exemplo de Cristo, realiza o lava-pés, servindo, despojando-se e doando-se, sobretudo aos mais necessitados de bens, justiça, amor e perdão.
Vida para a comunidade
Da comunhão de Deus com os que crêem é que nasce a comunidade, a assembléia cristã, que encontra, na participação do corpo e sangue de Cristo, o seu momento comunitário culminante. Por isso, a eucarisitia, além de ser banquete, convida os cristãos a viver a comunhão eucarística em uma comunidade, que age segundo o Seu exemplo.
Expressão de amor
Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os ao extremo (Jo 13, 1). A eucaristia é a expressão do infinito amor de Deus-Pai, que entrega seu Filho para nos salvar, e do Filho, que, obediente ao Pai, se imola por nós.
É esse amor que ressuscita, faz viver e transforma os discípulos em testemunhas da ressurreição e promotores da vida.
A Eucaristia hoje
A eucaristia tem a ver com a preocupação para que haja o necessário para todos até sobrar: 12 cestos cheios! Aos discípulos é dada a ordem: Fazei isto... Dai-lhes vós mesmos de comer.

Claudio Tadeu Parpinelli
claudioparpinelli@globo.com

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Encontro com Jesus amor

Encontro com Jesus amor
Necessariamente o encontro com Cristo Eucaristia é uma experiência pessoal e íntima, e que supõe o encontro pleno de dois que se amam. É, portanto, impossível generalizar sobre eles. Porque só Deus conhece os corações dos homens. Entretanto, sim devemos transluzir em nossa vida, a transcendência do encontro íntimo com o Amor. É lógico pensar que quem recebe esta Graça, está em maior capacidade de amar e de servir ao irmão e que além disso, alimentado com o Pão da Vida deve estar mais fortalecido para enfrentar as provações, para encarar o sofrimento, para contagiar sua fé e sua esperança. Em fim, para levar a feliz término a missão, a vocação, que o Senhor lhe dá.
Se apreciássemos de veras a Presença de Cristo no sacrário, nunca o encontraríamos sozinho, acompanhado apenas pela lâmpada Eucarística acesa, o Senhor hoje nos diz a todos e a cada um, o mesmo que disse aos Apóstolos "Com ânsias desejei comer esta Páscoa convosco " Lc.22,15. O Senhor nos espera ansioso para entregar-se a nós como alimento; somos conscientes disso, de que o Senhor nos espera no Sacrário, com a mesa celestial servida.? E nós, por que o deixamos esperando.? Ou é por acaso, quando vem alguém de visita a nossa casa, o deixamos na sala e vamos nos ocupar de nossas coisas?
É exatamente isso o que fazemos em nosso apostolado, quando nos enchemos de atividades e nos descuidamos na oração diante do Senhor, que nos espera no Sacrário, preso porque nos "amou até o extremo" e resulta que, por quem se fez o mundo e tudo o que nele habita (nós inclusive) encontra-se ali, oculto aos olhos, mas incrivelmente luminoso e poderoso para saciar todas nossas necessidades
Está Cristo presente na Eucaristia?
São vários os caminhos pelos quais podemos nos aproximar do Senhor Jesus e assim viver uma existência realmente cristã, quer dizer, segundo a medida do próprio Cristo, de tal maneira que seja Ele mesmo quem vive em nós (ver Gl 2,20). Uma vez ascendido aos céus o Senhor nos deixou seu Espírito.
Por sua promessa é segura sua presença até o fim do mundo (ver Mt 28, 20). Jesus Cristo se faz realmente presente em sua Igreja não somente através da Sagrada Escritura, mas também, e de maneira mais excelsa, na Eucaristia.
O que quer dizer Jesus com "vinde a mim"?
Ele mesmo nos revela o mistério mais adiante: "Eu sou o pão da vida. O que vem a mim, não sentirá fome, o que crê em mim nunca terá sede" (Jo 6,35). Jesus nos convida a alimentar-nos d'Ele. É na Eucaristia onde nos alimentamos do Pão da Vida que é o próprio Senhor Jesus.
Não está Cristo falando de forma simbólica?
Cristo, argumenta-se, poderia estar falando simbolicamente. Ele disse: "Eu sou a videira" e Ele não é uma videira; "Eu sou a porta" e Cristo não é uma porta.
Mas o contexto no qual o Senhor Jesus afirma que Ele é o pão da vida não é simbólico ou alegórico, mas doutrinal. É um diálogo com perguntas e respostas como Jesus costuma fazer ao expor uma doutrina.
Às perguntas e objeções que lhe são feitas pelos judeus no Capítulo 6 de São João, Jesus Cristo responde reafirmando o sentido imediato de suas palavras. Quanto mais rejeição e oposição encontra, mais Cristo insiste no sentido único das palavras: "Minha carne é verdadeiramente uma comida e meu sangue é verdadeiramente uma bebida" (v.55).
Isto faz com que os discípulos o abandonem (v.66). E Jesus Cristo não tenta retê-los tratando de explicar-lhes que o que acaba de dizer-lhes é tão somente uma parábola. Pelo contrário, interroga a seus próprios apóstolos: "Não quereis também vós partir?". E Pedro responde: "Senhor, a quem iremos? Só tu tens palavras de vida eterna." (v.67-68).
Os Apóstolos entenderam o sentido imediato das palavras de Jesus na última ceia. "Tomou o pão...e disse: "Tomai e comei, este é o meu corpo". (Lc 22,19). E eles ao invés de dizer-lhe: "explica-nos esta parábola, "tomaram e comeram, quer dizer, aceitaram o sentido imediato das palavras. Jesus não disse "Tomai e comei, isto é como se fosse meu corpo... é um símbolo de meu sangue".
Alguém poderia objetar que as palavras de Jesus "fazei isto em memória de mim" não indicam mais que esse gesto deveria ser feito no futuro como uma simples recordação, um fazer memória com qualquer um de nós pode recordar algum fato de seu passado e, deste modo, "trazer ao presente". Entretanto não é assim, porque memória, anamnese ou memorial, no sentido empregado na Sagrada Escritura, não é somente a lembrança dos acontecimentos do passado, mas a proclamação das maravilhas que Deus realizou em favor dos homens. Na celebração litúrgica, estes acontecimentos se fazem, de certa maneira, presentes e atuais.
Assim, pois, quando a Igreja celebra a Eucaristia, faz memória da Páscoa de Cristo e esta se faz presente: o sacrifício que Cristo ofereceu de uma vez para sempre na cruz permanece sempre atual (ver Hb 7,25-27). Por isso a Eucaristia é um sacrifício (ver Catecismo da Igreja Católica n. 1363-1365).
São Paulo expõe a fé da Igreja no mesmo sentido: "O cálice de benção que abençoamos não é comunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos não é comunhão com o corpo de Cristo?" (1Cor 10,16). A comunidade cristã primitiva, os próprios testemunhas da última ceia , quer dizer, os Apóstolos, não teriam permitido que Paulo transmitisse uma interpretação falsa desse acontecimento.

Site radio amor eterno.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

A SANTÍSSIMA EUCARISTIA


1. DA NATUREZA DA SANTÍSSIMA EUCARISTIA E DA PRESENÇA REAL DE JESUS CRISTO NESTE SACRAMENTO
A Eucaristia é um Sacramento que, pela admirável conversão de toda a substância do pão no Corpo de Jesus Cristo, e de toda a substância do vinho no seu precioso Sangue, contém verdadeira, real e substancialmente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, debaixo das espécies de pão e de vinho, para ser nosso alimento espiritual.

Na Eucaristia está verdadeiramente o mesmo Jesus Cristo que está no Céu e que nasceu, na terra, da Santíssima Virgem Maria.

Eu acredito que no Sacramento da Eucaristia está verdadeiramente presente Jesus Cristo porque Ele mesmo o disse, e assim no-lo ensina a Santa Igreja.

A matéria do Sacramento da Eucaristia é a que foi empregada por Jesus Cristo, a saber: o pão de trigo e o vinho de uva.

A forma do Sacramento da Eucaristia são as palavras usadas por Jesus Cristo: ‘Isto é o meu Corpo; este é o meu Sangue.

A hóstia antes da consagração é pão de trigo. Depois da consagração, a hóstia é o verdadeiro Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, debaixo das espécies de pão.

No cálice antes da consagração está vinho com algumas gotas de água. Depois da consagração, há no cálice o verdadeiro Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, debaixo das espécies de vinho.

A conversão do pão no Corpo e do vinho no Sangue de Jesus Cristo faz-se precisamente no ato em que o sacerdote, na Santa Missa, pronuncia as palavras da consagração.

A consagração é a renovação, por meio do sacerdote, do milagre operado por Jesus Cristo na última Ceia, quando mudou o pão e o vinho no seu Corpo e no seu Sangue adorável, por estas palavras: ‘Isto é o meu Corpo; este é o meu Sangue’.

Esta miraculosa conversão, que todos os dias se opera sobre os nossos altares, é chamada pela Igreja transubstanciação.

Foi o mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, Deus onipotente, que deu tanta virtude às palavras da consagração.

Depois da consagração ficam só as espécies do pão e do vinho. Dizem-se espécies a quantidade e as qualidades sensíveis do pão e do vinho, como a figura, a cor e o sabor. As espécies do pão e do vinho ficam maravilhosamente sem a sua substância por virtude de Deus Onipotente.

Tanto debaixo das espécies de pão, como debaixo das espécies de vinho, está Jesus Cristo vivo e todo inteiro com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Tanto na hóstia como no cálice está Jesus Cristo todo inteiro, porque Ele está na Eucaristia vivo e imortal como no Céu; por isso onde está o seu Corpo, está também o seu Sangue, sua Alma e sua Divindade; e onde está seu Sangue está também seu Corpo, sua Alma e Divindade, pois tudo isto é inseparável em Jesus Cristo.

Quando Jesus está na hóstia, não deixa de estar no Céu, mas encontra-se ao mesmo tempo no Céu e no Santíssimo Sacramento.

Jesus Cristo está em todas as hóstias consagradas por efeito da onipotência de Deus, a quem nada é impossível. Quando se parte a hóstia, não se parte o Corpo de Jesus Cristo, mas partem-se somente as espécies do pão. O Corpo de Jesus Cristo fica inteiro em todas e em cada uma das partes em que a hóstia foi dividida. Tanto numa hóstia grande como na partícula de uma hóstia, está sempre o mesmo Jesus Cristo.

Conserva-se nas igrejas a Santíssima Eucaristia para que seja adorada pelos fiéis, e levada aos enfermos, quando necessário.

A Eucaristia deve ser adorada por todos, porque Ela contém verdadeira, real e substancialmente o mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor.

 claudio tadeu parpinelli
Catecismo Maior de São Pio X

domingo, 6 de maio de 2012

EUCARISTIA E PERDÃO

Recordemos que um dos objetivos da Eucaristia e da missa é o propiciatório, é dizer ou pedir perdão por nossos pecados. A missa é o sacrifício de Jesus que se imola por nós e assim realiza plenamente em nós a remissão de nossos pecados e as penas devidas pelos pecados, concedendo-nos a graça da penitência, de acordo ao grau de disposição de cada um. É Sangue derramado para remissão dos pecados, é Corpo entregado para saldar a dívida que tínhamos.

Mateus 18, 21-55 nos evidencia a grande dívida da qual o Senhor nos perdoou, sem mérito algum de nossa parte, e somente porque nós lhe pedimos perdão. E Ele generosamente nos o concedeu: “O Senhor teve compaixão daquele empregado e o deixou partir, perdoando-lhe a dívida“. Assim é Deus, redentor, misericordioso, clemente, compassivo. É o atributo mais formoso de Deus. Já no Antigo Testamento há citações dessa misericórdia de Deus, porém de modo geral regia a lei de Talião: olho por olho e dente por dente.

Se compadece de seu povo e forma um pacto com ele. Compadece-se de seu povo e o livra da escravidão. Compadece-se de seu povo e lhe dá o maná, e É coluna de fogo que o protege durante a noite. Compadece-se e envia a seu Filho Único, como Messias salvador de nossos pecados. E Deus, em Jesus, se compadece de nós e nos dá seu perdão, não somente na confissão senão também na eucaristia.

O que nos perdoa Deus na Eucaristia?

Nossos pecados veniais. Nossas distrações, rotinas, desídias, irreverências, faltas de respeito. Ele agüenta e tolera o fato de que não valorizamos suficientemente este Santíssimo Sacramento. Na mesma missa começamos com um ato de misericórdia, o ato penitencial (”Reconheçamos nossos pecados“). No Glória: “Tu que tirais o pecado do mundo…”.

Depois do Evangelho diz o sacerdote: “As palavras do Evangelho apaguem nossos pecados …“. No Credo, dizemos todos: “Creio … na remissão dos pecados …”. Depois das oferendas e durante o lavatório o sacerdote diz em segredo: “… lava-me de todo delito, Senhor, limpa meus pecados …“. Na Consagração, “… para remissão dos pecados …” e “… Tende piedade de todos nós …“. No Pai Nosso: “… perdoai as nossas ofensas …“. “Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo “. Portanto, a missa está permeada do espírito de perdão e contrição. A Eucaristia nos convida ao perdão, a oferecermos o perdão aos nossos irmãos. A cena do Evangelho (cf Mt. 18, 21-55) é penosa: o servo perdoado tão generosamente pelo amo, não soube perdoar a um servo que lhe devia cem dinares, quando ele mesmo devia cem mil.

O perdão é difícil. Temos uma natureza humana inclinada a vingarmo-nos, a guardar rancores, a julgar duramente aos demais, a ver a palha no olho do irmão e a não ver a trava que temos em nossos olhos. Perdoar é a lição que não nos dá nem o Antigo Testamento, nem a civilização mais esplêndida das que já existiram e que determinaram nossa cultura: a civilização greco-latina. Somente Jesus nos ensinou e nos pediu para perdoar.

Como deve ser nosso perdão aos demais?

Rápido, senão se apodrece o coração. Universal, a todos. Generoso, sem ser mesquinho ao dá-lo a conta-gotas. De coração, de dentro. Ilimitado. Não esqueçamos que Deus nos perdoará na medida em que nós perdoamos. Se perdoarmos pouco, Ele nos perdoará pouco. Se não perdoamos, Ele tampouco nos perdoará. Perdoam-se muito, Ele nos perdoará muito.

Vamos à Eucaristia e peçamos a Jesus que nos abra o coração e ponha nele uma grande capacidade de perdoar. Maria, cheia de misericórdia, rogai por nós

Pe. Antonio Rivero, LC.

domingo, 29 de abril de 2012

Seguir a Cristo é penetrar no caminho do amor

Seguir a Cristo é penetrar no caminho do amor
Qual é a importância dos santos? Eles são nossos intercessores diante do trono de Deus. Mas também e, em primeiro lugar, eles são os grandes modelos para nossa vida. Querem ser nossos guias no caminho para Deus Pai. Agora, de onde os santos tiram a força para viver sua vida de maneira exemplar? Qual é o mistério de sua vida?
O mistério de sua vida chama-se Jesus Cristo. O mistério de sua vida é: seguir a Cristo por todos Seus caminhos. Desde que foram chamados pelo Senhor O seguiram generosa e fielmente, cumprindo sua missão. Muitos, inclusive, foram a países distantes e desconhecidos para anunciar a mensagem de seu Mestre.
Seguir a Cristo é e deve ser o mistério de vida de cada cristão, também de cada um de nós. Porque toda a predicação de Jesus é um convite para segui-Lo, e está dirigida – como sabemos – a cada ser humano. Também nós, em nosso batismo, fomos chamados, pela primeira vez, a imitar Cristo. E desde então, Deus repetiu e renovou esse convite muitas vezes e de muitas maneiras. Também hoje em dia Deus volta a nos chamar de diversas maneiras.
Podemos distinguir duas classes de cristãos: os seguidores e os admiradores de Cristo. O admirador não compromete sua pessoa: admira, olha de fora e não se esforça em ser como o que admira. O seguidor, ao contrário, é ou procura ser o que admira.
Jesus mesmo insiste sempre em que é necessário segui-Lo. Jamais diz que busca admiradores. Deixa bem claro que os Seus devem segui-Lo em sua vida e não só aceitar a doutrina d’Ele. Porque uma fé que não se traduz em vida, não vale nada nem consegue nos proteger da perdição eterna.
Como podemos seguir Jesus? A condição fundamental para a imitação do Senhor é o encontro pessoal com Ele. Para poder e querer segui-Lo temos de conhecê-Lo, olhando Sua vida e escutando Seus ensinamentos. Se não O conhecemos, se não sabemos nada de Sua generosidade, nem de Sua entrega desinteressada, nem de Seu amor desbordante para conosco, nunca vamos ter vontade de segui-Lo verdadeiramente.
Não temos a sorte dos apóstolos de ter nascido em tempos de Jesus. Entretanto existem muitos caminhos, muitos lugares de encontro com Cristo se O buscamos sinceramente. Ali está, por exemplo, na Eucaristia que celebramos juntos. No Evangelho, Jesus fala pessoalmente a cada um de nós. E na comunhão, Ele mesmo nos convida a comer Seu Corpo e tomar Seu Sangue, entrando assim na mais profunda comunhão com Ele.
Seguir Cristo é penetrar no caminho do amor. Mas quem começa a amar, começa a sofrer. E Jesus nunca ocultou que O seguir é duro. Não oferece segurança, mas sim risco. Não nos oferece caminhos de triunfo, mas sim o “fracasso” da cruz, porque quem O segue, aceita também a sorte de Seu Mestre: o sofrimento e a cruz.
Na vida de nossos santos tampouco faltou dor e sofrimento. Aceitaram-nos por amor a Cristo. E seguiram a seu Mestre até a última entrega: coroaram sua vida pelo martírio.
Seguir Cristo inclui sofrimento e cruz, mas também nos enche de uma alegria profunda e uma paz permanente. E no fim do caminho nos espera, em comunhão com todos os santos, a felicidade de Cristo para sempre.

Padre Nicolás Schwizer
Movimento apostólico Shoenstatt

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Há um milagre acontecendo agora!



Nos tempos de Jesus Cristo, vários de Seus feitos delimitaram o nosso entendimento conceitual de milagre: ressuscitar mortos, devolver a vista a cegos (de nascença também!), brindar mobilidade a aleijados , restituir a fala a mudos e audição a surdos, além de caminhar sobre a água, acalmar as intempéries da natureza e voltar à vida depois de 3 dias no sepulcro, entre outros. O Evangelho traz o episódio em que Jesus fica ‘chateado’ com uma população que não se converteu mesmo apesar dos sinais milagrosos realizados no meio deles.
É certo que o Senhor não fez ‘todos’ os milagres num mesmo lugar, mas os que Ele fez seriam suficientes para ‘mudar o coração’ daquela gente. Como isso não aconteceu, Jesus diz que eles terão um triste fim: “Porque se tivessem sido feitos em Tiro e em Sidônia os milagres que foram feitos em vosso meio, há muito tempo elas teriam arrependido sob o cilício e a cinza. (…) Se Sodoma tivesse visto os milagres que foram feitos dentro dos teus muros, subsistiria até este dia. Por isso te digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Sodoma do que para ti!” (Cf. Mt. 11, 21.23s).
Talvez você nunca tenha sido alvo de algum milagre extraordinário ainda. Ou quem sabe nem tenha tido a oportunidade de presenciar algum. Sabemos que Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre (cf. Heb 13,8). Ele continua operando milagres e não é pecado esperar ou pedir algum para si. Mas o fato é que muitos milagres acontecem ainda hoje, alguns estão acontecendo exatamente agora enquanto você lê este texto.
Gostaria de perguntar se você já parou para pensar nos milagres cotidianos que experimentamos. Um pouco de conhecimento e você perceberá que estamos rodeados de milagres extraordinários que talvez passem despercebidos. Para nós católicos é extraordinário pensar que um simples homem pecador, investido da força da Graça sobrenatural do Sacerdócio, pronuncie as palavras que Jesus pronunciou e um pedaço de pão e um pouco de vinho se transformem no Corpo e Sangue do próprio Cristo…
Mas se para você é complicado pensar nisso, analise, por exemplo, o fato dos milagres do macrocosmo: nosso planeta está tão bem posicionado em sua distância com relação ao sol que se estivesse noutra posição ou torraríamos de calor ou congelaríamos pelo frio. A situação não para se formos para o microcosmo: a água que temos aqui é tão bem ‘feita’ que se as medidas moleculares de Hidrogênio e Oxigênio são perfeitas para nossa sobrevivência! Uma molécula a mais ou a menos bastaria para que perdêssemos uma condição essencial para a sobrevivência. A quantidade de sangue que circula em nossas veias é exata para que nosso corpo consiga sobreviver. Mexa nesse equilíbrio e a vida se extinguiria num piscar de olhos.
Olhe ao seu redor e reconheça outros tantos milagres: num planeta com mais de 6 bilhões de habitantes, as pessoas que estão ao seu redor são únicas e irrepetíveis. Se você convive com gente desagradável, sinto muito. Mas se você tem pessoas queridas e dignas de todo amor ao seu lado, se você conheceu ou conhece pessoas às quais tem o privilégio de chamar ‘amigas’, isso tudo é um milagre. Ninguém poderia substituir o lugar dessas pessoas. É um milagre que, entre bilhões de pessoas no mundo, você tenha se encontrado com essa aí que está ao seu lado: seu marido, sua esposa, seu filho. Sim, se fosse outra pessoa, provavelmente você a amaria também, mas, com certeza, não do jeito que ama essa aí! O sol, que nasceu nesta manhã, poderia não ter nascido. A lua que ilumina esta noite poderia não ter brilho. Pare para pensar! Você está rodeado de milagres e tem algum acontecendo agora perto de você! Quem fez tudo isso? O poder público? Os avanços científicos? Algum patrocinador milionário? A sorte?
Deus está mais perto do que você pode imaginar. E quando o Altíssimo se aproxima, milagres acontecem. Hoje o Senhor o ajuda a ‘enxergar’ coisas que sempre estiveram ao seu redor, mas que talvez você não tenha conseguido detectá-las. Sinta-se envolvido por milagres. Deixe-se convencer pelo poder de Deus Pai. Considere-se uma pessoa feliz por ter a experiência da soberana potência do Senhor. Tome decisões a partir dessa certeza. Assuma novos comportamentos guiado por essa maravilha. Cabe a você escolher de que lado quer estar: entre aqueles que se rendem ao Senhorio de Jesus ou entre aqueles que, mesmo depois de tantos milagres, ainda resistem e se revoltam (cf. Mt. 11, 21-23s). Reflita um pouco sobre isso!
Os tempos atuais trazem uma verdade avassaladora: apesar de todo avanço tecnocientífico, nossa geração pós-moderna ainda crê, precisa e espera por milagres. Quando um médico diz que já fez todo o possível por um paciente terminal e que agora é preciso ‘algo acontecer’, significa que está esperando o que chamamos de ‘milagre’. Um milagre é uma intervenção fora do comum, que muda uma situação negativa ou algo maravilhoso, prodigioso. Para muita gente, hoje em dia, não importa muito ‘quem’ faz o milagre. O importante é ser sortudo o bastante para ser alcançado por essa graça extraordinária. Essa é uma visão ‘comercial’ do sobrenatural. Há pessoas que falsificam milagres e/ou os atribuem a si mesmas, a poderes ocultos ou até mesmo a alguém a quem eles chamam de Jesus.

http://www.coracaofiel.com.br/

Padre Delton Filho