quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A EUCARISTIA, SOL DA VIDA

Não há quem duvide que a Eucaristia seja a
fonte, o ápice e o sol da vida. Para nós, católicos,
não é possível compreender o amor de
Jesus sem fixar o nosso olhar no Cristo que na
última ceia se doa totalmente a nós como alimento
e bebida para que tenhamos vida e
vida em plenitude. A Eucaristia é o sacramento
que nos une a Deus e nos permite entrar
em comunhão, tornando-nos carne do mesmo
Cristo e seu sangue que vivifica a nossa
vida de cada dia. Por isso, não devemos ter
medo de afirmar que a mais bela e verdadeira
experiência de Deus é receber Cristo
Eucarístico e poder depois adorá-lo presente
no Sacramento que fica em todas as nossas
igrejas. Santa Edth Stein dizia: As sinagogas
depois do culto ficam vazias, as igrejas dos
crentes também, pois quando termina o
culto, ninguém fica na igreja.
Não é assim na igreja católica; quando o
padre fecha a igreja, Cristo Eucarístico fica
esperando que voltemos para ficar com Ele. A
Serva de Deus Madre Teresa tem uma carac-
terística peculiar na sua vida, no seu carisma:
uma especial devoção à Divina Eucaristia. Faz
crescer toda a sua vida e as obrigações das
suas irmãs na fé na Eucaristia. Todo o apostolado
para ela deve passar através do sacramento
eucarístico. Não há nada nos seus escritos
que não faça referência constantemente
à Eucaristia e por isso as irmãs trazem
no próprio peito o símbolo de um ostensório
que sempre nos remete ao centro da Eucaristia.
O amor à Eucaristia chama consigo outro
amor: o amor ao Sacerdócio, à igreja. Não
haveria Eucaristia se não houvesse o Sacerdócio
a quem todos nós somos devedores. O
amor à Eucaristia da Serva de Deus não é
estéril e nem sem afeto; ela mostra todo o seu
amor ao Cristo vivo e presente na Eucaristia.
Os seus diálogos, as suas orações, as suas
conferências têm como fonte silenciosa, mas
constante, o seu culto à Eucaristia. É maravilhoso
como a Serva de Deus orienta as suas
irmãs a tratarem os seus doentes como “uma
Eucaristia”, com amor e com respeito. Não os
olharem de maneira alguma como meros
objetos.
Como sempre, nós queremos colocar aqui
um pensamento dos mais belos da Serva de
Deus sobre a Eucaristia. E que ela nos alcance
a alegria de aprofundar nosso amor ao sacramento
do altar para que possamos sentir
sempre mais necessidade de comungar e de
adorar Cristo Jesus.

“A Eucaristia é o centro de nossa vida espiritual,
o sol donde irradia para nós a força, o calor, a vida;
o alvo para onde deve convergir nosso pensamento.
Nosso coração deve estar sempre voltado para o Tabernáculo;
a lembrança de Jesus Eucaristia deve nos acompanhar a
todo momento.”
(Serva de Deus, Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico, Conferências 1941, p1941, p. 303). 303

terça-feira, 29 de novembro de 2011

EUCARISTIA PRESENÇA DE CRISTO


Muitos pensam que os Sacramentos são obras eclesiásticas, ou seja, criadas pela Igreja, mas isso não é verdade, todos os Sacramentos são sinais da graça de Deus que são expressos sem sombra de dúvidas na Palavra de Deus. Por exemplo: a presença de Jesus no Pão e no Vinho, é bem explicada nas Escrituras que relatam a última refeição de Cristo com os Apóstolos: A Santa Ceia.

   Veja abaixo algumas palavras que Jesus disse aos seus apóstolos:

"Durante a refeição, Jesus tomou o pão e, depois de o benzer, partiu-o e deu-lhe, dizendo: 'Tomai, isto é o meu corpo'. Em seguida, tomou o cálice em suas mãos, deu graças e o apresentou, e todos deles beberam. E disse-lhes: 'Isto é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança que será derramado por vós e por todos. Em verdade eu vos digo: já não bebereis do fruto da videira, até aquele dia em que o beberei de novo no Reino de Deus'". (Mc 14,22-25)
Através das palavras de Cristo, podemos perceber a firmeza de suas palavras. Ele não disse que o Pão simbolizava a sua carne, mas é verdadeiramente a sua carne. Não disse também que o vinho representava o seu sangue, mas é verdadeiramente o seu sangue. Jesus disse também:
"Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede"
. (Jo 6,35).

     Quem recebe o Cristo, com a convicção que realmente Jesus está presente na Hóstia Consagrada, tem a bênção de estar sempre saciado de graças vindas Dele. Quando comungamos, nos transformamos em verdadeiros Sacrários, por isso é importante deixar bem limpo o lugar em que Jesus vai habitar. É através da Confissão que limpamos o nosso ser, recebendo a absolvição de nossos pecados. Podemos então concluir que a Eucaristia, que significa "Ação de Graças" é o alimento da alma. Através dele passamos a caminhar com mais força rumo à Salvação. O importante é comungar com a convicção que Jesus é o Sacramento da Eucaristia, que é um grande presente Dele à nós.

CLAUDIO TADEU PARPINELLI

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Eucaristia, mistério da fé

Logo após a consagração do pão e do vinho, na celebração da Santa Missa, o sacerdote exclama: “Eis o mistério da fé”, pois naquele momento em que pronunciou sobre o pão e o vinho as palavras: “Isto é o meu corpo. Este é o cálice e do meu sangue”, opera-se o mistério da transubstanciação. As aparências continuam, mas a realidade é outra. Santo Tomas nos fala: “Sob diversas espécies, sinais exteriores apenas, ocultam-se realidades sublimes. O pão é carne, o vinho é sangue, todavia debaixo de cada uma das espécies, está Cristo totalmente”. O Cristo que por nós morreu, mas, ressuscitado na força do Espírito Santo está entre nós e cuja vinda gloriosa aguardamos. É a resposta do Povo de Deus, expressando sua fé confiante na ressureição e na vida eterna . Realiza-se, na missa, a redenção: “Todas as vezes que isto fizerdes, fazei-o em memória de mim”.
Quando Cristo anunciou este mistério, muitos dos que o seguiam não quiseram acreditar, e dele se afastaram. Então Jesus interroga aos outros, se também não os queriam seguir, reafirmando, portanto, o que dissera. E São Pedro responde por nós: “Senhor só tu tens palavras de vida eterna”.
A Eucaristia é também mistério da caridade e da total união com Deus e com os irmãos. Naquela mesma ocasião em que Jesus multiplicara o pão, Ele ainda acrescentou: “Minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue, verdadeiramente bebida. Quem como minha carne e bebe meu sangue permanece em mim e eu nele” Insere-nos no mistério trinitário de Deus, porque Ele vive em união com o Pai e o Espírito. Neste mesmo amor vivem todos os que comem sua carne.

Claudio Tadeu parpinelli

sábado, 26 de novembro de 2011

EUCARISTIA, COMPROMISSO COM A VIDA

A toda hora, em algum lugar do planeta, a Eucaristia é celebrada, partilhada e adorada. O mandamento do Cristo, de lembrar sua paixão e ressurreição pela fração do seu corpo e sangue na comunhão, é perpetuado pela Igreja.
Este presente do amor infinito do Coração de Jesus se renova sempre que participamos da Missa e acolhemos o Corpo de Cristo pela Eucaristia. Mas será que estamos sabendo, além de receber o Cristo Eucarístico, viver este Cristo que se faz tão pequeno na hóstia e tão infinito no nosso próprio coração?
Muito se fala sobre os compromissos que assumimos ao comungar, seus efeitos sobre a nossa vida e principalmente sobre o caráter espiritual que a Eucaristia deve assumir no nosso dia-a-dia. Ficar só refletindo não traz mudança. É preciso ser audacioso, corajoso e disposto a “arregaçar as mangas” e fazer como o próprio Jesus fez : refletiu, conheceu o povo com quem vivia, viveu como seu povo, fazendo-se um deles, mas denunciando as injustiças, agindo diretamente na vida de cada um e de cada uma e amando-os por completo: amar se entende como ter caridade, compaixão e solidariedade.
Cristo é o maior testemunho de que é preciso morrer para muitas coisas: a cobiça, a inveja, a injustiça, a guerra, o orgulho, o preconceito e ressuscitar  para a paz, a esperança, a fraternidade e a partilha, para que sejamos dignos da felicidade que Deus reservou para cada um de nós.
Quando soubermos viver, de fato, com o mesmo amor que Cristo nos amou, o problema da fome, da miséria, da desigualdade social  e da guerra não terá mais sentido algum e a paz que Jesus nos prometeu terá a chance de se concretizar. Depende exclusivamente de nós. Deus já fez a Sua parte nos dando a vida.
Ao receber a Eucaristia, lembremo-nos deste nosso compromisso, que não é só um pedido de Deus, mas uma necessidade natural de todos nós, homens e mulheres. Só assim teremos a chance de entender o verdadeiro sentido da partilha do Cristo na comunhão. Só assim teremos a chance de perceber que a prova maior do amor de Deus por nós está em cada um de nós mesmos, esperando para ser revelada e vivificada.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Eucaristia, nossa força!

A Eucaristia nos recompõe. Ela é o ponto de união em nossas vidas. Há uma força em nós para nos desunir e a Eucaristia é a força divina e o poder de Deus para nos unir. Sabendo disso, o inimigo de Deus entra numa guerra, e, infelizmente já conseguiu atingir a muitos que não acreditam na verdade da Eucaristia. A descrença começa na cabeça e na inteligência e passa pelos nossos sentidos: visão, tato e paladar... Quando, então, tudo se torna contraditório.

Uma outra forma de tentação, que faz com que desacreditemos da Eucaristia, é mais imperceptível: As pessoas começam a tratar a Eucaristia como algo normal. E passam a não ter mais respeito por ela. Não se ajoelham diante do Santíssimo Sacramento. Durante a celebração, pegam a Eucaristia de qualquer maneira. O inimigo quer aniquilar nossa fé na Eucaristia porque sabe da força que ela é para nós e, conseqüentemente, de como o mundo é beneficiado por nós através da Eucaristia que recebemos.

O que acontecia com os discípulos, hoje, está acontecendo conosco. Por isso Jesus, corajosamente, como fez com os apóstolos, nos pergunta: “E vocês, não querem também ir embora? Não querem descrer e ser levados pelos próprios sentidos e desacreditar da minha presença real na Eucaristia? Eu que sou o Senhor não vou voltar atrás, e também não vou amarrar vocês numa prisão”. Por isso, é preciso que surjam novos Pedros, que digam: “Senhor, a quem iríamos nós? Atrás de que líder, de qual filósofo e pensador iríamos? Só Tu tens palavras da vida eterna”.

Mons.Jonas Adib

“EU SOU 0 PÃO VIVO DESCIDO DO CÉU”

 
– Jo 6,41-51

Após o milagre da multiplicação dos pães, Jesus fez na Sinagoga de Cafarnaum o grande discurso do pão descido do céu. Jesus se apresentou como aquele que trazia a salvação (v. 36-50). A missão de Jesus era a de realizar a vontade salvífica de Deus: “Sim, esta é a vontade de meu Pai: quem vê o Filho e nele crê tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia” (v. 40).
Acontece que os galileus, embora tivessem presenciado o milagre da multiplicação dos pães, não queriam crer. Conheciam o filho de José, não viam nele o Filho de Deus que ele é. Murmuravam contra Jesus, porque dissera: “Eu sou o pão descido do céu” (v. 41). Faltava-lhes a boa disposição para a fé (v. 36). Fechavam-se aos desígnios de Deus e diziam: “Este não é Jesus, o Filho de José, cujo pai e mãe conhecemos? Como diz agora: Eu desci do Céu?”  (v. 42).
Desconheciam a origem divina de Jesus, o mistério da encarnação, do Filho de Deus feito homem. Escandalizavam-se com o fato da humanidade de Jesus. Só viam nele o homem Jesus, filho de José, o carpinteiro, e de Maria. Para eles Jesus não correspondia ao ideal messiânico segundo a expectativa judaica, devido a sua condição humana a qual, segundo eles, não servia de mediação entre Deus e os homens.
Jesus revelou sua origem divina e fez a promessa da Eucaristia: “Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram” (v. 48-49). Jesus lembrou os hebreus que, no deserto, ao sentirem fome e sede, murmuraram contra Moisés por tê-los feito sair do Egito em busca da salvação na Terra Prometida (Ex 2s).
Exatamente como seus antepassados, os murmuradores se fecharam aos desígnios de Deus. A falta de fé era o elo que unia esses dois acontecimentos: o do deserto e o atual na Sinagoga de Cafarnaum.
Jesus dará a vida eterna que o maná não deu: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo” (v. 51). Palavras pelas quais Jesus prometia a instituição da Eucaristia.
* Pai amado, Jesus é o pão vivo que se multiplica na Eucaristia, memorial de sua morte e ressurreição. Jesus é o nosso alimento pela fé que suscita em nós, pela esperança que nos anima a caminhar e pelo amor que impulsiona o nosso agir. Graças te rendemos, ó Pai, pela dádiva deste Pão do Céu que nos sustenta na travessia deste mundo rumo a vida eterna. Isto te pedimos, por Cristo, no amor do Espírito Santo. AMÉM. ASSIM SEJA.
 
Minhas atitudes são orientadas pela fé? A Eucaristia é Cristo, o pão vivo do céu que dá a vida eterna? Procuro na Eucaristia a Fonte do Amor, da Esperança, da Alegria e da Paz que jorra para a vida eterna? O que entendo por vivência eucarística? Minhas atitudes correspondem a uma vida eucarística? Creio que a vida eterna já começa aqui neste mundo? Tenho uma fé adulta?
 
Frei Floriano Surian, ofmfsurian@radnet.com.br

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A experiência de Deus


O “Tempo Comum” na liturgia da Igreja é um tempo próprio de reflexão sobre nossa vida. Nutridos na liturgia pascal, partimos, com a força do Espírito Santo, para a caminhada dos dias que se sucedem com suas alegrias e angústias, seus trabalhos, seus momentos em que tudo parece que vai às mil maravilhas a que se seguem tristezas e dor, ou vice-versa.
Lembro-me do quotidiano de Abraão e dos Patriarcas. No silêncio do deserto, nas longas noites de vigília a guardar o rebanho, procuravam no brilho das estrelas ou nas areias daquela terra ressecada, a sua razão de ser, buscavam o sentido do universo.
Não lhes satisfazia a crença comum dos adoradores dos astros ou das imagens grotescas que não tinham vida e nada significavam

No silêncio interior descobriram a Fonte da Vida, o Espírito que “move o sol e as outras estrelas” e que os acompanhava na vida, dando-lhes sentido. De geração em geração transmitiram essa fé que se realizaria na plenitude dos tempos, com a Encarnação do Verbo.
No meio do barulho ensurdecedor dos dias atuais, perdemo-nos nos descaminhos de uma civilização dispersiva, que não nos deixa tempo para pensar e, portanto, para viver como pessoas. É tudo um sufoco, uma correria, um desfrutar o instante, diluir-se em satisfação fragmentada, perdida a finalidade última.

E, no entanto, é neste ambiente, neste contexto, que o Reino de Deus deve se realizar em nós e por nós. É aqui que temos de ter a experiência de Deus. Concretizar o deserto dentro de nós e, no silêncio interior do nosso coração, nos encontrar com o Pai.

Jesus, censurando os fariseus que se exibiam em longas orações nas praças, recomendou que quando orássemos, nos recolhêssemos em nossos quartos. Há pouco, ouvi de um sacerdote que, no meio de todos os tumultos, podemos nos recolher ao nosso interior e aí sentirmos a presença de Deus. Isso podemos fazer a todo o momento, em meio a maior agitação.

O lugar da experiência de Deus é a nossa própria pessoa com todas as circunstâncias da vida que nos cercam. Santa Tereza dizia que Deus está sempre disposto a nos falar, mas o mundo faz tanto barulho que não o ouvimos. A experiência de Deus não é algo de estranho e tormentoso. Quando Elias, perseguido por sua fidelidade ao Senhor, refugiou-se nas grutas do monte Horeb, encontrou-se com Deus, não no rugir dos ventos ou no fragor da tempestade, mas na suavidade de uma brisa.

Experiência de Deus é o contato suave com Ele, Ouvir sua voz na plena disponibilidade de nosso coração. Às vezes, por ser um termo novo, ficamos pensando tratar-se de algo difícil, que demandaria um aprendizado.
Não, a experiência de Deus decorre de fé viva, de uma esperança e confiança completa em seu amor. É um Deus que nos mostra o seu rosto na face de seu Filho Redentor, como o mesmo Jesus disse a Tomé na ceia de despedida: “quem me vê, vê o Pai”. É um Deus que o mesmo Jesus nos mostra como nosso Pai, a quem podemos apresentar nossas dores e alegrias e de quem podemos ter a certeza que seu coração nos acolhe. “Lança tuas preocupações no Senhor e Ele te dará sustento” garante-nos o salmista.
Infelizmente, muitos fazemos como outrora os fariseus e nos perdemos em orações ditas “fortes” e em “correntes”, como que a impor a nossa vontade. Transformamos promessas como moeda de mercado.
Não seja assim nossa vida interior e a nossa oração. Procuremos o encontro com Deus na simplicidade do coração e na confiança que brota do lado de Cristo transpassado pela lança. Deixemos que seu Espírito desça sobre nós para irradiar o seu amor ao mundo.
Experimentar Deus é ter com Ele um diálogo permanente que nos santifique e, por nossa vida e ação santifique o mundo. A experiência de Deus nunca se fecha em nós mesmos. Elias, cansado em frente a tantos inimigos, pedira a Deus que o levasse. Mas, o encontro com Deus o levou a novas missões. Os místicos de nosso tempo não se enclausularam. Sua experiência de Deus se expande em missão. E o missionário que não tem intensa vida espiritual e de oração é como um sino que soa e cuja vibração se perde no espaço.
Convocados à missão, temos de viver a vida de discípulos e, seguir o exemplo de Jesus, viver em estreita união com Deus, experimentando a sua presença para manifestá-la a todos os homens.
+ DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora(MG)

domingo, 20 de novembro de 2011

AMAR COMO JESUS AMOU

Neste domingo em celebramos Cristo Rei, Rei da Humanidade e, que encerramos o ano liturgico, devemos nos perguntar, o que ficou ao longo do aprendizado que tivemos neste ano, vimos todos os ensinamentos de Jesus, sera que aprendemos ?Sera que praticamos ?

Mas será que temos mesmo consciência plena do ano liturgico que vivemos ?

Acho que não. Ficamos emocionados, comovidos, mas passados esses dias, isso tudo cai no esquecimento e, voltamos a nossa velha vida. Podemos afirmar isto com certeza, e só olharmos a nossa volta, no nosso trabalho, na nossa casa, nos nossos vizinhos, nos noticiários da televisão.

Jesus nos amou tanto que se entregou plenamente numa cruz, para fazer a vontade do Pai, que era salvar TODA a humanidade. E o que essa mesma humanidade, isto e, nos fazemos em troca desse AMOR?

SE AMASSEMOS COMO JESEUS AMOU, TUDO SERIA DIFERENTE.

Quando amamos como Jesus amou, amamos a Deus em primeiro lugar, com todas as nossas forças e não colocamos nada e ninguém nesse lugar.
Quando amamos como Jesus amou, buscamos os sacramentos, especialmente a EUCARISTIA, que e Jesus Vivo, para que possamos a cada dia ser mais íntimos com Ele.
Quando amamos como Jesus amou, não somos capazes de matar, roubar, de pensar mal dos outros, julgar, caluniar, falar mal de nossos irmãos.
Quando amamos como Jesus amou, somos capazes de perdoar aqueles que nos ofenderam, nos maltrataram, magoaram, enfim aqueles que nos fizeram sofrer, porque Jesus fez exatamente isso lá na cruz.
Para amar como Jesus amou, e necessário que haja muita renuncia, muita oração, muita entrega, muita confiança, muito amor e acima de tudo fé, muita fé.

BUSQUEMOS JESUS CAMINHO VERDADE E VIDA,
AMEM.

Cláudio Tadeu Parpinelli

sábado, 19 de novembro de 2011

Eucaristia, mistério da fé

Logo após a consagração do pão e do vinho, na celebração da Santa Missa, o sacerdote exclama: Eis o mistério da fé”, pois naquele momento em que pronunciou sobre o pão e o vinho as palavras: Isto é o meu corpo. Este é o cálice e do meu sangue”, opera-se o mistério da transubstanciação. As aparências continuam, mas a realidade é outra. A Igreja canta com Santo Tomas: Sob diversas espécies, sinais exteriores apenas, ocultam-se realidades sublimes. O pão é carne, o vinho é sangue, todavia debaixo de cada uma das espécies, está Cristo totalmente”. O Cristo que por nós morreu, mas, ressuscitado na força do Espírito Santo está entre nós e cuja vinda gloriosa aguardamos. É a resposta do Povo de Deus, expressando sua fé confiante no enlevo da sua alma. Realiza-se, na missa, a redenção: Todas as vezes que isto fizerdes, fazei-o em memória de mim”.
Quando Cristo anunciou este mistério, muitos dos que o seguiam não quiseram acreditar, e dele se afastaram. Então Jesus interroga aos outros, se também não os queriam seguir, reafirmando, portanto, o que dissera. E São Pedro responde por nós: Senhor só tu tens palavras de vida eterna”.
A Eucaristia é também mistério da caridade e da total união com Deus e com os irmãos. Naquela mesma ocasião em que Jesus multiplicara o pão, Ele ainda acrescentou:Minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue, verdadeiramente bebida. Quem como minha carne e bebe meu sangue permanece em mim e eu neleInsere-nos no mistério trinitário de Deus, porque Ele vive em união com o Pai no amplexo do Espírito. Neste mesmo amor vivem todos os que comem sua carne.
Santo Agostinho nos diz: Com estes sinais, Cristo Senhor quis confiar-nos o seu corpo e o seu sangue que derramou por nós para a remissão dos pecados. Se os recebestes bem, vós mesmos sois Aquele que recebestes. Assim, tornamo-nos não apenas cristãos, mas o próprio Cristo.” (Cf. Sacramentum Caritatis, ad nº 36)
Bento XVI, em sua Exortação Apostólica sobre a Eucaristia, assim ensina: Sacramento da Caridade, a santíssima Eucaristia é a doação que Jesus Cristo faz de si mesmo, revelando-nos o amor infinito de Deus por cada homem. Neste sacramento admirável manifesta-se o amor “maior”: o amor que leva a “dar a vida pelos amigos”(Cf. nº 1- Introdução).
A Eucaristia é o alimento da vida eterna. Santo Tomas no seu hino eucarístico já referido e que se reza antes do Evangelho na liturgia de “Corpus Christi”, ensina: Verdadeiro pão dos anjos  tornou-se  alimento dos mortais”. Sua expressão é mais forte, alimento dos caminheiros. Quem caminha sente as fraquezas do cansaço, da fome, da poeira das estradas. Um pouco de pão os reanima e o vinho lhes dá coragem. Somos caminheiros, fracos. Muitas vezes, cansados, temos vontade de desistir, percebendo a distância a percorrer e as dificuldades do caminho. Este pão nos alimenta e renova o ânimo, pois é o pão dos filhos de Deus. Uma antecipação da mesa celeste, pois “”Este é o pão que desceu do céu. Não como os vossos pais que comeram o maná e, não obstante, morreram. O que come deste pão viverá eternamente”.
A Eucaristia deve ser celebrada e vivida em ação de graças por toda a Igreja. A santa missa não deve ser para nós uma simples obrigação. É o maior ato de adoração e louvor da Igreja

e de cada um de nós, pois nos unimos ao sacrifício redentor e por Ele purificados, com Ele nos oferecemos ao Pai, recebendo em nossa vida o Filho de Deus glorioso de cuja vida participamos. Celebramos, pois, a nossa Páscoa.
A festa que vamos celebrar, nesta semana, da solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo quer nos lembrar mais. Na nossa fragilidade, precisamos de estímulos que nos avivem o conhecimento e também a fé. Assim, na Semana Santa, recordamos a instituição deste sacramento. A festa do Corpo de Deus, na próxima quinta-feira nos concita à digna celebração e adoração deste mistério.  Como um prolongamento da celebração eucarística, que é, em si mesma o maior ato de adoração da Igreja, são os demais atos de culto eucarístico, entre os quais a adoração particular e pública, pois nestes atos podemos aprofundar nossa contemplação e amadurecer a missão de cristãos, na difusão do Evangelho do Amor.
Renovemos nossa vida espiritual com a prática dessas devoções. Não deixemos de visitar o sacrário, de meditar diante dele o grande amor de Deus, de confessar nossa fé na presença real de Cristo naquele pedacinho de pão. Como testemunho público do que afirmamos e cremos, vamos também participar da procissão eucarística e de outros atos que proclamam a grandeza de um Deus que se nos dá na forma de pão e vinho e que neles fica conosco e nos alimenta para a vida eterna. Bendito e louvado seja o Santíssimo Sacramento.
Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora (MG)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

COMUNHÃO EUCARÍSTICA

CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ
CARTA
AOS BISPOS DA IGREJA CATÓLICA
A RESPEITO DA RECEPÇÃO
DA COMUNHÃO EUCARÍSTICA
POR FIÉIS DIVORCIADOS
NOVAMENTE CASADOS
Excelência Reverendíssima,
1. O Ano Internacional da Família é uma ocasião particularmente importante para redescobrir os testemunhos do amor e da solicitude da Igreja pela família(1) e, ao mesmo tempo, propor novamente as riquezas inestimáveis do matrimónio cristão que constitui o fundamento da família.
2. Neste contexto, merecem uma especial atenção as dificuldades e os sofrimentos dos fiéis que se encontram em situações matrimoniais irregulares(2). De facto, os pastores são chamados a fazer sentir a caridade de Cristo e a materna solicitude da Igreja, acolhendo-os com amor, exortando-os a confiar na misericórdia de Deus e, com prudência e respeito, sugerindo-lhes caminhos concretos de conversão e participação na vida da comunidade eclesial(3).
3. Cientes, porém, de que a compreensão autêntica e a genuína misericórdia nunca andam separadas da verdade(4), os pastores têm o dever de recordar a estes fiéis a doutrina da Igreja a propósito da celebração dos sacramentos e em particular da recepção da Eucaristia. Sobre este ponto, nos últimos anos em várias regiões foram propostas diversas soluções pastorais segundo as quais certamente não seria possível uma admissão geral dos divorciados novamente casados à comunhão eucarística, mas poderiam aproximar-se desta em determinados casos, quando segundo a sua consciência a tal se considerassem autorizados. Assim, por exemplo, quando tivissem sido abandonados de modo totalmente injusto, eibora se tivessem esforçado sinceramente para salvar o matrimónio precedente ou quando estivessem convencidos da nulidade do matrimónio anterior, mesmo não podendo demonstrá-la no foro externo, ou então quando tivessem já transcorrido um longo período de reflexão e de penitência ou mesmo quando não pudessem, por motivos moralmente válidos, satisfazer a obrigação da separação.
Em alguns lugares também se propôs que, para examinar objetivamente a sua efectiva situação, os divorciados novamente casados deveriam encetar um colóquio com um sacerdote criterioso e entendido. Mas este sacerdote teria de respeitar a eventual decisão de consciência deles de se abeirarem da Eucaristia, sem que isso implicasse uma autorização oficial.
Nestes e em semelhantes casos tratar-se-ia de uma solução pastoral tolerante e benévola para poder fazer justiça às diversas situações dos divorciados novamente casados.
4. Mesmo sabendo-se que soluções pastorais análogas foram propostas por alguns Padres da Igreja e entrarem em alguma medida tambén na prática, contudo elas jamais obtiveram o consenso dos Padres e de nenhum modo vieram a constituir a doutrina comum da Igreja nem a determinar a sua disciplina. Compete ao Magistério universal da Igreja, na fidelidade à Escritura e à Tradição, ensinar e interpretar autenticamente o depositum fidei.
Face às novas propostas pastorais acima mencionadas, esta Congreção considera pois sue dever reafirmar a doutrina e a disciplina da Igreja nesta matéria. Por fidelidade à palavra de Jesus Cristo(5), a Igreja sustenta que não pode reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro Matrimónio foi válido. Se os divorciados se casam civilmente, ficam numa situação objectivamente contrária à lei de Deus. Por isso, não podem aproximar-se da comunhão eucarística, enquanto persiste tal situação(6).
Esta norma não tem, de forma alguma, um carácter punitivo ou então discriminatório para com os divorciados novamente casados, mas exprime antes uma situação objectiva que por si torna impossível o acesso à comunhão eucarística: «Não podem ser admitidos, já que o seu estado e condições de vida contradizem objectivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja, significada e actuada na Eucaristia. Há, além disso, um outro peculiar motivo pastoral: se se admitissem estas pessoas à Eucaristia, os fiéis seriam induzidos em erro e confusão acerca da doutrina da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimónio»(7).
Para os fiéis que permanecem em tal situação matrimonial, o acesso à comunhão eucarística é aberto unicamente pela absolvição sacramental, que pode ser dada «só àqueles que, arrependidos de ter violado o sinal da Aliança e da fidelidade a Cristo, estão sinceramente dispostos a uma forma de vida não mais em contradição com a indissolubilidade do matrimónio. Isto tem como consequência, concretamente, que, quando o homem e a mulher, por motivos sérios - como, por exemplo, a educação dos filhos - não se podem separar, "assumem a obrigação de viver em plena continência, isto é, de abster-se dos actos próprios dos cônjuges"»(8). Neste caso podem aproximar-se da comunhao eucarística, permanecendo firme todavia a obrigação de evitar o escândalo.
5. A doutrina e a disciplina da Igreja sobre esta matéria foram expostas amplamente no período pós-conciliar pela Exortação Apostólica Familiaris consortio. Entre outras coisas, a Exortação recorda aos pastores que, por amor da verdade, são obrigados a um cuidadoso discernimento das diversas situações e anima-os a encorajarem a participação dos divorciados novamente casados em diversos momentos da vida da Igreja. Ao mesmo tempo, reafirma a prática constante e universal, «fundada na Sagrada Escritura, de não admitir à comunhão eucarística os divorciados que contraíram nova união»(9), indicando os motivos da mesma. A estrutura da Exortação e o teor das suas palavras deixam entender claramente que tal prática, apresentada como vinculante, não pode ser modificada com base nas diferentes situações.
6. O fiel que convive habitualmente more uxorio com uma pessoa que não é a legítima esposa ou o legítimo marido, não pode receber a comunhão eucarística. Caso aquele o considerasse possível, os pastores e os confessores - dada a gravidade da matéria e as exigências do bem espiritual da pessoa(10) e do bem comum da Igreja - têm o grave dever de adverti-lo que tal juízo de consciência está em evidente contraste com a doutrina da Igreja(11). Devem também recordar esta doutrina no ensinamento a todos os fiéis que lhes estão confiados.
Isto não significa que a Igreja não tenha a peito a situação destes fieis que, aliás, de fato não estão excluídas da comunhão eclesial. Preocupa-se por acompanhá-las pastoralmente e convidá-las a participar na vida eclesial na medida em que isso seja compatível com as disposições do direito divino, sobre as quais a Igreja não possui qualquer poder de dispensa(12). Por outro lado, é necessário esclarecer os fiéis interessados para que não considerem a sua participação na vida da Igreja reduzida exclusivamente à questão da recepção da Eucaristia. Os fiéis hão-de ser ajudados a aprofundar a sua compreensão do valor da participação no sacrifício de Cristo na Missa, da comunhão espiritual(13), da oração, da meditação da palavra de Deus, das obras de caridade e de justiça(14).
7. A convicção errada de poder um divorciado novamente casado receber a comunhão eucarística pressupõe normalmente que se atribui à consciência pessoal o poder de decidir, em última instância, com base na própria convicção(15), sobre a existência ou não do matrimónio anterior e do valor da nova união. Mas tal atribuição é inadmissível(16). Efectivamente o matrimónio, enquanto imagen da união esponsal entro Cristo e a sua Igreja, e núcleo de base e factor importante na vida da sociedade civil, constitui essencialmente uma realidade pública.
8. Certamente é verdade que o juízo sobre as próprias disposições para o acesso à Eucaristia deve ser formulado pela consciência moral adequadamente formada. Mas, é igualmente verdade que o consentimento, pelo qual é constituído o matrimónio, não é uma simples decisão privada, visto que cria para cada um dos esposos e para o casal uma situação especificamente eclesial e social. Portanto o juízo da consciência sobre a própria situação matrimonial não diz respeito apenas a uma relação imediata entre o homem e Deus, como se se pudesse prescindir daquela mediação eclesial, que inclui também as leis canónicas que obrigam em consciência. Não reconhecer este aspecto essencial significaria negar, de facto, que o matrimónio existe como realidade da Igreja, quer dizer, como sacramento.
9. De outra parte, a Exortação Apostólica Familiaris Consortio, quando convida os pastores a distinguir bem as várias situações dos divorciados novamente casados, recorda também o caso daqueles que estão subjetivamente certos em consciência que o matrimônio anterior, irremediavelmente destruido, jamais fora válido(17). Deve-se certamente discernir, através da via de foro externo estabelecida pela Igreja, se objetivamente existe tal nulidade do matrimonio. A disciplina da Igreja, enquanto confirma a competência exclusiva dos tribunais eclesiásticos no exame da validade do matrimónio dos católicos, oferece agora novos caminhos para demonstrar a nulidade do matrimônio precedente, procurando assim excluir, quanto possivel, qualquer distância entre a verdade verificável no processo e a verdade objectiva conhecida pela reta consciencia(18).
Ater-se ao juízo da Igreja e observar a disciplina vigente acerca da obrigatoriedade da forma canónica como condição necessária para a validade dos matrimónios dos católicos, é o que verdadeiramente aproveita ao bem espiritual dos fiéis interessados. Com efeito, a Igreja é o Corpo de Cristo, e viver a comunhão eclesial é viver no Corpo de Cristo e nutrir-se do Corpo de Cristo. Ao receber o sacramento da Eucaristia, a comunhão com Cristo Cabeça não pode jamais ser separada da comunhão com seus membros, isto é, com sua Igreja. Por isso, o sacramento da nossa união com Cristo è também o sacramento da unidade da Igreja. Receber a comunhão eucarística em contraste com a comunhão eclesial é, pois, algo de contraditório em si mesmo. A comunhão sacramental com Cristo incluie e pressupõe a observância, mesmo se às vezes pode ser difícil, das exigências da comunhão eclesial, e não pode ser justa e frutífera se o fiel, mesmo querendo aproximar-se directamente de Cristo, não observa estas exigências.
10. Em harmonia com o que ficou dito até agora, há que realizar plenamente o desejo expresso pelo Sínodo dos Bispos, assumido pelo Santo Padre João Paulo II e actuado com empenhamento e com louváveis iniciativas por parte de bispos, sacerdotes, religiosos e fiéis leigos: com solícita caridade, fazer tudo quanto possa fortificar no amor de Cristo e da Igreja os fiéis que se encontram em situação matrimonial irregular. Só assim será possível para eles acolherem plenamente a mensagem do matrimónio cristão e suportarem na fé o sofrimento da sua situação. Na acção pastoral, dever-se-á realizar todo o esforço para que seja bem compreendido que não se trata de nenhuma discriminação, mas apenas de fidelidade absoluta à vontade de Cristo que restabeleceu e de novo nos confiou a indissolubilidade do matrimónio como dom do Criador. Será necessário que os pastores e a comunidade dos fiéis sofram e amem unidos às pessoas interessadas, para que possam reconhecer também no seu fardo o jugo suave e o fardo leve de Jesus(19). O seu fardo não é suave e leve enquanto pequeno ou insignificante, mas torna-se leve porque o Senhor - e juntamente com Ele toda a Igreja - o compartilha. É dever da acção pastoral, que há-de ser desempenhada com total dedicação, oferecer esta ajuda fundada conjuntamente na verdade e no amor.
Unidos no compromisso colegial de fazer resplandecer a verdade de Jesus Cristo na vida e na prática da Igreja, tenho o prazer de me professar de Vossa Excelência Reverendíssima devotíssimo em Cristo
Josef Card. Ratzinger
Prefeito
+ Alberto Bovone
Arcebispo tit. de Cecaréia de Numídia
Secretário
O Sumo Pontífice João Paulo II, no decorrer da Audiência concedida ao Cardeal Prefeito, aprovou a presente carta, decidida na reunião ordinária desta Congregação e ordenou a sua publicação.
Roma, da Sede da Congregação para a Doutrina da Fé, 14 de setembro de 1994, na Festa da Exaltação da Santa Cruz.

(1) Cfr JOÃO PAULO II, Carta às Famílias (2 de Fevereiro de 1994), n. 3.
(2) Cfr JOÃO PAULO II, Exort. ap. Familiaris consortio, nn. 79-84: AAS 74 (1982) 180-186.
(3) Cfr Ibid., n. 84: AAS 74 (1982) 185; Carta às Famílias, n. 5; Catecismo da Igreja Católica, n. 1651.
(4) Cfr PAULO VI, Carta enc. Humanae vitae, n. 29: AAS 60 (1968) 501; JOÃO PAULO II, Exort. ap. Reconciliatio et paenitentia, n. 34: AAS 77 (1985) 272; Carta enc. Veritatis splendor, n. 95: AAS 85 (1993) 1208.
(5) Mc 10,11-12: "Quem repudia sua mulher e casa com outra comete adultério em relação à primeira; e se uma mulher repudia seu marido e casa com outro, comete adultério".
(6) Cfr Catecismo da Igreja Católica, n. 1650; cfr também n. 1640 e CONCÍLIO DE TRENTO, sess. XXIV: DSch. 1797-1812.
(7) Exort. ap. Familiaris consortio, n. 84: AAS 74 (1982) 185-186.
(8) Ibid., n. 84: AAS 74 (1982) 186; cfr JOÃO PAULO II, Homilia no encerramento do VI Sínodo dos Bispos, n. 7: AAS 72 (1980) 1082.
(9) Exort. ap. Familiaris consortio, n. 84: AAS 74 (1982) 185.
(10) Cfr 1 Cor 11,27-29.
(11) Cfr Código de Direito Canónico, cân. 978 §2.
(12) Cfr Catecismo da Igreja Católica, n. 1640.
(13) Cfr CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre algumas questões respeitantes ao Ministro da Eucaristia, III/4: AAS 75 (1983) 1007; SANTA TERESA DE ÁVILA, Caminho de perfeição, 35,1; SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO, Visitas ao Santíssimo Sacramento e a Maria Santíssima.
(14) Cfr Exort. ap. Familiaris consortio, n. 84: AAS 74 (1982) 185.
(15) Cfr Carta enc. Veritatis splendor, n. 55: AAS 85 (1993) 1178.
(16) Cfr Código de Direito Canónico, cân. 1085 §2.
(17) Cfr Exort. ap. Familiaris consortio, n. 84: AAS 74 (1982) 185.
(18) Cfr os câns. 1536 §2 e 1679 do Código de Direito Canónico, e os câns. 1217 §2 e 1365 do Código dos Cânones das Igrejas Orientais acerca da força probatória das declarações das partes em tais processos.
(19) Cfr. Mt 11, 30.

QUALQUER DUVIDA OU MELHOR ESCLARECIMENTO, SUGIRO QUE PROCURE O SACERDOTE DE SUA PAROQUIA, SE DEUS E FIEL NOS TAMBEM DEVEMOS SER. JESUS NOS PEDE “SEDE SANTO COMO MEU PAI  É SANTO “

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

ARREPENDEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO

Deus, em Sua Misericórdia,  aceita os primeiros sintomas de arrependimento. Como sempre, o Senhor está de mãos estendidas para nós. Quase nos toca, só falta um pequeno gesto nosso para que Ele nos abrace carinhosamente em Seu amor. Seu perdão é completo e sem reprovações. O Reino de Deus exulta de alegria quando um pecador é convertido. Portanto, reconheçamo-nos necessitados de perdão para colhermos as incontáveis graças do Senhor, pois Deus não quer que nenhum dos seus se perca, mas que tenha a vida plena em abundância.
Quando  nos encontramos com Cristo e vivemos uma vida de conversão, as atitudes, comportamentos, conceitos sobre a vida e a dignidade humana são também novos em nossa vida - aquilo que parece impossível à pessoa humana, na realidade é possível na vida de quem crê. Mais do que proibições, as normas, mandamentos do Evangelho são indicações da verdadeira liberdade e felicidade da pessoa humana.
Se no passado algumas atitudes penitenciais marcaram a nossa história, no entanto, a conversão permanece como necessidade da pessoa humana que precisa respirar uma nova vida e ser feliz! Hoje, como ontem, o cristão  é chamado a fazer a experiência de uma nova vida segundo os planos de Deus. A alegria que brota do interior do coração que busca a Deus faz com que a pessoa seja transparente e coerente em sua existência. Eis o grande dom que ainda hoje necessitamos!
A conversão humana - é próprio da sua essência - em um novo nascimento, num renascimento do alto, num nascer novo para Deus. A volta à casa do Pai é a reintegração nos direitos de filho. Não é algo que se processa unicamente no exterior, mas é uma ação interior, uma modificação vital, um nascimento pelo Espírito. Para o homem, a conversão é,  infinitamente mais que o simples fato negativo de se livrar da escravidão do pecado, porque, para Deus, converter-se é infinitamente mais que perdoar pecados, é fazer o dom de uma vida nova. O homem torna-se filho de Deus.
Conversão é à volta à casa do Pai e a entrada no Reino. É a passagem das trevas do pecado para a luz da Graça. O caminho que Deus aponta, conduz a uma conversão séria e autêntica do coração. Deus apela para a liberdade humana e a íntima conversão desta liberdade é obra Sua. Muitos pensam que a misericórdia e o perdão fariam da pessoa alguém que não muda de vida, o que é exatamente o contrário: o verdadeiro arrependimento já é uma mudança radical para uma nova vida. Outros acreditam que apenas a vingança resolve as amarguras e revoltas que gritam nos corações dos homens.
Portanto como Jesus Cristo nos fala através de seu evangelho, arrependei-vos e crede no anuncio da boa noticia tenha fé acredite, em uma mudança total de mentalidade, em um espírito novo, o Espírito da Verdade. A conversão é um ‘sim' à verdade.
Converter-se é deixar de viver longe de Deus. Sair do estado de infelicidade, deixar o pecado. Conversão consiste em voltar para o Senhor com todo coração, retomar o caminho das suas veredas. A conversão significa uma profunda mudança de coração sob o entendimento da Palavra de Deus. Essa transformação interior exprime-se nas obras e, por conseguinte, na vida inteira do cristão. A conversão significa a vitória sobre o "homem velho" que está enraizado no mal (a existência carnal) e o começo de uma vida nova (a vida no Espírito) criada e governada pelo Espírito Santo de Deus.

Cláudio Tadeu Parpinelli

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

“A Eucaristia dom de Deus para a vida do mundo”

A Eucaristia é o centro e o vértice da vida espiritual da
Igreja, a plenitude de comunhão da Humanidade com Deus, a
fonte perene da vida e da esperança, o manancial inexaurível
da caridade e o maior dom de Deus para a vida do Mundo.
(Ex.16,14-36) Moisés explica-nos o sentido
do maná, alimento dado por Deus ao seu Povo exausto e
desfalecido pela longa caminhada do deserto. Mas o maná,
alimento abundante e delicioso é sinal profético de um novo
Pão que nos será dado por Jesus na sua Palavra e no seu Corpo
e Sangue.
(1Cr.10,17) - São Paulo, o apaixonado do Evangelho e da Eucaristia, diz-nos que formamos um
em Cristo um só corpo e que pela Eucaristia celebramos e
vivemos a nossa união com Deus, a nossa identificação com
Cristo e a nossa comunhão fraterna com os irmãos. “Somos
muitos e formamos um só corpo”. Esta é uma das dimensões ainda
não suficientemente apreendidas da Eucaristia, sacramento da
caridade.
(jo 6,10) - Jesus anunciou a Eucaristia multiplicando os pães. Depois
mandou os discípulos distribuir os pães multiplicados.
De Jesus recebemos o milagre. A nós Jesus pede-nos o
serviço: de distribuirmos o pão – alimento humano da alegria,
da fé, da esperança, da caridade e da vida e alimento divino da
Eucaristia. Aqui neste indispensável serviço nos encontramos
todos nós: bispo, presbíteros e diáconos, e nós
ministros da comunhão, aqui nos encontramos na esperança de que não faltará jamais pão da vida .
Compreedemos melhor agora esta bela frase que Jesus nos disse :
“Eu sou o pão vivo que desceu do céu… Não como aquele que
os vossos pais comeram, e morreram; quem comer deste pão viverá
eternamente” 1(Jo-6,51)
Adorar a Eucaristia tem este sentido contemplativo de
quem se coloca diante de Cristo – dom de Deus para um
mundo novo deixando-se iluminar e alimentar pela Eucaristia.
“Senhor Jesus ofereceste-nos este admirável sacramento da tua
Páscoa. Dá-nos o gosto de venerar no Teu Corpo o teu imenso amor
por nós”.
Um dos frutos que brotam da Eucaristia e que se deve
transformar em missão e em tarefa para aqueles que celebram a
Eucaristia e para quantos se alimentam do Corpo de Cristo é
procurar que se multiplique este Pão Vivo que desceu dos céus
e que todos os famintos de Deus o procurem e encontrem.

Um santo e feliz natal

Começando o Blog

Olá amigos e leitores. Hoje começo o blog A voz da Eucaristia para escrever alguns ensinamentos de Jesus Cristo. Espero que gostem das nossas publicações.

Sou Cláudio Tadeu Parpinelli, ministro da paróquia Santa Maria, em São Bernardo do Campo - SP