sábado, 31 de março de 2012

EUCARISTIA E O CENTRO DA VIDA DOS SANTOS

A Eucaristia, estimados irmãos e irmãs, é o centro da vida dos santos, assim como o foi para São Francisco de Assis e Santo Antônio. É a fonte e o centro da vida para todas as atividades do dia a dia de todos nós reunidos hoje nesta Igreja. Ela religa o homem a Cristo e, através da fé, leva os cristãos a contemplá-lo. Assim, viver a Eucaristia é amar ao próximo sem limites de religião, raça, cor, família ou Igreja. A Eucaristia é Deus mesmo se repartindo como pão, na doação de Jesus.

Para Santo Antônio, a Eucaristia é o ponto de partida e de chegada de todas as suas atividades como pregador e como missionário cristão.

Santo Antônio nos fala “que no altar, sob as aparências de pão e de vinho, está presente o próprio Jesus, vivo e glorioso, revestido daquela carne humana com que outrora Ele se ofereceu e ainda hoje continua se oferecendo todos os dias como vítima ao divino Pai”. “Aprende, ó homem, a amar a Jesus. Ele é a sabedoria, Ele é a prudência, Ele é a força, nele está a inteligência de tudo, Ele é a vida, Ele é o sustento, o pão dos anjos, a refeição dos justos, Ele é a luz dos olhos, nele está a nossa paz”.

Por outro lado, Santo Antônio evoca a Eucaristia como refeição a ser partilhada em espírito de pobreza, e como memória da Ceia celebrada por Cristo com os discípulos na véspera da morte. Por isso, estimados irmãos, comemora-se esta Eucaristia, memorial e sacrifício, todos os dias sobre os nossos altares. Assim, dizemos que, durante a ceia, Jesus pegou o pão, deu graças a Deus, partiu-o e entregou-o aos discípulos (Mt 26,26) Ele mesmo o partiu, para dar a entender que a ruína do seu corpo não haveria de acontecer senão por sua espontânea entrega, mas previamente deu graças a Deus, com o Pai e o Espírito Santo, cumulando com o poder da graça divina a natureza que assumira.

A Eucaristia é o centro da vida da Igreja porque torna presente o sacrifício de Cristo na cruz e permite que dele participemos… Mas participar de que forma? Repetindo as palavras de Jesus? Seus gestos e o rito, de forma mecânica e rotineira? Não! Celebrando com a vida, isto é com amor.

Por isso, o amor de Santo Antônio para com a Eucaristia fica bastante evidente no combate que travou contra as heresias de seu tempo. Por exemplo, o “milagre da mula”, ou “milagre da hóstia”, retrata bem isto; ele é assim narrado: Havia um homem de nome Bonillo, que era Cátaro (herege) há mais de 30 anos. Como herege, rejeitava os sacramentos da Igreja, especialmente o sacramento da Eucaristia. Certo dia, Santo Antônio cruzou-lhe o caminho, proclamando clara e insistentemente a fé cristã na Eucaristia, isto é, que por este sacramento a luz de Deus chega às almas dos fiéis, pois assim o afirmara o próprio Cristo: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede” (Jo 6,35).

Uma das grandes devoções de Santo Antônio foi a Eucaristia. Ali sabia ele estar Cristo presente em verdade, numa presença amorosa, pois por amor aos homens deixara-se ficar entre os homens. Sabia que era um profundo mistério. Mas compreendia que, se Deus pudera fazer-se homem e andar entre os homens, podia também fazer-se pão e ficar entre os homens. Daí o amor com que Santo Antônio comungou e, sobretudo, celebrou a Santa Missa. Quem lê seus sermões percebe a chama de amor e entusiasmo com que fala da Eucaristia, como convida todo mundo a receber este Senhor que tão amorosamente fica à disposição dos homens. Recebê-lo significa retribuir-lhe amor.

Nós, que sentimos tanto a nossa fraqueza humana e a incapacidade de vencermos as mil dificuldades que nos cercam, temos no Senhor Eucarístico uma fonte de graças e de energia sempre à nossa disposição. Amar Santo Antônio só é possível na medida em que nos aproximamos do Cristo eucarístico, assim como ele fez e pregou. Comungar é colocar o Cristo dentro de si com toda a sua força. É levá-lo para a nossa vida de cada dia, como companheiro e energia para a vida.

Que Santo Antônio nos ajude a vivenciamos bem essa trezena.
Santo Antônio, rogai por nós!

Por Frei Wilson Batista Simão, O.F.M.

quinta-feira, 29 de março de 2012

É importante que voltemos à piedade Eucarística

 

“Meus queridos irmãos e irmãs, em Cristo, hoje trazemos uma palestra dada na Canção Nova sobre a necessidade de se voltar a piedade Litúrgica (ML)”
Sabemos que não há Igreja se não houver Eucaristia. Precisamos resgatar a fé da Igreja, a fé na presença Eucarística de Nosso Senhor Jesus Cristo.
É evidente que eu sempre tive muita devoção pela Eucaristia. A ordem de Jesus era para que celebrássemos a Santa Missa, e a verdadeira devoção Eucarística é celebrar a Santa Missa e comungar [o Corpo de Cristo]. Já a Adoração Eucarística é muito legítima, mas foi uma invenção do segundo milênio. Essa prática [Adoração Eucarística] é algo recente, por isso as pessoas acham que ela não é obrigatória. Tenho de confessar que eu, segundo as normas litúrgicas, fiz uma capela no seminário de Cuiabá sem o sacrário; nós o colocamos numa capelinha menor, pois a norma litúrgica diz que o lugar onde se celebra a Eucaristia não deve haver a presença do sacrário.
Valorizando o passado, eu estava muito tranquilo na minha devoção Eucarística, porque celebrava a Missa e comungava, mas devo confessar que quase nunca eu adorava a Jesus Sacramentado. Mas o que mudou na minha vida para que eu mudasse de opinião? Foi o pontificado do Papa Bento XVI. Quando ele foi eleito Papa, duas coisas aconteceram na minha vida. Primeira: ele tomou atitudes que deram um curto-circuito na minha cabeça: começou a insistir na Adoração Eucarística.
Na vigília com o Papa, ocasião do encerramento do Ano Sacerdotal, diante de cerca de 20 mil sacerdotes, Bento XVI expôs o Santíssimo; e nós ficamos ali, de joelhos, rezando. Naquele dia, o Pontífice conseguiu fazer com que milhares de padres colocassem seus joelhos no chão e adorassem a Jesus.
A segunda coisa que mudou em mim com a eleição de Bento XVI é que agora João Paulo II está no céu. Acho que ele conseguiu fazer na minha cabeça o que não conseguiu quando estava vivo. E nós precisamos entender que a Adoração Eucarística é algo urgente. Não é um devocionismo; ela faz parte da própria fé da Igreja.
Papa Bento XVI escreveu a Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis - "O sacramento do amor". Nela, ele cita uma frase do bem-aventurado Agostinho, santo no primeiro milênio: “Ninguém coma aquela carne sem que antes tenha adorado. Se não adorar, estará pecando”; ou seja, se você quer comungar, tem de adorar ao Santíssimo Sacramento.
Por que essa prática [Adoração Eucarística] é tão importante? Porque, no primeiro milênio, a Igreja vivia uma fé inabalável. Os cristãos acreditavam na presença de Jesus na Eucaristia. Durante os mil primeiros anos, não havia heresia, todos acreditavam e iam à celebração da Santa Missa. Nela, adoravam e comungavam o Corpo de Cristo. Acontece, porém, que, no segundo milênio, surgiram inúmeras heresias que, somadas, culminaram na heresia protestante, quando Lutero negou a existência de Jesus Cristo na Eucaristia.
Jesus disse: “Tomai todos e comei, esse é o meu corpo. Tomai todos e bebei, esse é o meu sangue”. Deus está presente por imensidade em todos os lugares; no entanto, a presença de Jesus na Eucaristia tem mais consistência, tem mais ser; ela é mais presença, mais ativa.
É impressionante que, justamente na época em que começaram as heresias da Eucaristia, começaram também a surgir os Milagres Eucarísticos. Nós necessitamos urgentemente da Adoração Eucarística; precisamos voltar a dobrar nossos joelhos diante de Deus, a fazer visitas ao Santíssimo Sacramento.
Quando Nossa Senhora apareceu em Fátima, em 13 de maio 1917, ela abriu seus braços e um raio de luz divina inundou o coração de três crianças: Lúcia, Jacinta e Francisco. Elas receberam a graça divina. Instintivamente, prostraram-se diante de Deus e rezaram: “Ó Santíssima Trindade, eu vos adoro, eu vos amo no Santíssimo Sacramento”. Essa oração é a confirmação daquilo que Deus já vinha fazendo no coração daquelas crianças.
Para preparar o coração delas, o Senhor já havia mandado o Anjo da Paz, que se prostrou, reverenciando a Deus; e as crianças também fizeram o memo. Esse ser celeste as ensinou a rezar: “Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão por aqueles que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam”. Nós precisamos repetir essa oração diante do Santíssimo Sacramento.
Em outra aparição, o anjo ensinou aos pequenos: “Santíssima Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo –, adoro-Vos profundamente e Vos ofereço o preciosíssimo corpo, sangue, alma e divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra em reparação aos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores”.
Precisamos pedir perdão a Deus pelas blasfêmias, oferecer nossa adoração em reparação ao Santíssimo Coração de Jesus. Durante a adoração é importante compreendermos o quanto ela está fazendo em nós. É importante que voltemos à piedade Eucarística.
Louvo a Deus pelo Papa Bento XVI que mudou a minha vida, minha visão sobre a Adoração Eucarística. Se não voltarmos a tratar a Eucaristia com toda piedade e adoração que ela merece, perderemos nossa fé em Jesus Eucarístico.

Transcrição e adaptação: Michelle Mimoso

sexta-feira, 23 de março de 2012

JESUS EUCARISTICO

O nosso Jesus na Eucaristia está glorioso, mas Ele já sofreu. Agora resta nossa parte, mas é preciso que seja real e visível para Nosso Senhor
O espírito de sacrifício é a essência mesma do cristianismo e sem ele ninguém se salva e se santifica.

Se meditássemos profundamente na presença real de Jesus Cristo na Eucaristia, se num ato de profundo recolhimento procurássemos sentir o amor de Jesus por nós, oh! Como amaríamos a Santa Eucaristia. Porque Jesus ali está por todos e cada um.

Como conciliar: sofrimento e felicidade? Cruz e alegria mais profunda e imperturbável? No amor de Deus, na união com Jesus Eucaristia.

Pensemos um instante o que seria o mundo sem a Santa Eucaristia! O frio de morte que aí reinaria, o gelo em que estariam mergulhadas nossas almas. Oh! Se não houvesse mais Hóstias no Tabernáculo, o mundo seria insuportável!

Que a Santa Eucaristia seja, pois, tudo para nós. Que ela nos eleve num grande sentimento de confiança, de coragem, de força, de ardor.

Nosso Senhor é o nosso Embaixador na Ssma. Eucaristia. Então, que nos resta fazer? Unirmo-nos a Ele que adora e louva, ama e agradece, repara e pede, no seu aniquilamento profundo. Eis aí a maneira de adorarmos.

Nossa união à Eucaristia deve fazer render a toda hora e a todo instante os seus frutos para toda a Igreja. Jesus é a oração, a adoração, a ação de graças, a reparação por excelência. Está aí para que nós nos apropriemos dele e usemos o máximo possível do poder de O oferecer que nos conferiu o Batismo.

Jesus instituiu a Eucaristia para ser a nossa oração viva, para que na terra não faltasse a Deus esse culto perfeito. Por isso a oração de Jesus é a nossa oração, suas adorações, ações de graças, reparações, são nossas e nós não temos senão que fazê-las valer nos apropriando delas e oferecendo-as com Ele.

Nosso Senhor na Eucaristia nos dá o exemplo da humildade de coração. Ele sente prazer em se reduzir a nada, à ínfima pequenez de um pedacinho de Pão para confessar com alegria a Grandeza e a Majestade de Deus.

O Sacrário é para nós um motivo de confiança. Jesus está aí com seus merecimentos infinitos, orando por nós, fazendo-se penhor das graças que solicitamos
Jesus está ao nosso alcance não só para ser o nosso modelo, mas para ser o centro de nossa vida espiritual. Devemos fazer da Eucaristia o ponto de nossa vida, o polo em redor do qual gravita nossa vida.

Jesus, o Verbo Encarnado, é a maior dádiva do Pai à humanidade. A Eucaristia é a maior dádiva deste mesmo Jesus. Ele Se deu a si mesmo e não podia ter dado coisa maior porque Se deu inteiro
Jesus, afinal, já tinha feito a redenção do mundo, já tinha reconciliado a humanidade com o Criador, porque é que precisava ficar ainda na Eucaristia? Porque não quis deixar a terra deserta, sem a Sua presença. Não quis que ficássemos sozinhos aqui no mundo. Ele é a nossa cabeça, nós somos seus membros; por isso Ele quis ficar na Eucaristia, rezando por nós.

Nosso Senhor não ficou na Sagrada Eucaristia como um dom, uma coisa preciosa que se tem, que se possui e se guarda avaramente e de cuja presença se goza, mas que não se faz valer. Não. Jesus no Santíssimo Sacramento está como um valor que precisa ser usado. Como uma dádiva da qual é preciso fazer servir-se dela para o próprio bem.

Jesus ficou como nosso Mediador. Ele está ali para que nós O façamos valer na Eucaristia
A fé nos diz que a maior vida que existe sobre a terra está dentro do Tabernáculo.

A maior vida, a maior atividade está oculta no silêncio de uma Hóstia, na aparência de uma inatividade, na aparência de morte. Porque Jesus já não tem aparência nenhuma, nem de ser humano na Eucaristia. E entretanto, ali é que Ele está mais ativo
Madre Maria Tereza.

quarta-feira, 21 de março de 2012

EUCARITIA MINHA VIDA

A Sagrada Eucaristia foi preparada pelo Pai desde sempre, porque tudo o que está ligado ao projeto de Salvação tem um valor infinito no coração de Deus.
Jesus disse: ” Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até  a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará. Pois nela Deus Pai imprimiu o seu sinal.”( Jo 6,27 )
Quando tomamos a Eucaristia participamos do Mistério da Salvação – o Mistério Pascal ( Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo ). ” Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia”. ( Jo 6, 54)
Já há sinais no Antigo Testamento, que nos indicam como seria a santa Eucaristia instituída por Jesus Cristo:
- Em Gn 14,18 -  O rei e sacerdote Melquisedec manda trazer o pão e o vinho para a cerimônia de bênção a Abraão.
- No Salmo 77, 24 -  O salmista narra a descida do pão ( maná ) do céu para saciar a fome do povo eleito.
-Em Ex 12,15 e 21 -  A páscoa dos judeus era celebrada com pão sem fermento e o sangue de um cordeiro imolado, para confirmar a aliança feita com Deus ao seu povo, na passagem da escravidão para a terra prometida.
Também no Novo testamento, há outros sinais:
- Quando Jesus se aproximou de João Batista para ser batizado, este disse: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. “
- O milagre da água transformada em vinho nas bodas de Caná, anuncia a hora da glorificação de Jesus ( CIC 1335 ).
- O milagre da multiplicação  dos pães, diz o catecismo, prefigura a superabundância deste único pão da sua Eucaristia.
- E no Evangelho de São João capítulo 6, versículo 51 Jesus anuncia a Eucaristia: “  Eu sou o pão vivo que desceu do céu, quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu hei de dar é minha carne para a salvação do mundo”.
A Eucaristia é o centro da vida da Igreja. É semente da vida eterna e poder ( cic).
Jesus escolheu a festa da páscoa dos judeus para instituir a Eucaristia,  para dar o sentido definitivo à páscoa judaica. “Raiou o dia dos pães sem fermento, em que se devia imolar a Páscoa. Jesus enviou Pedro e João, dizendo:  Ide preparai-nos a ceia da Páscoa.”  ( lc 22, 7-8 )
Jesus já não só oferece o pão ázimo, da páscoa dos judeus, mas o seu próprio Corpo ( o Pão que desceu do céu);
Já não é mais o sangue do cordeiro ( o vinho ), que sela a aliança com Deus, mas é o sangue precioso  do Filho de Deus derramado na cruz , Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. É o  Sangue da nova e definitiva aliança com Deus.
Eis a narração da Instituição da Eucaristia, que se encontra no Evangelho de São Mateus capítulo 26, versículos de 26 a 28:
” Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é meu corpo.
Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos, porque isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados”.
O pão e o vinho, pelas palavras de Cristo e pela invocação do Espírito Santo, se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo.
Fiel a ordem do Senhor, a Igreja continua fazendo em sua memória ( At 2, 46-47 ) até à sua volta gloriosa, o que Ele fez na sua paixão.
O Catecismo ensina que: ” Através da consagração opera-se a transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Cristo. Sob as espécies consagradas do pão e do vinho, Cristo mesmo, vivo e glorioso, está presente de maneira verdadeira, real e substancial, seu Corpo e seu sangue, com sua alma e sua divindade”.( Concílio de Trento)
Esses são os significados da Eucaristia para nós católicos:
Presença real do Corpo, Sangue, Alma e Divindade de nosso Senhor Jesus Cristo
Missa
Jesus -  o Pão  que dá a  vida
Memória do sacrifício de Jesus na cruz pelos nossos pecados
Ressurreição no último dia
Sustento
Presença da hóstia consagrada  no Sacrário
Coragem
Intimidade com Deus
Alegria e festa da primeira Eucaristia
Cura
Tranformação de vida
Encontro com o Amor Salvador
Sacramento
Mergulho no Mistério Pascal
Graça
O sangue libertador do Senhor
Promessa de vida eterna
Comunhão com  Deus e com os irmãos
Milagre eucarístico em Lanciano ( Itália ), Santarem ( Portugal ) ,etc…
Frases de santos sobre a Eucaristia:
São João Maria Vianney : “O alimento da alma é o corpo e o sangue de Deus!…Oh! formoso alimento! A alma não se pode alimentar senão de Deus. Só Deus pode bastar-lhe. Só Deus pode saciá-la. Fora de Deus não há nada que possa saciar-lhe a fome.”
Padre Pio: “Ao assistir a Santa Missa você é preservado de muitas desgraças e perigos, pelos quais você seria abatido!”
São Pedro Julião Eymard: “Jesus está em cada hóstia consagrada e, se esta for partida, ficará Ele todo inteiro sob cada partícula. Em vez de dividi-lO, a fração da hóstia O multiplica.”
Santo Afonso de Ligório: “Assim, o sacerdote que celebra uma missa rende a Deus uma honra infinitamente maior, sacrificando-lhe Jesus Cristo, do que se todos os homens, morrendo por ele, lhe fizessem o sacrifício das suas vidas. Mais ainda, por uma só missa, dá o sacerdote a Deus maior glória, do que lhe têm dado e hão de dar todos os anjos e santos do Paraíso, incluindo também a Virgem santíssima; porque não lhe podem dar um culto infinito, como o faz um sacerdote celebrando no altar.”
São Francisco de Assis : “E quando o sacerdote o oferecer em sacrifício sobre o altar, e aonde quer que o leve, todo o povo dobre os joelhos e renda louvor, honra e glória ao Senhor Deus vivo e verdadeiro.”
Santa Catarina de Sena: “Deveis fazer a Eucaristia, portanto, com pureza de mente e de corpo, tendo o coração em paz, sem rancor e ódio na alma.”
Fonte: Jane  Amábile – Comunidade Divino  Espírito Santo

sexta-feira, 16 de março de 2012

A Eucaristia, mistério de morte e de glória

O sinal-da-cruz, "sim" visível e público a Jesus

Ao Gólgota e à "hora" da morte na Cruz - escreveu o amado João Paulo II na encíclica Ecclesia de Eucharistia - "volta
espiritualmente todo sacerdote que celebra a Santa Missa, junto com a comunidade cristã que nela participa" (n.4).

Portanto, a Eucaristia é o memorial de todo o mistério pascoal: paixão, morte, descida aos infernos, ressurreição e ascensão ao Céu; e a Cruz é a comovedora manifestação do ato de amor infinito com o qual o Filho de Deus salvou o homem e o mundo do pecado e da morte. Por isso o sinal-da-cruz é o gesto fundamental de nossa oração, da oração do cristão.

Fazer o sinal-da-cruz - como faremos agora, ao receber a bênção - é pronunciar um "sim" visível e público Àquele que morreu por nós e ressuscitou, ao Deus que na humildade e debilidade de seu amor é o Todo-Poderoso, mais forte que todo o poder e inteligência do mundo.
A Eucaristia, mistério de morte e de glória
Depois da Consagração, a assembléia dos fiéis, consciente de estar na presença real de Cristo crucificado e ressuscitado, aclama: "Anunciamos a tua morte, proclamamos a tua ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!" Com os olhos da fé, a comunidade reconhece Jesus vivo com os sinais de sua paixão e, como São Tomé, pode repetir cheia de assombro: "Meu Senhor e meu Deus!" (Jo 20,28). A Eucaristia é mistério de morte e de glória como a Cruz, que não é um acidente, mas o passo pelo qual Cristo entrou em sua glória (cf. Lc 24,26) e reconciliou a humanidade inteira, derrotando toda inimizade. Por isso a Liturgia nos convida a rezar com confiança e esperança: "Mane nobiscum, Domine! - Ficai conosco, Senhor, que com vossa santa Cruz remistes o mundo!"
Maria nos ensina a viver a Santa Missa com fé e amor
Maria, presente no Calvário junto à Cruz, está presente também - com a Igreja e como Mãe da Igreja - em cada uma de nossas celebrações eucarísticas (cf. Ecclesia de Eucharistia, 57). Por isto, ninguém melhor do que Ela pode ensinar- nos a compreender e viver com fé e amor a Santa Missa, unindo-nos ao sacrifício redentor de Cristo. Quando recebemos a sagrada Comunhão, também nós, com Maria e unidos a Ela, abraçamos o madeiro que Jesus, com seu amor, transformou em instrumento de salvação, e pronunciamos nosso "amém", nosso "sim" ao Amor crucificado e ressuscitado.

Fonte site- arautos do evangelho

segunda-feira, 12 de março de 2012

EUCARISTIA FONTE DE CURA

O centro da fé católica é a Eucaristia. Reunimo-nos para celebrar a Eucaristia, o foco e o centro da nossa relação com Deus. Ali, o grande mistério da vida, da morte e da ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo é celebrado de modo sacramental. Como católicos, devemos aceitar profundamente que a Eucaristia é muito mais do que até hoje imaginamos, ou seja, na realidade, uma cerimônia de cura. Com isto em mente, gostaria de compartilhar um pouco os meus pensamentos, a estima e o amor que sinto pela Eucaristia como cerimônia de cura.

O ensinamento tradicional católico da celebração eucarística como banquete do Senhor e também como sacrifício é bastante conhecido. Conforme declara o Concílio Vaticano II "Durante a última ceia, na noite em que foi traído, o nosso Salvador instituiu o sacrifício eucarístico do Seu corpo e sangue. Fez isto, a fim de perpetuar o sacrifício da cruz através dos tempos, até ao Seu segundo advento, confiando assim à Sua bem-amada esposa, a Igreja, a memória da Sua morte e ressurreição: um sacramento de amor, um sinal de unidade, um laço de caridade, um banquete pascal durante o qual Cristo é consumido, a mente se enche de graça e nos é oferecido um penhor da glória futura".

Todavia, nos últimos anos, tem-se renovado o interesse pela Eucaristia como cerimônia de cura. O Padre Ted Dobson escreveu um livro intitulado Say but the word (Mas dizei uma palavra) no qual sublinha com grande beleza o poder curativo da Eucaristia. No início do livro, declara que a cura pela Eucaristia tem feito parte da nossa herança católica.

"Nos primeiros dias do cristianismo, a Eucaristia era tida como sacramento de cura e transformação, um rito que conferia integridade às pessoas que o celebravam. Por exemplo, Santo Agostinho, no maior dos seus livros, A cidade de Deus, bem como na sua última obra, Revisões, testemunha as curas que vira na sua própria igreja, como resultado de as pessoas receberem a Eucaristia". Também Barbara Shlemon, R.N., escreveu um folheto no qual realça o poder curativo da Eucaristia: "Cada vez que participamos na Eucaristia, presenciamos uma cerimônia de cura. Ao aproximarmo-nos do altar, oramos: «Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo»".

Esta é uma oração de confiança no poder de Jesus Cristo de transformar as nossas necessidades físicas, emocionais e espirituais. Se realmente crermos que Jesus está presente na hóstia consagrada, deveremos ter a esperança de obter a integridade, ao recebermos o Seu corpo. A minha esperança, igualmente, é que possamos desenvolver maior estima e compreensão da Eucaristia, como cerimônia de cura, de uma cura do corpo, da mente e do espírito de todos.

(...) Mary Ann Cortes foi curada pela Eucaristia. Ela passara 17 anos em hospitais psiquiátricos, na região de New Orleans, Louisiana (Estados Unidos) e já fora submetida a todos os tratamentos conhecidos para doentes maníaco-depressivos, exceto eletro-choques. Ela começou a experimentar o poder da cura de Jesus, durante a Eucaristia, e ficou completamente curada ao fim de alguns meses. O Senhor realizara o que nenhum psiquiatra conseguira. O seu testemunho tem tocado profundamente centenas de vidas:

"Tenho vindo a descobrir que a Eucaristia é o maior sacramento de cura, e que cada Eucaristia é uma oração de cura. Depois de muitos tratamentos, os médicos perderam a esperança de que eu alguma vez viesse a recuperar a saúde mental, pelo que eu estava condenada a uma vida dependente dos medicamentos, que me alteravam até a minha maneira de ser. Quando eu adormecia, à noite, rezava para que morresse durante o sono, tal era o medo de acordar para mais um dia de pavor.

Depois de ter recebido a Efusão do Espírito e de ter começado a participar em Eucaristias de cura, fiquei completamente bem, tanto mental, como emocional e fisicamente. Hoje sou uma nova pessoa em Cristo. Em cada Eucaristia, uno tudo o que sou ao sacrifício de Cristo; nessa união com Ele, recebo em todo o meu ser a vida ressuscitada de Jesus, e isso vai-me transformando cada vez mais. Eu identifico-me com Ele e recebo a Sua Vida. Quanto mais ativamente participo na Eucaristia, tanto mais real Ele Se torna para mim. O próprio Jesus entra em mim e me cura de dentro para fora!"

Pe. Robert DeGrandis
in: A Eucaristia - Fonte de Cura, Ed. Pneuma

sábado, 10 de março de 2012

Eucaristia: o maior milagre!

Eucaristia: o maior milagre!
Por: Padre Alberto Gambarini | 17 de junho de 2011
A festa de Corpus Christi é a ocasião oportuna para de um modo público, em nossas praças e ruas, testemunhar a nossa fé na certeza da presença real de Jesus na Eucaristia.
 Esta maravilha tão sublime e elevada, através da qual o Senhor se doa em alimento e remédio,para quem o recebe com fé, aconteceu na 5º feira Santa.
 Neste dia, Jesus, deu aos apóstolos a grande missão de continuarem a celebrar a ceia através dos tempos, ordenando: “Fazei isto em memória de mim.”
 Ao dizer fazei isto esta indicando uma realidade forte. Quando se celebra a eucaristia, não se trata de uma recordação ou representação simbólica, mas um ato a cumprir.            
 Deste modo, cremos, que depois do sacerdote ter invocado o Espírito Santo, e repetido as palavras do Senhor na última ceia, o pão e o vinho se tornam o Seu Corpo e Sangue.
 No discurso do pão da vida, Jesus é muito claro a este respeito, ao afirmar em Jo 6,51: “E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo.”
 A cada missa acontece o maior de todos os milagres, e a mais importante de todas as aparições.O próprio Jesus se faz presente para encher com a sua glória e poder, o lugar onde se celebra a   Eucaristia, como também a cada pessoa presente neste momento tão sagrado e sobrenatural.          
 De todos os sacramentos, a Eucaristia, é o mais comovente, porque é aqui que Jesus Cristo nos mergulha no amor da sua entrega total realizada na cruz.
 Em 1Pdr 2,24 lemos: “Carregou os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro para que, mortos aos nossos pecados, vivamos para a justiça. Por fim, por suas chagas fomos curados”
 A cada eucaristia torna-se presente este efeito da cruz. São Paulo em 1Cor 11,24, revela importantes gestos e palavras de Jesus durante a ceia:“e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é entregue por vós…”
 Onde foi partido e entregue  o Corpo de Cristo?  Na cruz.
 Em 1Cor 11,25 também esta revelado:“Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim.”
 Ao falar  Nova Aliança, recorda a Antiga Aliança do passadoonde existia o sacrifício de animais.
 Onde Jesus foi sacrificado e derramou o Seu sangue precioso? Na cruz.
 Por isso, a eucaristia é a maior fonte de cura para todas as dimensões da nossa vida. São Pedro nos disse: por suas chagas fomos curados.
 Quando participamos da santa missa, entramos em um mundo espiritual, que esta fora do tempo material, e se transforma na melhor hora de Deus para a nossa vida. Não podemos esconder tão grande tesouro e fonte de milagres.
 A missa de Corpus Christi, com a procissão e benção, é uma é uma oportunidade especial para avivar a nossa fé no amor de Deus. É Jesus em pessoa, que não fica restrito as paredes de uma igreja, mas que passa no meio do povo, e santifica nossas ruas com a sua presença.
 Jesus vivo vai passar próximo de você, coloque em ação o poder da fé,e com certeza você experimentará a benção de Deus agindo em sua vida.

Pe..Alberto Ganberini

quinta-feira, 8 de março de 2012

MARIA, MULHER EUCARÍSTICA

Na vivência desse Ano Eucarístico devemos, mais uma vez, voltar os nossos olhos para Maria, a Mãe da Igreja, a Mulher Eucarística por excelência, para aprender dela a receber com dignidade o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Pelo relato dos evangelistas que nos transmitem a instituição do sacramento da Eucaristia, na Quinta-Feira Santa, percebemos que Nossa Senhora não estava presente naquele momento. Mas, na Sexta-Feira Santa, no momento da Paixão dolorosa de Cristo, lá estava presente a Mãe das Dores, acompanhando de pé o mesmo sacrifício que seu Filho realiza durante a celebração da Santa Missa. Dias depois, encontramos Maria no Cenáculo, junto com os apóstolos, intercedendo pela vinda do Espírito Santo. Posteriormente, Ela acompanha os primeiros cristãos na vivência de comunidade. Como nos narra São Lucas, “Todos, unânimes, perseveravam na oração com algumas mulheres, entre as quais, Maria, a Mãe de Jesus.” (At 1,14). Desde cedo, os primeiros cristãos souberam contemplar a vida essencialmente eucarística de Nossa Senhora. Conseqüentemente, “eles mostravam-se assíduos aos ensinamentos dos apóstolos, à correção fraterna, à fração do Pão e às orações.” (At 2,42). E ali, junto a eles, estava Maria, expondo aos olhos da fé a sua alma de Eucaristia.

Nessa Igreja nascente que, sobretudo nesses primeiros tempos, se reuniu especialmente em torno da Eucaristia, os fiéis cristãos, ou os santos, como eles próprios se denominavam, desejavam que a autêntica comunidade eucarística se tornasse sinal da unidade de todos os cristãos, unidade essa que transparecia na partilha dos bens e na ajuda mútua. E ali, na concretização desses ideais, a Virgem Maria estava constantemente presente, fortalecendo, com o seu exemplo, a caminhada do povo de Deus em direção à Jerusalém Celeste. Na fração do Pão, na celebração da oração das orações, Maria, com sua coerência, demonstrava aos cristãos da primeira hora a necessidade de se partir da fração do Pão para a missão, da comunhão para a evangelização. E bem cedo esses santos compreenderam que “Maria pode guiar-nos para o Santíssimo Sacramento porque tem uma profunda ligação com ele.” (Ecclesia de Eucharistia, 53).

A fração do Pão nas primeiras comunidades cristãs, como nos ensina Daniel-Rops, “era inicialmente simples e quase familiar, e sem dúvida com pequenas diferenças de comunidade para comunidade. Logo, a cerimônia eucarística vai-se ordenando no decurso dos primeiros séculos, fixa-se em regras gerais e passa a ser acompanhada de palavras e símbolos.” E é sempre bom esclarecer que, habitualmente, os cristãos reuniam-se em pleno dia e, em geral, nas moradias de um converso com mais recursos, que a fé acabava de ganhar para Cristo.

Mas, em pouco tempo, as celebrações eucarísticas terão por marco as catacumbas, por serem realizadas em tempos de perseguição violenta, quando se tornou indispensável esconder-se. E a história da Igreja nos demonstra que, diante da possibilidade do martírio, os fiéis recorreram ao sacramento da Eucaristia para buscar a fortaleza, a coerência e a santidade necessárias para enfrentar as perseguições. E nessas condições, assumindo o martírio até às últimas conseqüências, vivificavam o valor sacrificial da Eucaristia, dando contínuas graças a Deus pela possibilidade de testemunhar a fé cristã e, assim, influenciar na conversão de novos cristãos. Os mártires foram os cristãos da segunda hora e foram essenciais na difusão do Evangelho.

Apenas contemplando a fração do Pão pelos cristãos da primeira geração, notamos que a devoção eucarística tem em Maria o seu modelo insuperável. Desde as primeiras celebrações eucarísticas, Maria amou a Santa Missa, cuidou com esmero dos ritos, incentivou a perseverança dos cristãos e comungou, com as mais perfeitas disposições; afinal, Ela foi o primeiro sacrário da história. Por tudo isso, “com boa razão, a piedade do povo cristão vislumbrou sempre uma ligação profunda entre a devoção à Virgem Santíssima e o culto à Eucaristia... Maria conduz os fiéis à Eucaristia.” (Redemptoris Mater, 44)

Bem antes de receber o sacramento da Eucaristia, Maria já era a grande adoradora eucarística. Como nos ensina, o Santo Padre, o Papa João Paulo II, “Maria praticou a sua fé eucarística ainda antes de ser instituída a Eucaristia, quando ofereceu o seu ventre virginal para a encarnação do Verbo de Deus. A Eucaristia, ao mesmo tempo que evoca a paixão e a ressurreição, coloca-se no prolongamento da encarnação. ”(Ecclesia de Eucharista, 55). Se bem vivida em sua essência, a devoção mariana nos conduzirá a Eucaristia, pois, a verdadeira adoração eucarística tem um singelo sentido mariano.

Humildade, docilidade, generosidade e um profundo silêncio são virtudes e atitudes que definem a pessoa de Nossa Senhora, e são também virtudes e atitudes imprescindíveis em toda adoração eucarística. De joelhos diante do sacrário, saibamos suplicar a Maria, utilizando as palavras de São Josemaría Escrivá: “Mãe! Faz que eu procure o teu Filho; faz que eu encontre o teu Filho; faz que eu ame o teu Filho... com todo o meu ser! Lembra-te, Senhora, lembra-te!” (Forja, 157)

Maria, a Mulher Eucarística, faz parte do mistério eucarístico de Cristo. Para participar da Eucaristia é necessária a fé, e quem melhor vivenciou a fé do que Nossa Senhora? Pela sua fidelidade, a Igreja a louva como modelo de fé. Para participar da Eucaristia é necessário estar em estado de graça, em união com Deus. E quem melhor que a Imaculada Conceição, para vivenciar a graça? Pela sua correspondência, a invocamos com o título de Mãe da divina graça. Participando da Eucaristia, em ação de graças, louvamos as maravilhas do Senhor. E quem melhor que a Virgem digna de louvor para proclamar as maravilhas de Deus? Pela sua humildade, a clamamos com o título de Mãe do Bom Conselho. E finalmente, participando da Eucaristia, antecipamos o céu. E quem melhor que a Rainha assunta aos céus para nos demonstrar como adentrar na Igreja Triunfante? Pela sua autenticidade e transparência, os leigos e os religiosos a reverenciam com o título de Virgem digna de louvor.

Concluindo, podemos reafirmar que “Maria é mulher eucarística na totalidade da sua vida. A Igreja, vendo em Maria o seu modelo, é chamada a imitá-la também na sua relação com este mistério santíssimo.” (Ecclesia de Eucharistia, 53). Em todas as Missas, recorramos a Nossa Senhora, pois assim, como esteve diante da Cruz de Cristo, está também junto às nossas comunidades, na celebração da Eucaristia.

Peçamos ao Senhor, em súplice oração: “Senhor, que a vossa Mãe, a Mulher Eucarística, interceda por nós e nos ajude a imitá-la buscando o alimento da vida eterna”. E que, de um modo especial nesse Ano Eucarístico, “neste ano de graça, a Igreja, sustentada por Maria, encontre novo impulso para a sua missão e reconheça na Eucaristia a fonte e o apogeu de toda a sua vida.” (Mane Nobiscum Domine, 31)

EUCARISTIA ALIMENTO PARA A VIDA

segunda-feira, 5 de março de 2012

A EUCARISTIA É TUDO


            A afirmação corresponde rigorosamente à verdade objetiva do dogma. Se a Eucaristia é o próprio Jesus na condição sacramental que atinge ou resume o seu mistério, é fácil intuir que o Cristianismo tira dela a consistência ontológica e histórica que o faz evidenciar ou sobrepor a todas as religiões do mundo.

         Na realidade, a Eucaristia compendia ou reassume todas as verdades reveladas, é a única fonte da graça, é a antecipação da bem-aventurança, recapitulação ou sumário de todos os prodígios da Onipotência.

         Como na encarnação, o Verbo Se não separou do Pai, nem do Espírito Santo; assim também, sob as espécies sacramentais, a vida trinitária arde em toda a sua misteriosa riqueza. Na hóstia Consagrada está todo o Paraíso. A solidão e o abandono de inúmeros Sacrários da Terra é compensada desmesuradamente pela adoração dos Anjos, pelo amor dos bem-aventurados. No gelado silêncio das nossas igrejas, com Jesus, permanecem inseparavelmente a Virgem Maria e São José, exultam os Patriarcas e os Profetas, rejubilam os Apóstolos e os Mártires, cantam em coro os Santos e a multidão incontável dos justos.

         Seria verdadeiramente absurdo supor que o Rei não fosse acompanhado e louvado pela Sua corte...; que no Mediador não convergissem os seres do Universo inteiro... Ele embora sob as dimensões de um fragmento de matéria é o Arquétipo, o Fim de toda a Criação.

         E é justamente a Sua condição sacramental que, velando o poder e a Glória de Cristo Ressuscitado, que evidencia a Sua Imolação, qual milagre dos milagres do Amor de Deus: na Eucaristia, está encerrado todo o bem espiritual da Igreja” ( Presbit. Ordinis, 5). Ela é “o culme e fonte de todo o culto e da vida cristã” ( Código do Directo Canônico, Cân. 897); “é como que a soma e o Centro da Sagrada Liturgia” (Pio XII, Méd. Dei, 57).

         Por isto, “entre todos os Sacramentos, é a Santíssima Eucaristia que leva a plenitude, a iniciação do cristão” (João Paulo II. Dominicae Cenae, 7); é por ela que este se insere plenamente no Corpo Místico (Presbit. Ordinis, 5). Por isso, fim e perfeição de todos os Sacramentos”, é a Eucaristia: eles conferem a graça que torna os fiéis dignos de a receber” (São Tomás de Aquino, Summa Theológica, q.73, art. 3, c).

         Por outro lado, Fonte de Graça distribuída pelos Sacramentos, é a vítima sacrificada na Cruz e tomada evidente pelas espécies eucarísticas do Sacramento dos Sacramentos. Por conseguinte, “a Eucaristia constrói a Igreja” (João Paulo II, Dominicae Cenae, 4), é o Centro da comunidade dos cristãos” (Presbit. Ordinis, 5); representa e produz “a unidade dos fiéis que constituem um só Corpo em Cristo” (Lumen Gentium, 3)

         Segue-se que “não é possível que se forme uma comunidade cristã, a não ser tendo como raiz e como fundamento ou base, a celebração da Sagrada Eucaristia, da qual deve pois tomar as ações ou iniciativas qualquer educação tendentes a formar o espírito de comunidade (Presbit. Ordinis, 6).

         Se para a Igreja, é isto mesmo a Eucaristia, a eficácia da atividade missionária está necessariamente condicionada à sua influência, sendo Fonte e Cume de toda a evangelização” (iv. 5). Por isso, a fé no mistério eucarístico, considerado em toda a sua riqueza que faz dele a síntese da Revelação Cristã, inclui uma tal ortodoxia que, ao católico, a seu respeito, não lhe resta nada mais que acreditar em nada a esperar senão dela.

         Em suma, “A Eucaristia tem força ou virtude de síntese na nossa religião; síntese doutrinal porque, sendo ela quase um prolongamento da Incarnação do Verbo de Deus no meio de nós, e sendo uma renovação sacramental do Sacrifício Redentor de Cristo, TODA A REVELAÇÃO SE CONCENTRA NESTE PONTO FOCAL, o mais misterioso e o mais luminoso da nossa fé, e síntese existencial, porque neste Sacramento do Pão do Céu, toda a realidade, toda a virtude, toda a derivação da vida cristã encontra a sua referência e o seu alimento...” (Paulo VI, Catechesi, 21.8.1968, para o XXXIX Congresso Eucarístico Internacional de Bogotá, em 18 a 25 de Agosto de 1968).
         “Encontrareis tudo na Eucaristia: a palavra de fogo, a ciência e os milagres!”, respondia São P. G Eymard, a quem se lhe dirija, para obter graças.

         “NÃO TENHO MAIS NADA A DAR-VOS. TENDES A EUCARISTIA: QUE MAIS QUEREIS?”. “DEPOIS DELA, NÃO HÁ MAIS QUE O CÉU!”
fonte site – ultima e derradeiras graças

domingo, 4 de março de 2012

O que é a Eucaristia?


ACERCA DA EUCARISTIA

[este texto é retirado do Catecismo da Igreja Católica - Compêndio]


O que é a Eucaristia?
É o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso, confiando assim à sua Igreja o memorial da sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna.

Quando é que Jesus Cristo instituiu a Eucaristia?
Instituiu-a na Quinta Feira Santa, «na noite em que foi entregue» (1 Cor 11,23), ao celebrar a Última Ceia com os seus Apóstolos.

Como é que a instituiu?
Depois de reunir os Apóstolos no Cenáculo, Jesus tomou nas suas mãos o pão, partiu-o e deu-lho dizendo: «Tomai e comei todos: isto é o meu corpo entregue por vós». Depois tomou nas suas mãos o cálice do vinho e disse-lhes: «tomai e bebei todos: este é o cálice do meu sangue para a nova e eterna aliança, derramado por vós e por todos para a remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim».

O que significa a Eucaristia na vida da Igreja?
É fonte e cume da vida cristã. Na Eucaristia, atingem o auge a acção santificadora de Deus em nosso favor e o nosso culto para com Ele. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja: o próprio Cristo, nossa Páscoa. A comunhão da vida divina e a unidade do Povo de Deus são significadas e realizadas na Eucaristia. Pela celebração eucarística unimo-nos desde já à liturgia do Céu e antecipamos a vida eterna.

Como é chamado este sacramento?
A insondável riqueza deste sacramento exprime-se com diferentes nomes que evocam alguns dos seus aspectos particulares. Os mais comuns são: Eucaristia, Santa Missa, Ceia do Senhor, Fracção do pão, Celebração Eucarística, Memorial da paixão, da morte e da ressurreição do Senhor, Santo Sacrifício, Santa e Divina Liturgia, Santos Mistérios, Santíssimo Sacramento do altar, Santa Comunhão.

Qual o lugar da Eucaristia no desígnio da salvação?
Na Antiga Aliança, a Eucaristia é preanunciada sobretudo na ceia pascal anual, celebrada cada ano pelos judeus com os pães ázimos, para recordar a imprevista e libertadora partida do Egipto. Jesus anuncia-a no seu ensino e institui-a, celebrando com os seus Apóstolos a última Ceia, durante um banquete pascal. A Igreja, fiel ao mandamento do Senhor: «Fazei isto em memória de mim» (1 Cor 11, 24), sempre celebrou a Eucaristia, sobretudo ao Domingo, dia da ressurreição de Jesus.

Como se desenrola a celebração da Eucaristia?
Desenrola-se em dois grandes momentos que formam um só acto de culto: a liturgia da Palavra, que compreende a proclamação e escuta da Palavra de Deus; e a liturgia eucarística, que compreende a apresentação do pão e do vinho, a oração ou anáfora, que contém as palavras da consagração, e a comunhão.

Quem é o ministro da celebração da Eucaristia?
É o sacerdote (Bispo ou presbítero), validamente ordenado, que age na Pessoa de Cristo Cabeça e em nome da Igreja.

Quais os elementos essenciais e necessários para realizar a Eucaristia?
São o pão de trigo e o vinho da videira.

Como é que a Eucaristia é memorial do sacrifício de Cristo?
A eucaristia é memorial no sentido que torna presente e actual o sacrifício que Cristo ofereceu ao Pai, uma vez por todas, na cruz, em favor da humanidade. O carácter sacrificial da Eucaristia manifesta-se nas próprias palavras da instituição: «Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós» e «este cálice é a nova aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós» (Lc 22,19-20). O sacrifício da cruz e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício. Idênticos são a vítima e Aquele que oferece, diverso é só o modo de oferecer-se: cruento na cruz, incruento na Eucaristia.

Como é que a Igreja participa no sacrifício eucarístico?
Na Eucaristia, o sacrifício de Cristo torna-se também o sacrifício dos membros do seu Corpo. A vida dos fiéis, o seu louvor, o seu sofrimento, a sua oração, o seu trabalho são unidos aos de Cristo. Enquanto sacrifício, a Eucaristia é também oferecida por todos os fiéis vivos e defuntos, em reparação dos pecados de todos os homens e para obter de Deus benefícios espirituais e temporais. A Igreja do céu está unida também à oferta de Cristo.

Como é que Jesus está presente na Eucaristia?
Jesus Cristo está presente na Eucaristia dum modo único e incomparável. De facto, está presente de modo verdadeiro, real, substancial: com o seu Corpo e o seu Sangue, com a sua Alma e a sua Divindade. Nela está presente em modo sacramental, isto é, sob as espécies eucarísticas do pão e do vinho, Cristo completo: Deus e homem.

Que significa transubstanciação?
Transubstanciação significa a conversão de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo e de toda a substância do vinho na substância do seu Sangue. Esta conversão realiza-se na oração eucarística mediante a eficácia da palavra de Cristo e a acção do Espírito Santo. Todavia as características sensíveis do pão e do vinho, isto é as «espécies eucarísticas», permanecem inalteradas.

A fracção do pão divide Cristo?
A fracção do pão não divide Cristo: Ele está presente todo inteiro em cada uma das espécies eucarísticas e em cada uma das suas partes.

Até quando continua a presença eucarística de Cristo?
Ela continua enquanto subsistem as espécies eucarísticas.

Que tipo de culto é devido ao sacramento da Eucaristia?
É devido o culto de latria, isto é, de adoração reservado só a Deus quer durante a celebração eucarística quer fora dela. De facto, a Igreja conserva com a maior diligência as Hóstias consagradas, leva-as aos enfermos e às pessoas impossibilitadas de participar na Santa Missa, apresenta-as à solene adoração dos fiéis, leva-as em procissão e convida à visita frequente e à adoração do Santíssimo Sacramento conservado no tabernáculo.

Porque é que a Eucaristia é banquete pascal?
A Eucaristia é o banquete pascal, porque Cristo, pela realização sacramental da sua Páscoa, nos dá o seu Corpo e o seu Sangue, oferecidos como alimento e bebida, e nos une a si e entre nós no seu sacrifício.

Que significa o altar?
O altar é o símbolo do próprio Cristo, presente como vítima sacrificial (altar- sacrifício da cruz) e como alimento celeste que se nos dá (altar-mesa eucarística).

Quando é que a Igreja obriga a participar na santa Missa?
A Igreja obriga os fiéis a participar na santa Missa cada Domingo e nas festas de preceito, e recomenda a participação nela também nos outros dias.

Quando se deve comungar?
A Igreja recomenda aos fiéis que participam na santa Missa que também recebam, com as devidas disposições, a sagrada Comunhão, prescrevendo a obrigação de a receber ao menos pela Páscoa.

Que se requer para receber a sagrada Comunhão?
Para receber a sagrada Comunhão é preciso estar plenamente incorporado à Igreja católica e em estado de graça, isto é, sem consciência de pecado mortal. Quem tem consciência de ter cometido pecado grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes da Comunhão. São também importante o espírito de recolhimento e de oração, a observância do jejum prescrito pela Igreja e ainda a atitude corporal (gestos, trajes), como sinal de respeito para com Cristo.

Quais são os frutos da sagrada Comunhão?
A sagrada Comunhão aumenta a nossa união com Cristo e com a sua Igreja, conserva e renova a vida da graça recebida no Baptismo e no Crisma, e faz-nos crescer no amor para com o próximo. Fortalecendo-nos na caridade, perdoa os pecados veniais e preserva-nos dos pecados mortais, no futuro.

Quando é possível administrar a sagrada Comunhão aos outros cristãos?
Os ministros católicos administram licitamente a sagrada comunhão aos membros das Igrejas orientais que não têm plena comunhão com a Igreja católica, sempre que estes espontaneamente a peçam e com as devidas disposições.
No que se refere aos membros doutras Comunidades eclesiais, os ministros católicos administram licitamente a sagrada comunhão aos fiéis, que, por motivos graves, a peçam espontaneamente, tenham as devidas disposições e manifestem a fé católica acerca do sacramento.

Porque é que a Eucaristia é «penhor da futura glória»?
Porque a Eucaristia nos enche das graças e bênçãos do Céu, fortalece-nos para a peregrinação desta vida, faz-nos desejar a vida eterna, unindo-nos desde já a Cristo, sentado à direita do Pai, à Igreja do Céu, à santíssima Virgem e a todos os santos.

Quando é que Jesus Cristo instituiu a Eucaristia?
Instituiu-a na Quinta Feira Santa, «na noite em que foi entregue» (1 Cor 11,23), ao celebrar a Última Ceia com os seus Apóstolos.

Como é que a instituiu?
Depois de reunir os Apóstolos no Cenáculo, Jesus tomou nas suas mãos o pão, partiu-o e deu-lho dizendo: «Tomai e comei todos: isto é o meu corpo entregue por vós». Depois tomou nas suas mãos o cálice do vinho e disse-lhes: «tomai e bebei todos: este é o cálice do meu sangue para a nova e eterna aliança, derramado por vós e por todos para a remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim».

O que significa a Eucaristia na vida da Igreja?
É fonte e cume da vida cristã. Na Eucaristia, atingem o auge a acção santificadora de Deus em nosso favor e o nosso culto para com Ele. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja: o próprio Cristo, nossa Páscoa. A comunhão da vida divina e a unidade do Povo de Deus são significadas e realizadas na Eucaristia. Pela celebração eucarística unimo-nos desde já à liturgia do Céu e antecipamos a vida eterna.

Como é chamado este sacramento?
A insondável riqueza deste sacramento exprime-se com diferentes nomes que evocam alguns dos seus aspectos particulares. Os mais comuns são: Eucaristia, Santa Missa, Ceia do Senhor, Fracção do pão, Celebração Eucarística, Memorial da paixão, da morte e da ressurreição do Senhor, Santo Sacrifício, Santa e Divina Liturgia, Santos Mistérios, Santíssimo Sacramento do altar, Santa Comunhão.

Qual o lugar da Eucaristia no desígnio da salvação?
Na Antiga Aliança, a Eucaristia é preanunciada sobretudo na ceia pascal anual, celebrada cada ano pelos judeus com os pães ázimos, para recordar a imprevista e libertadora partida do Egipto. Jesus anuncia-a no seu ensino e institui-a, celebrando com os seus Apóstolos a última Ceia, durante um banquete pascal. A Igreja, fiel ao mandamento do Senhor: «Fazei isto em memória de mim» (1 Cor 11, 24), sempre celebrou a Eucaristia, sobretudo ao Domingo, dia da ressurreição de Jesus.

Como se desenrola a celebração da Eucaristia?
Desenrola-se em dois grandes momentos que formam um só acto de culto: a liturgia da Palavra, que compreende a proclamação e escuta da Palavra de Deus; e a liturgia eucarística, que compreende a apresentação do pão e do vinho, a oração ou anáfora, que contém as palavras da consagração, e a comunhão.

Quem é o ministro da celebração da Eucaristia?
É o sacerdote (Bispo ou presbítero), validamente ordenado, que age na Pessoa de Cristo Cabeça e em nome da Igreja.

Quais os elementos essenciais e necessários para realizar a Eucaristia?
São o pão de trigo e o vinho da videira.

Como é que a Eucaristia é memorial do sacrifício de Cristo?
A eucaristia é memorial no sentido que torna presente e actual o sacrifício que Cristo ofereceu ao Pai, uma vez por todas, na cruz, em favor da humanidade. O carácter sacrificial da Eucaristia manifesta-se nas próprias palavras da instituição: «Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós» e «este cálice é a nova aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós» (Lc 22,19-20). O sacrifício da cruz e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício. Idênticos são a vítima e Aquele que oferece, diverso é só o modo de oferecer-se: cruento na cruz, incruento na Eucaristia.

Como é que a Igreja participa no sacrifício eucarístico?
Na Eucaristia, o sacrifício de Cristo torna-se também o sacrifício dos membros do seu Corpo. A vida dos fiéis, o seu louvor, o seu sofrimento, a sua oração, o seu trabalho são unidos aos de Cristo. Enquanto sacrifício, a Eucaristia é também oferecida por todos os fiéis vivos e defuntos, em reparação dos pecados de todos os homens e para obter de Deus benefícios espirituais e temporais. A Igreja do céu está unida também à oferta de Cristo.

Como é que Jesus está presente na Eucaristia?
Jesus Cristo está presente na Eucaristia dum modo único e incomparável. De facto, está presente de modo verdadeiro, real, substancial: com o seu Corpo e o seu Sangue, com a sua Alma e a sua Divindade. Nela está presente em modo sacramental, isto é, sob as espécies eucarísticas do pão e do vinho, Cristo completo: Deus e homem.

Que significa transubstanciação?
Transubstanciação significa a conversão de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo e de toda a substância do vinho na substância do seu Sangue. Esta conversão realiza-se na oração eucarística mediante a eficácia da palavra de Cristo e a acção do Espírito Santo. Todavia as características sensíveis do pão e do vinho, isto é as «espécies eucarísticas», permanecem inalteradas.

A fracção do pão divide Cristo?
A fracção do pão não divide Cristo: Ele está presente todo inteiro em cada uma das espécies eucarísticas e em cada uma das suas partes.

Até quando continua a presença eucarística de Cristo?
Ela continua enquanto subsistem as espécies eucarísticas.

Que tipo de culto é devido ao sacramento da Eucaristia?
É devido o culto de latria, isto é, de adoração reservado só a Deus quer durante a celebração eucarística quer fora dela. De facto, a Igreja conserva com a maior diligência as Hóstias consagradas, leva-as aos enfermos e às pessoas impossibilitadas de participar na Santa Missa, apresenta-as à solene adoração dos fiéis, leva-as em procissão e convida à visita frequente e à adoração do Santíssimo Sacramento conservado no tabernáculo.

Porque é que a Eucaristia é banquete pascal?
A Eucaristia é o banquete pascal, porque Cristo, pela realização sacramental da sua Páscoa, nos dá o seu Corpo e o seu Sangue, oferecidos como alimento e bebida, e nos une a si e entre nós no seu sacrifício.

Que significa o altar?
O altar é o símbolo do próprio Cristo, presente como vítima sacrificial (altar- sacrifício da cruz) e como alimento celeste que se nos dá (altar-mesa eucarística).

Quando é que a Igreja obriga a participar na santa Missa?
A Igreja obriga os fiéis a participar na santa Missa cada Domingo e nas festas de preceito, e recomenda a participação nela também nos outros dias.

Quando se deve comungar?
A Igreja recomenda aos fiéis que participam na santa Missa que também recebam, com as devidas disposições, a sagrada Comunhão, prescrevendo a obrigação de a receber ao menos pela Páscoa.

Que se requer para receber a sagrada Comunhão?
Para receber a sagrada Comunhão é preciso estar plenamente incorporado à Igreja católica e em estado de graça, isto é, sem consciência de pecado mortal. Quem tem consciência de ter cometido pecado grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes da Comunhão. São também importante o espírito de recolhimento e de oração, a observância do jejum prescrito pela Igreja e ainda a atitude corporal (gestos, trajes), como sinal de respeito para com Cristo.

Quais são os frutos da sagrada Comunhão?
A sagrada Comunhão aumenta a nossa união com Cristo e com a sua Igreja, conserva e renova a vida da graça recebida no Baptismo e no Crisma, e faz-nos crescer no amor para com o próximo. Fortalecendo-nos na caridade, perdoa os pecados veniais e preserva-nos dos pecados mortais, no futuro.

Quando é possível administrar a sagrada Comunhão aos outros cristãos?
Os ministros católicos administram licitamente a sagrada comunhão aos membros das Igrejas orientais que não têm plena comunhão com a Igreja católica, sempre que estes espontaneamente a peçam e com as devidas disposições.
No que se refere aos membros doutras Comunidades eclesiais, os ministros católicos administram licitamente a sagrada comunhão aos fiéis, que, por motivos graves, a peçam espontaneamente, tenham as devidas disposições e manifestem a fé católica acerca do sacramento.

Porque é que a Eucaristia é «penhor da futura glória»?
Porque a Eucaristia nos enche das graças e bênçãos do Céu, fortalece-nos para a peregrinação desta vida, faz-nos desejar a vida eterna, unindo-nos desde já a Cristo, sentado à direita do Pai, à Igreja do Céu, à santíssima Virgem e a todos os santos.
É o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso, confiando assim à sua Igreja o memorial da sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna.