domingo, 20 de maio de 2012

Eucaristia, fonte de vida!



Na última ceia, Jesus tomou o pão e, depois de benzê-lo, partiu-o e deu-lhes, dizendo: “Tomai, isto é o meu corpo”. Em seguida, tomou o cálice em suas mãos, deu graças, o apresentou e todos beberam dele. E disse-lhes: “Isto é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança que será derramado por vós e por todos”. Mc 14, 22-24.
A Eucaristia é o centro da vida da Igreja porque torna presente o sacrifício de Cristo na cruz e permite que dele participemos… Mas participar de que forma? Repetindo as palavras de Jesus? Seus gestos e o rito, de forma mecânica e rotineira? Não! Comungar só é válido quando realizado de forma consciente. Comungar é partilhar, é participar da construção de um mundo mais justo e fraterno, é juntar-se aos excluídos e vivenciar o maior desejo de Jesus: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”!

é participar da vitória de Jesus ressuscitado e da ceia pascal, do banquete sagrado, o pão vivo descido do céu para a vida do mundo. É adorar, nas espécies do pão e do vinho consagrados, aquele que o céu e a terra não podem conter, porque é o próprio Deus.
Participar da eucaristia

A fé na presença de Cristo apóia-se nas palavras pronunciadas por Cristo na última ceia, quando, tendo benzido e partido o pão, deu-o a seus discípulos dizendo: Tomai e comei, isto é o meu corpo.
Fez igualmente, tomando o cálice com o vinho: Bebei dele todos, pois este é o cálice do meu sangue que será derramado por vós para a remissão dos pecados (Mt 26, 26-29).
Memorial palavra que exprime realidade bem mais profunda que simples lembrança histórica. Significa que nesta celebração, o acontecimento torna-se novamente presente em toda a sua eficácia para os que o realizam na fé. Jesus escolheu exatamente este rito como sinal da nova páscoa, e para perpetuar a memória de sua passagem da morte para a ressurreição.
Na última ceia, oferece no pão o seu corpo: dado por vós, no vinho o seu sangue: derramado por vós e por todos, sem restrição...; e convida os apóstolos a repetir o seu gesto: Fazei isto em memória de mim (Lc 22, 19; 1 Cor 11, 24).
Fazer o quê? Repetir as palavras, os gestos e o rito, num mecanicismo e numa rotina sem fim? Não! Fazei isto tudo aquilo que Jesus fez durante a vida inteira, em gestos e palavras.
Fazei isto em memória de mim (Lc 22, 19) é um convite a fazer de nossas vidas uma ação de graças. Sede também vós eucaristia para vossos irmãos.
A eucaristia é o centro da vida da Igreja porque torna presente o sacrifício de Cristo na cruz e permite que dele participemos, ofertando-o com Cristo.
É vida para a Igreja que, à luz do exemplo de Cristo, realiza o lava-pés, servindo, despojando-se e doando-se, sobretudo aos mais necessitados de bens, justiça, amor e perdão.
Vida para a comunidade
Da comunhão de Deus com os que crêem é que nasce a comunidade, a assembléia cristã, que encontra, na participação do corpo e sangue de Cristo, o seu momento comunitário culminante. Por isso, a eucarisitia, além de ser banquete, convida os cristãos a viver a comunhão eucarística em uma comunidade, que age segundo o Seu exemplo.
Expressão de amor
Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os ao extremo (Jo 13, 1). A eucaristia é a expressão do infinito amor de Deus-Pai, que entrega seu Filho para nos salvar, e do Filho, que, obediente ao Pai, se imola por nós.
É esse amor que ressuscita, faz viver e transforma os discípulos em testemunhas da ressurreição e promotores da vida.
A Eucaristia hoje
A eucaristia tem a ver com a preocupação para que haja o necessário para todos até sobrar: 12 cestos cheios! Aos discípulos é dada a ordem: Fazei isto... Dai-lhes vós mesmos de comer.

Claudio Tadeu Parpinelli
claudioparpinelli@globo.com

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