– Jo 6,41-51
Após o milagre da multiplicação dos pães, Jesus fez na Sinagoga de Cafarnaum o grande discurso do pão descido do céu. Jesus se apresentou como aquele que trazia a salvação (v. 36-50). A missão de Jesus era a de realizar a vontade salvífica de Deus: “Sim, esta é a vontade de meu Pai: quem vê o Filho e nele crê tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia” (v. 40).
Acontece que os galileus, embora tivessem presenciado o milagre da multiplicação dos pães, não queriam crer. Conheciam o filho de José, não viam nele o Filho de Deus que ele é. Murmuravam contra Jesus, porque dissera: “Eu sou o pão descido do céu” (v. 41). Faltava-lhes a boa disposição para a fé (v. 36). Fechavam-se aos desígnios de Deus e diziam: “Este não é Jesus, o Filho de José, cujo pai e mãe conhecemos? Como diz agora: Eu desci do Céu?” (v. 42).
Desconheciam a origem divina de Jesus, o mistério da encarnação, do Filho de Deus feito homem. Escandalizavam-se com o fato da humanidade de Jesus. Só viam nele o homem Jesus, filho de José, o carpinteiro, e de Maria. Para eles Jesus não correspondia ao ideal messiânico segundo a expectativa judaica, devido a sua condição humana a qual, segundo eles, não servia de mediação entre Deus e os homens.
Jesus revelou sua origem divina e fez a promessa da Eucaristia: “Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram” (v. 48-49). Jesus lembrou os hebreus que, no deserto, ao sentirem fome e sede, murmuraram contra Moisés por tê-los feito sair do Egito em busca da salvação na Terra Prometida (Ex 2s).
Exatamente como seus antepassados, os murmuradores se fecharam aos desígnios de Deus. A falta de fé era o elo que unia esses dois acontecimentos: o do deserto e o atual na Sinagoga de Cafarnaum.
Jesus dará a vida eterna que o maná não deu: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo” (v. 51). Palavras pelas quais Jesus prometia a instituição da Eucaristia.
* Pai amado, Jesus é o pão vivo que se multiplica na Eucaristia, memorial de sua morte e ressurreição. Jesus é o nosso alimento pela fé que suscita em nós, pela esperança que nos anima a caminhar e pelo amor que impulsiona o nosso agir. Graças te rendemos, ó Pai, pela dádiva deste Pão do Céu que nos sustenta na travessia deste mundo rumo a vida eterna. Isto te pedimos, por Cristo, no amor do Espírito Santo. AMÉM. ASSIM SEJA.
Minhas atitudes são orientadas pela fé? A Eucaristia é Cristo, o pão vivo do céu que dá a vida eterna? Procuro na Eucaristia a Fonte do Amor, da Esperança, da Alegria e da Paz que jorra para a vida eterna? O que entendo por vivência eucarística? Minhas atitudes correspondem a uma vida eucarística? Creio que a vida eterna já começa aqui neste mundo? Tenho uma fé adulta?
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