A toda hora, em algum lugar do planeta, a Eucaristia é celebrada, partilhada e adorada. O mandamento do Cristo, de lembrar sua paixão e ressurreição pela fração do seu corpo e sangue na comunhão, é perpetuado pela Igreja.
Este presente do amor infinito do Coração de Jesus se renova sempre que participamos da Missa e acolhemos o Corpo de Cristo pela Eucaristia. Mas será que estamos sabendo, além de receber o Cristo Eucarístico, viver este Cristo que se faz tão pequeno na hóstia e tão infinito no nosso próprio coração?
Muito se fala sobre os compromissos que assumimos ao comungar, seus efeitos sobre a nossa vida e principalmente sobre o caráter espiritual que a Eucaristia deve assumir no nosso dia-a-dia. Ficar só refletindo não traz mudança. É preciso ser audacioso, corajoso e disposto a “arregaçar as mangas” e fazer como o próprio Jesus fez : refletiu, conheceu o povo com quem vivia, viveu como seu povo, fazendo-se um deles, mas denunciando as injustiças, agindo diretamente na vida de cada um e de cada uma e amando-os por completo: amar se entende como ter caridade, compaixão e solidariedade.
Cristo é o maior testemunho de que é preciso morrer para muitas coisas: a cobiça, a inveja, a injustiça, a guerra, o orgulho, o preconceito e ressuscitar para a paz, a esperança, a fraternidade e a partilha, para que sejamos dignos da felicidade que Deus reservou para cada um de nós.
Quando soubermos viver, de fato, com o mesmo amor que Cristo nos amou, o problema da fome, da miséria, da desigualdade social e da guerra não terá mais sentido algum e a paz que Jesus nos prometeu terá a chance de se concretizar. Depende exclusivamente de nós. Deus já fez a Sua parte nos dando a vida.
Ao receber a Eucaristia, lembremo-nos deste nosso compromisso, que não é só um pedido de Deus, mas uma necessidade natural de todos nós, homens e mulheres. Só assim teremos a chance de entender o verdadeiro sentido da partilha do Cristo na comunhão. Só assim teremos a chance de perceber que a prova maior do amor de Deus por nós está em cada um de nós mesmos, esperando para ser revelada e vivificada.
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