domingo, 4 de dezembro de 2011

Maria, a Mulher Eucarística

"Se quisermos redescobrir em toda a sua riqueza a relação íntima entre a Igreja e a Eucaristia, não podemos esquecer Maria, Mãe e modelo da Igreja"(Da Carta Encíclica "Ecclesia de Eucharistia", do Papa João Paulo II, sobre a Eucaristia na sua relação com a Igreja, capítulo VI, nº 53, parágrafo 01- Disponível em www.vatican.va).Maria Santíssima, a Mãe de Jesus, fez-se presente em todos os Mistérios do seu Filho, Jesus Cristo, e, ainda que a narrativa da instituição da Eucaristia nada fale a respeito de Maria, podemos certamente chegar a conclusões a respeito da sua íntima relação com o Mistério Eucarístico. É o que fez o Papa João Paulo II na sua grande Encíclica "Ecclesia de Eucharistia", intitulando o capítulo VI desta forma: "Na escola de Maria, mulher 'eucarística'". Seria muito desejável ler e meditar este documento! Aqui, fazemos referência a alguns aspectos do supra-citado capítulo, na intenção de buscarmos aprender com Maria como se deve amar a Jesus Eucarístico.
2. Em primeiro lugar, devemos considerar que aquele Jesus que faz-se presente na Eucaristia com o Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade, é o mesmo Jesus, o Filho de Deus, que Maria concebeu por obra do Espírito Santo e deu à luz em Belém. Jesus Eucarístico é o verdadeiro Filho de Maria, que por sua vez é, portanto, verdadeira Mãe da Eucaristia. E Ela pode guiar-nos a Jesus Eucarístico porque tem profunda ligação com Ele. Ela, que esteve presente na 1ª comunidade cristã, na espera de Pentecostes, certamente esteve presente nas celebrações eucarísticas presididas pelos apóstolos, recebendo (com que amor e ressonâncias interiores!), o seu Filho amado presente sob as espécies eucarísticas, o mesmo que Ela trouxe em seu ventre puríssimo, nasceu em Belém, esteve em seus braços, com Ela viveu, pregou aos homens e morreu na Cruz. Sim! Maria participou da Santa Missa, memorial incruento do sacrifício do Calvário, do qual Ela mesma participara em íntima união de intenções, de dor e de amor com o seu Filho Divino (cf. Jo 19,25-27).
3. Uma das características mais marcantes da espiritualidade de Maria é sua fé incondicional em Deus e na Sua Palavra. Vêmo-lo, por exemplo, no episódio da Anunciação e, conseqüentemente, na Encarnação do Verbo de Deus (cf. Lc 1,26-38). A fé total de Maria, o seu abandono à Palavra de Deus são uma poderosa motivação para a Igreja na sua fé eucarística. O "amém" que pronunciamos ao recebermos a Comunhão é semelhante ao "faça-se" de Maria. Trata-se de uma atitude de fé! Fé simples e pura, baseada na Palavra do Senhor. Como Maria creu naquilo que o Senhor lhe revelara"(cf. Lc 1,45), a Igreja crê, sem hesitação, na Eucaristia.
Maria recebeu o Verbo Encarnado no seu ventre, antecipando assim, em certa medida, o que se realiza sacramentalmente em nós, quando recebemos a Sagrada Comunhão, e, na Visitação à sua parente, Isabel"(cf. Lc 1,39-56), levou em si Jesus, tornando-se assim, o primeiro "sacrário" da história                     
E que dizer da atitude de amor com a qual Maria contemplou e cuidou do seu Filho Jesus? Não será este o modelo de amor para as nossas comunhões eucarísticas? Oh! Certamente sim! Amemo-lo como Ela o amou!
Maria esteve junto à Cruz de Jesus, aonde se consumou o sacrifício da Redenção humana. Faz-se também presente em cada celebração eucarística, em cada Santa Missa, que torna presente este mesmo sacrifício. No Calvário Jesus nô-la deu como Mãe e a Ela nos entregou como filhos no Apóstolo João. Em cada Missa este dom se renova!No Magnificat, Maria recorda as maravilhas operadas por Deus e exprime a sua tensão escatológica da plena manifestação do Reino de Deus. São estas também duas características presentes na Eucaristia.
4. Conclusão: Entremos e permaneçamos na Escola de Maria. Sejamos autenticamente marianos para sermos autenticamente eucarísticos. No seu Santo Rosário, no 5º Mistério Luminoso, contemplemos a instituição da Eucaristia. Aprendamos com ela a sermos ALMAS EUCARÍSTICAS!

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