quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Milagre eucarístico de Siena: Um roubo sacrílego na origem de um estupendo milagre

publicado
São hóstias de farinha crua e água, sem qualquer tipo de conservante. Entretanto, estão intactas e perfeitas há 275 anos!
Guillermo Asurmendi
Era 14 de agosto de 1730, véspera da festa da Assunção de Nossa Senhora, entre 17 e 18h. O ardente sol de verão abrasava ainda os campos recém-ceifados. Na cidade, as casas, ruas e igrejas estavam desertas, todos os fiéis se encontravam na Catedral, cantando louvores à Virgem, ao som do órgão.

Nem todos… Aproveitando as circunstâncias favoráveis, alguns ladrões assaltaram a Basílica de São Francisco, a igreja mais afastada do centro da cidade, arrombaram a porta do sacrário e levaram o cibório de prata cheio de Hóstias consagradas.
Chegando ao altar para celebrar Missa no dia seguinte, o sacerdote percebeu que o sacrário estava aberto e havia desaparecido o cibório com todas as Hóstias. Tratava-se de um roubo, sem dúvida alguma!
A notícia se espalhou como um rastilho de pólvora. O triste acontecimento parecia uma afronta à festa da Assunção e comprometia a corrida do Pálio, a realizar-se naquele dia.
Descobertas por um providencial acaso
Três dias depois, na Igreja de Santa Maria, da vizinha cidade de Provenzano, o clérigo Paulo Schiavi assistia à Santa Missa ajoelhado diante de um cofre de esmolas. Ao inclinar a cabeça na hora da Consagração, viu ou intuiu algo branco através da fenda por onde passam as moedas. Não teve dúvida em relacionar imediatamente o fato com o roubo das Hóstias em Siena.
Avisado da descoberta, o Pe. Girolano Bozzegoli cobriu o cofre com um tecido vermelho e acendeu duas velas, uma de cada lado. Em pouco tempo, a igreja ficou repleta de fiéis. Além do Arcebispo e outras autoridades, estavam presentes as pessoas que haviam confeccionado as hóstias e o sacristão da Basílica de São Francisco, onde tinha acontecido o sacrílego roubo.
Designou-se imediatamente uma comissão para abrir o cofre e fazer a verificação do seu conteúdo. Nele se encontraram as Hóstias roubadas “no meio de moedas, de pó e de muitíssimas teias de aranha”, conforme narra o cronista.
Durante duas horas as Hóstias foram cotejadas com outras, trazidas da Basílica de São Francisco, e se verificou não haver dúvida alguma de que todas tinham sido confeccionadas no mesmo molde.
Por último, elas foram contadas, e o número correspondia ao que havia declarado o sacristão da Basílica: 35l.
Ante esses dados, a Comissão concluiu que evidentemente aquelas eram as Hóstias roubadas em Siena.
fote site Arautos do Evangelho.

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