Ainda que a fé da Igreja tenha sido sempre a mesma, a doutrina foi-se desenvolvendo e o Concílio de Trento afirma que na Santíssima Eucaristia estão contidos verdadeira, real e substancialmente o corpo e o sangue junto com a alma e a divindade de nosso Senhor Jesus Cristo, e, por conseqüência, Cristo inteiro. É o que se conhece como presença real de Cristo no sacramento da Eucaristia. Chama-se real não a título exclusivo, como se as outras presenças não fossem reais, mas por excelência, porque é substancial e por ela Cristo, Deus e homem, se faz totalmente presente, como explica Paulo VI. Esta luz que arde dia e noite junto ao Sacrário nos recorda que Jesus está ali, realmente presente.
transubstanciação
Ante a realidade sobrenatural do mistério eucarístico -a presença real de Cristo sob os véus do pão e do vinho- é inevitável a pergunta: O que aconteceu? Porque antes era pão e vinho, e quando o sacerdote diz: "Isto é o meu corpo", "Este é o cálice do meu sangue", aquilo é o Corpo e o Sangue de Cristo. É o que nos diz a fé, e a palavra de Deus não pode falhar. Efetivamente, pelo poder divino outorgado ao sacerdote produziu-se uma mudança, uma conversão - e conversão de substâncias, porque as aparências externas não mudaram -, razão pela que, o que era substância de pão se converteu na substância de Cristo, no Corpo de Cristo e o que era substância de vinho se converteu na substância de Cristo, no Sangue de Cristo. Esta admirável e singular conversão é o que se conhece com o nome de transubstanciação, ou mudança de substância. É um mistério excepcional que a razão humana não tem condições de compreender, mas que Deus pode realizar por meio de seu ministro, o sacerdote.
Os cristãos devem manifestar fé e amor para com a Eucaristia
Os Apóstolos receberam um encargo do Senhor: "Fazei isto em memória de mim" (Lucas 22,19), e a Igreja não cessou mais de realizar estas palavras na celebração litúrgica, que não é uma mera recordação, mas atualização real do memorial de Cristo: de sua vida, de sua morte, de sua ressurreição e de sua intercessão mediadora junto ao Pai, que se realiza na Eucaristia. Desde meados do século II, e segundo o relato do mártir São Justino, temos atestadas as grandes linhas da celebração eucarística, que permaneceram invariáveis até os nossos dias.
Claudio tadeu parpinelli
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